31/07/2014

Creepypasta dos Fãs: Quarto escuro

"Comecei a cursar a faculdade hoje e então aluguei um quarto simples,apenas para ter onde ficar.Depois que a aula acabou fui para meu quarto recém alugado.Era bem simples,um banheiro e um espaço para uma pessoa,onde eu coloquei um colchão no chão,bem no meio da pequena sala.No meio da noite escuto um barulho e acordo olhando para os lados,mas o quarto é bem pequeno,o som não poderia ter vindo dali.Percebo então que aquele som era de pessoas na rua,em plena madrugada,e volto a dormir.Mais um dia de estudo se passa e lá vou eu novamente para meu pequeno quarto,e entrando em casa vou para minha escrivaninha estudar,mas mal sabia eu que o barulho da noite anterior não tinha vindo da rua.

Perto das 23:00 fecho meus livros e vou dormir cansado de estudar.Mas de madrugada escuto passos bem próximos a mim, e acordo levemente assustado,mas sabendo que se tratava de um sonho,volto a dormir.No dia seguinte, na sala de aula,penso no estranho sonho da noite passada,onde eu ouvia o som de pés se arrastando a minha volta.

 Mais uma noite,mais sons estranhos.Acordo e vou para a faculdade,onde tenho passado grande parte do dia.Conheci um amigo que tem certos tipos de ''amuletos'' contra espíritos,mas mesmo não acreditando nisso,resolvo levar um por causa de sua insistência.O amuleto era um conjunto de pequenos sinos,que supostamente espantavam seres indesejáveis,então coloco-o sobre a escrivaninha e vou dormir.Em meu sonho estou numa espécie de castelo medieval,mas totalmente vazio.Ouço o som de sinos tocando ao longe,e quando entro para verificar,acordo do meu sonho com aquele som de passos se arrastando,dessa vez violentamente.A minha frente vejo uma grande massa escura se formando,o som de gritos,e uma única coisa que escuto antes de morrer...


                            ...TE PEGUEI...!"


Autor: Daniel Lee

Creepypasta dos Fãs: Terraria - A armadura vazia

Olá, vou me identificar como “user1”, como estão vocês, bem? Espero que sim, pois eu não estou, minha mãe faleceu a uma semana atrás, tudo bem, pessoas vão e outras vem, isto é normal, porem a parte estranha começou a duas semanas atrás, eu baixei um jogo chamado “Terraria”, um jogo muito viciante e divertido, todo dia depois da faculdade eu chegava em casa e ia jogar o maldito jogo, com o tempo as minhas notas na faculdade começaram a despencar, em uma tarde, ao chegar da faculdade eu estava ligando o computador para jogar, quando minha mãe gritou: “seu merda, só vai usar o computador depois de fazer seus deveres de casa e suas tarefas diárias.”

Então eu fui fazer minhas tarefas que eu nem me importava ao mesmo tempo em que eu pensava : “ que droga de mãe, se eu não tivesse mãe eu poderia usar o PC a tarde toda.” Foi quando na mesma tarde eu comecei a jogar o maldito jogo que eu tanto adorava foi quando eu (no jogo) fui para o inferno coletar alguns recursos para fazer uma armadura e lá eu vi, em uma das torres azuis/roxas uma armadura de “Molten” (fundida) como se estivesse sobre um manequim porem não estava sobre nada, era apenas uma armadura vazia, tentei pega-la porem não consegui, tentei derruba-la mas eu não conseguia quebrar o chão sob ela, ela simplesmente estava lá parada, e por fim eu tirei um “print” dela, eu me cansei e voltei a coletar os minérios que eu precisava, ao voltar a superfície eu peguei minhas melhores armas do baú e fui explorar, quando me aproximei da minha vila eu estranhei a ausência dos NPCs que viviam lá, mas foi quando eu cheguei em casa que todos os pelos de meu corpo se arrepiaram, a armadura vazia do inferno tinha invadido a minha casa e simplesmente ficou lá parada, neste momento me lembrei de algumas “Creepypastas”, tirei outra “print” e pensei : “é só eu parar de jogar antes da meia-noite ou das 03:00.”

Porem mais ou menos as 19:30 a armadura escreveu duas mensagens : “cuidado com o que você deseja.” E “her soul will be mine.”(a alma dela vai ser minha) nessa hora eu fiquei aterrorizado, Chequei se eu estava no multiplayer, era o meu mapa e eu não me lembrava de ter criado um servidor, logo após isso eu fui ver a tradução da segunda mensagem, eu não sou muito bom em inglês, após ver o significado eu deliguei completamente o computador, totalmente aterrorizado, assisti TV até umas 22:00 e fui dormir, na manha seguinte eu encontrei minha mãe pálida, dura e fria, ela estava morta, me desesperei, chamei a ambulância e até mesmo liguei para a policia, eu não aguentava ver minha mãe morta, eu posso até ter desejado não ter uma mãe mas foi por impulso, eu amava minha mãe, por mais chata que ela fosse, passei dias inteiros em bares, centros terapêuticos e igrejas, após o enterro de minha amada mãe eu cheguei em casa que agora era tão quieta e vazia, foi quando notei que o computador estava ligado e com uma aba aberta, era o bloco de notas, ainda chorando pela morte de minha mãe, eu por curiosidade resolvi olhar o que estava escrito e me deparei com a seguinte mensagem : “now her soul is with me and will stay with me forever.”(agora a alma dela esta comigo e vai ficar comigo para sempre.) Ao ver a tradução eu fiquei completamente perplexo, tentei enviar as “prints” para alguns amigos porem quando as visualizei novamente eram somente fotos do meu desktop.

Eu sei que eu não estava sozinho no jogo e que o que estava comigo não queria ser visto pelos outros. Mas a única coisa que eu realmente tenho certeza é que aquela armadura não estava vazia.


Autor: tutusito

Creepypasta dos Fãs: Alma

O vento gelado daquela tarde queimava minhas bochechas brancas e fazia com que meu narizinho ardesse, me fazendo tremer. Mas era o primeiro dia em uma semana que não nevava e era a minha chance para brincar lá fora. Mamãe ficou cozinhando, ocupada enquanto eu saía. Não teria mal algum de sair pra brincar um pouco, não é?

A neve da rua molhava meu sapatinho e o vento fazia com que meu cachecol voasse na direção contrária. Estou super agasalhada e adoro passear, cantando e pulando, jogando amarelinha pela calçada. Mamãe não costumava me levar pra passear com frequência, então, levar umas broncas depois valeria a pena.

Dobrei uma rua estreita, que não tinha passagem de carros e talvez fosse até mais seguro. A neve estava por todo canto, desde toldos a janelas e nas calçadas principalmente. 

Eu nem sequer tinha reparado numa pequena loja que tinha nesta rua, com uma grande vitrine que tomava quase que toda a fachada da loja. Também, pudera: todos os vidros estavam embaçados naquela tarde. A primeira coisa que vi mesmo era um grande quadro negro bem em frente, já com uma infinidade de nomes escritos (eu acho, pois ainda só sabia ler e escrever meu próprio nome). Não me contive e escrevi então:
A - L - M - A (meu nome), com as maiores letras que consegui.

Eu já dispararia saltitante dali para correr por aí, não fosse uma coisa que me chamara a atenção. Como eu não reparei antes? Uma coisa dessas é impossível. Mas bem, lá estava eu, de olho na vitrine, encantada com o que via: seria uma boneca muito lindinha, modéstia a parte, se não fosse macabra de mais.

Ela simplesmente se parecia muito comigo, até demais. Desembacei o vidro com a manga do meu casaco o quanto minha altura permitia e pude vê-la mais claramente. Era tão perfeita! E eu a queria, de todo jeito.

Fiquei hipnotizada e tudo que eu conseguia ver era a tal boneca, imóvel e perfeita. Seus olhos embora fossem de boneca e sem vida, ainda era muito perfeitos e me chamavam atenção. Eu olhava para uma miniatura de mim mesma. Mesmo casaquinho, mesma touca, mesmo cachecol e o cabelo também, muito parecido.

Entretanto, em uma súbita piscada de meus olhos e minha boneca simplesmente sumiu! Como era possível? Eu queria minha boneca. Não era justo! Eu só queria a minha boneca.

Bati na vitrine, tentei olhar lá dentro e a vi sobre uma mesinha. Seria fácil de pegá-la, pois a mesinha não parecia muito alta. Então tentei entrar, batendo primeiro na vitrine pra ver se alguém vinha. Sem resultado, fui a porta e mesmo com muita insistência e batendo muito, ninguém abria e a porta também nem se movia. Frustrada, taquei uma bola de neve na porta de vidro e fui dando as costas, quando ouvi a porta se abrir. Eu esperava uma bronca de algum adulto, mas não havia ninguém. O vento frio batia empurrando a porta, assobiando e me convidando a entrar. Entrei sem dizer nada e mesmo que me sentisse vigiada, essa era minha chance de ter minha bonequinha.

O lugar era aconchegante e tinha vários bonecos e bonecas na estante. Antes que eu pudesse pegar minha boneca, tropecei em algo. Era um bonequinho em um triciclo, que agora fazia muito barulho, caído, com as rodinhas agitadas. Levei um susto de início, mas coloquei-o em pé e como se ainda tivesse corda, me contornou a toda velocidade em direção a porta que se fechara lentamente antes dele alcançá-la, fazendo com que batesse contra a madeira do batente.

O boneco continuou contra a porta enquanto eu procurava minha boneca que já não se encontrava mais sobre a mesa. Isso era assustador, mas só estava preocupada em conseguí-la. As dezenas de olhares dos brinquedos pareciam me acompanhar enquanto eu procurava minha boneca. Pensei que alguém a tinha pego. Olhei até mesmo embaixo da mesinha, mas não encontrei. Ao olhar na estante, entre várias outras bonecas, lá estava a minha: bem no alto. Usei um móvel como apoio, tirei uma luva e subi ao encontro dela.

No momento, tudo girou e como mágica, o ângulo como eu via as coisas mudou e agora eu vejo tudo de cima. Como é estranho. Não consigo me mover, mas posso sentir os olhares das outras bonecas sobre mim, me saudando.

Ouço um estalo e mais a frente, uma boneca sobe lentamente na vitrine, como num elevador. Não posso ver seu rosto, mas posso ver suas roupas. Lá fora agora, brinca na neve uma outra criança que logo se aproxima do vidro. Ela parece surpresa. Incrível! Ela veste a mesma roupa que a boneca.

Autor: Jeferson Marcio Almeida

Creepypasta dos Fãs: O Perturbar da Noite

Meia noite. O dia já tinha se esvairado a tempos e o silêncio tomava a pacata cidade. O silêncio profundo era o canto das almas perdidas. Tudo continuaria em equilíbrio se não fosse um casal de namorados que perderam o horário na praça e estavam agarradinhos observando o céu. Os seus pequenos sussurros e risadas de satisfação pareciam destonar com a melodia do silêncio das almas e alguém deveria silencia-los.

A felicidade poderia incomodar qualquer ser humano, mas naquela noite parecia ser algo pior que ela incomodava, algo mais sinistro, sozinho e perigoso. A felicidade dos dois arrancava as pálpebras da morte em meio a risos e sussurros.

O silêncio que cercava os dois sucumbiu a felicidade deles e fez com que esse mesmo silêncio se contorcesse de dor. O silêncio praguejou mais altos que os sussurros para mostrar ao casal que perturbavam o andar dos mortos, o marchar das almas. Uma pá se arrastava parecendo arrancar as pequenas pedras que formavam a rua da pequena cidade. O casal não se deu conta do que passava por ali e continuavam a torturar a morte, a vingativa morte.

Dois, três passos. A pá agora não se mais arrastava ao chão e estava apoiada nos ombros de um grande corpo masculino que andava perturbado. Uma mão segurando a pá, outra mão tapando os ouvidos para amenizar os sussurros e as risadas do casal. O corpo de quase 2 metros de altura se vestia com roupas pretas e um chapéu antigo que escondia seu rosto nas sombras da noite, as terríveis sombras da noite.

Agora os passos do ser já eram ouvidos pelo casal, que olhando para todos os lados, não conseguia olhar de onde vinha. Por um momento a felicidade foi trocada pelo medo e os passos acabaram novamente. Após alguns minutos as risadas continuavam e os passos foram aumentando, aumentando e aumentando.

Uma grito abafado. Foi o ultimo barulho antes do silêncio vigorar novamente. Agora o que se podia ouvir é o pingar das gotas de sangue que escorriam da pá, nada mais. As almas podiam cantar novamente, e a morte se encontrava contente com a sua conquista.

No outro dia de manhã, a cidade se espantou ao ver o imenso coração formado com as partes dos corpos do casal. Braços, pernas, órgãos, formavam um grande coração em que as duas cabeças, se beijando estavam no centro do coração. O amor era lindo inclusive para a morte...

Autor: Gabriel Souza

29/07/2014

Creepypasta dos Fãs: Quinto Dia

Lesões em jogadores de futebol americano são bem comuns, quando você assiste a alguma reportagem na televisão que um jogador profissional foi afastado por uma contusão. Esse fato é tão insginificante que não alteraria nada em sua vida... Mas se isso acontece com você quando se estar em seus melhores anos fazendo parte da equipe da escola como o melhor jogador e atleta, o atacante número um com um grande futuro pela frente, pode até não parecer nada mas, para mim foi um choque.

Sinto que o chão se abriu sob meus pés, eu estava desesperado, não queria acreditar que aconteceu comigo, não queria perder o que eu tinha suado para conquistar até ali. Assim que eu sofri a lesão na rótula do joelho esquerdo não teve conversa, fui internado no mesmo dia com grandes riscos para minha e saúde e minha breve carreira. Riscos que preferia ter corrido a ter dado entrada naquele hospital.

Minha primeira noite foi tranquila. Eu sentia fortes dores na perna e ainda estava um pouco tonto com tudo que tinha acontecido, mas com tantos analgésicos que as enfermeiras me davam, era dificil se manter acordado. Cansado, eu apenas fechei os olhos para fugir dos meus pensamentos negativos e abraçar o que seria minha única noite em paz.

Na manhã seguinte; chegou um menino que deveria ter a minha idade, mas, a julgar pela sua aparência bem abatida, rugas em tornos dos olhos, cabelos louros bem ressecado, diria que ele tinha uns 100 anos. Fiquei intrigado e perguntei a enfermeira o porque ele havia sido internado, ela me respondeu que ele tinha a suspeita de uma rara doença que faz com que as pessoas envelheçam gradativamente. O que para nós seriam semanas para ele.. eram meses.

Eu comecei a me sentir mal. Reclamava da vida sendo que tinham pessoas com problemas bem mais sérios do que os meus. Acho que meu erro foi demonstrar uma emoção se quer a esse rapaz mesmo que ela fosse pena.

Minha segunda noite; já não foi tão agradável. Sentia que tinha alguma coisa errada, o clima estava bem tenso. acordei me sentindo um pouco estranho.

Me lembrei do sonho que havia tido...

Eu estava no hospital.. só que não era eu. Eu podia ver meu corpo deitado na cama, e ao mesmo tempo podia caminhar livremente pelo hospital. O curioso era que a cama ao lado da minha estava vazia com algumas manchas vermelhas. Não me lembro muito bem pois não dei muita importância, mas pareciam formar uma mensagem. Porém isso não foi o mais assustador. Tinha uma figura em meio as sombras observando meu corpo adormecido na cama, não consegui distinguir por causa da escuridão, mas tinha certeza que era um homem..

De manhã ainda meio intrigado, olhei ao redor para conferir se tudo estava bem. O meu vizinho da cama ao lado dormia tranquilamente. Só conseguia imaginar que sonho bizarro tive.

Já tinha perdido a noção das horas naquele lugar, depois da mesma rotina entediante, remédios, banho, comida ruim, 

piadinha dos médicos. O meu dia já estava completo e eu estava pronto para mais uma noite naquele lugar, dormi pelo que pareceu ser umas 2 horas, mas dessa vez não acordei por causa de um sonho.. e sim porque eu sentia que realmente tinha alguém me observando. Eu conseguia ouvir sua respiração... bem próxima de mim.

Com muito medo tentei focalizar em meio a escuridão, meu coração já estava disparado, meus pés e mãos suavam, um dedo magro silenciava meus lábios não podia gritar nem correr, não sabia o que fazer.. não sabia o que ele queria.. o que aquilo queria. Sua presença me mantinha fraco, percebi que mesmo que ele não estivesse me mais me silenciando, eu não gritaria. Não tinham forças para isso.

Antes que eu desmaiasse pude reparar em seus olhos negros e vazios como a escuridão, que me fitavam buscando algo, algo que eu não podia imaginar o que era...

Meu terceiro dia naquele hospital não foi nenhum mar de rosas. Eu sentia meu corpo debilitado e uma enorme fadiga mental. Eu estava cansado mesmo depois de dormir algumas horas. Não tinha nada para me distrair e eu só ficava imaginando se o que ocorrerá ontem a noite; foi real ou apenas fruto da minha imaginação?

Incerto resolvi não comentar nada com ninguém. Sabia se contasse algo eles me tratariam como um louco e as medicações só piorariam e minhas chances de voltar a ser um jogador estariam acabadas. Se eu me mantivesse acordado talvez nada de pior acontecesse. Estava errado...

Decidi que naquela noite não iria dormir. A enfermeira me deu os calmantes e analgésicos como de costume, fingi que tomei os guardando abaixo da língua e quando ela se foi joguei todos fora. Eu estava decidido. Seja o que fosse aquilo.. real ou não, não iria me pegar dormindo.

A noite caía e eu observava tudo ao meu redor. Meu vizinho sempre silencioso em sua cama nunca trocara uma palavra comigo. meu corpo começou a tremer; de repente estava muito frio, a temperatura havia caído drasticamente, a janela bateu com o vento, fazendo que eu desse um pequeno salto da cama, me senti um idiota ali com medo. Medo do que? Talvez estivesse imaginando coisas, mais além da janela, algo estranho estava acontecendo. 

Um silencio esquisito tinha tomado conta do quarto, aquela hora era de se esperar alguma enfermeira fazendo um pequeno ruido que fosse, bem.. acho que eu preferia o silêncio.

Meu vizinho de cama começou a gritar descontroladamente, ele gritava palavras aleatórias, algo que eu não conseguia entender muito bem, até que eu as juntei.. "Sua alma aquece meu corpo, e sua dor alimenta a minha alma". Isso me soava família. Lembrei que já tinha visto aquilo escrito antes. Sim, essa era a mensagem que estava gravada na cama dele no sonho que eu tive, e estava escrita com sangue.. meu sangue..

Quando ele se colocou de pé, notei que sua aparência nesses dias tinha mudado, ele estava mais jovem. Mais viril. De repente ele não parecerá mais como um ancião e sim como um jovem na flor da sua idade, seus cabelos agora louros em vida. Mas, ignorando o meu choque, ele se aproximava murmurando as mesmas palavras, e notei mais uma coisa familiar, seus olhos, olhos que eu já conhecia; negros como a noite, mas agora vivos voltavam a me fitar. Só que dessa vez eu sabia o que ele queria. Tentei lutar.. algo inútil. Sentia suas unhas perfurando a minha carne. A dor era forte e eu estava entrando em uma espécie de transe. Não podia acabar assim. Minha vida toda lutando para me tornar alguém e iria terminar dessa forma...

Agarrado ao instinto básico de sobrevivência consegui se desvincilhar dos seus braços e tentei pular da cama, o que exigiu muita força. Agarrei um abajur que estava próximo. Minha intensão não era lutar com aquilo. Não tinha forças para isso.

Joguei o abajur no chão na esperança de fazer algum barulho. Já estava enxergando tudo escuro, para minha sorte uma enfermeira estava passando perto, ouviu e entrou no quarto... Para minha sorte?

Quando a enfermeira chegou, se deparou com um garoto desacordado, sangrando e um abajur quebrado, de alguma forma era só isso que havia naquele quarto...

Hoje é o quinto e ultimo dia que eu escrevo. Vou permanecer aqui no hospital mais algumas semanas. Me disseram que eu estava tendo alucinações por causa dos remédios e na outra noite eu estava muito agitado e bati a cabeça em uma queda, tive uma concussão e fiquei dois dias desacordados. Mas agora está tudo bem. Faz um dia que estou internado na ala psiquiátrica. Conheci o meu doutor hoje. Ele é um bom rapaz um pouco novo para ser médico admito. Me disse que eu lembro muito avô dele. eEe também gosta de poesias. Nunca vou esquecer o pequeno verso que ele leu para mim: "A alma aquece o corpo, e a dor alimenta a alma". Não é lindo?

Autor: Diego Santos

Creepypasta dos Fãs: É Apenas um Filme...

Sempre gostei de filmes de terror, Creepypastas e tudo relacionado ao sobrenatural. Minha mãe falava sempre para que eu parasse com isso, pois atraia "coisas ruins" para mim, mas nunca liguei. Afinal, o que coisas de terror poderiam nos trazer de mal?

Eu estava de férias e por isso costumava passar a noite inteira assistindo filmes na TV. Na maioria das vezes só escolhia o filme por ser do gênero terror e quase nunca lembrava o nome dele após assistir. Era uma noite comum quando comecei a assistir um filme de terror, que claro, não lembro o nome, mas lembro que a sinopse falava algo como invocações ou algo do tipo.

O começo do filme foi um pouco estranho, pois era apenas a tela escura com alguém falando algo que parecia latim (sei disso pelas invocações que via na internet, e que quase sempre eram em latim). Enquanto a pessoa continuava a falar, senti uma sensação estranha, quase como se algo ou alguém estivesse me observando. Então me virei rapidamente para me certificar de que ninguém havia entrado na sala, porém, por um rápido segundo, posso jurar ter visto um vulgo negro passar por mim e ir atrás do sofá em que eu estava. É impressão minha ou o ar ficou mais pesado? Não... Deve ser só minha imaginação.

Me virei novamente, mas... Espere, a TV não estava neste canal. Hum, isso foi estranho, mas deve ter tido a ver com a programação automática. Eu não consigo mais achar o canal do filme, será que ele já acabou? não, não pode ser, foi rápido demais pra já ter terminado. Bom, enfim, agora que não tem mais nada interessante passando acho que vou dormir.

Me deito e começo escutar musica (já que só consigo dormir assim). De repente, sinto que há alguém gritando meu nome. Me levanto lentamente sem bagunçar muito a cama e vou até a janela... Não há ninguém lá fora. Fecho a janela e, por um momento, noto que há uma mulher que parece estar flutuando do lado de fora.

Percebo então que é apenas o reflexo da janela.

Autor: Ichsehesie

O Caso Alice (Vocaloid - Alice Human Sacrifice)

O Caso Alice permanece, até hoje, como sendo um dos crime mais estranhos e misteriosos do Japão. De 1999-2005, aconteceu uma série de cinco assassinatos, que não teriam relação nenhuma entre si se não fosse por uma carta à polícia que o assassino deixava na cena do crime. Ele deixava uma carta de baralho (O tipo de carta variava com o crime) em cada local, com o nome “Alice” escrito com o sangue da vítima.
Poucas pistas foram encontradas, e eventualmente o caso foi trancado.

Abaixo, estão os detalhes de cada crime:

Sasaki Megumi

A primeira vítima foi Sasaki Megumi, uma moça de 29 anos, dona de um restaurante.
Aqueles que a conheciam, descreviam Megumi como uma moça de temperamento curto e
uma língua afiada quando lidava com os empregados. Ela era bem conhecida pelos seus clientes graças à sua dedicação ao trabalho e excelente comida. Fora do ambiente de trabalho, Megumi era muito sociável e ia à muitas festas.

E foi depois de uma destas festas que ela desapareceu. Megumi decidiu voltar para casa à pé, sendo que estava na casa de um amigo que ficava há apenas uma quadra de distância, e ela estava um tanto quanto bêbada para dirigir. Algumas pessoas lhe ofereceram carona, mas ela negou. Megumi foi vista saíndo da festa à uma da manhã, e foi a última vez que ela foi vista com vida.
Na manhã seguinte, um casal passeando pelo bosque, que ficava há um quilômetro de distância da casa de Megumi, viu uma trilha de sangue em um caminho pouco usado do bosque. Curioso, o casal seguiu a trilha, e encontraram o corpo de Megumi. Ela foi esquartejada, e seus membros foram empalados em galhos de árvores. O casal chamou a polícia.
Foram os policiais que encontraram a carta de baralho, enfiada na boca de Megumi. Era um Valete de Espadas, com a palavra “Alice” escrito, como mencionado anteriormente.
Não havia impressões digitais, nem DNA na cena do crime. Havia vômito no local, mas a mulher do casal revelou ser dela.

Yamane Akio

Yamane Akio era um vocalista pouco conhecido de uma banda que não tocava em outros lugares além de bares. Seus amigos o descreviam como uma pessoa carinhosa, que nunca levantava a voz para os outros fora dos palcos. Depois de sua morte, a banda acabou, não tendo coragem de encontrar um novo vocalista.
Akio foi levado de seu apartamento em 11 de Fevereiro de 2001. Seus colegas de banda foram as últimas pessoas a vê-lo com vida, já que ensaiaram com ele mais cedo no mesmo dia.

Naquela noite, sua namorada foi visitá-lo, e ficou surpresa em encontrar a casa vazia. Nos dias que se seguiram, Akio foi dado como desaparecido, e uma busca por ele começou.

A câmera de segurança do prédio mostrou uma figura encapuzada entrando por uma porta lateral, saíndo algum tempo depois com um grande saco de lixo de formato estranho. Essa misteriosa pessoa nunca foi encontrada, e ninguém a vira pessoalmente no dia do sequestro. Acredita-se que esse homem seja o assassino, mas seu rosto nunca apareceu nas filmagens da câmera, impossibilitando seu reconhecimento.
Na semana seguinte, o dono do bar “Yoshida’s” (Onde a banda constantemente tocava) estava abrindo o local quando se deparou com uma cena horrenda. Jogado sobre uma mesa, estava o corpo de Akio. Suas cordas vocais foram arrancadas de sua garganta, e ele havia levado um tiro na cabeça. Sua carta de “Alice” era um Rei de Ouros e foi encontrada em suas mãos, juntamente com as cordas vocais arrancadas.

Kai Sakura

A adolescente Kai Sakura tinha a vida toda pela frente. Ela era uma garota doce, e muito amada pelos seus colegas e parentes. Ela queria ir para a faculdade, se tornar uma designer de moda, e faltava apenas uma semana para sua formatura no Ensino Médio quando ela foi sequestrada.

A família de Sakura tentou insistivamente encontrá-la, e toda a cidade ajudou na busca pela garota perdida. Seu corpo foi encontrado dois dias depois, enterrado em uma cova rasa. Não parecia que o assassino queria escondê-la, pelo contrário, ele marcara a cova com a carta “Alice” dela, uma Rainha de Paus. A carta estava presa por um palito no topo da cova.
O corpo de Sakura fora horrivelmente mutilado. Os olhos dela foram arrancados do corpo, a pele esfolada, e a boca cortada. Uma coroa havia sido costurada à sua cabeça, provavelmente enquanto ainda estava viva. Nenhum crime sexual fora cometido, tanto pre- quanto post-mortem.
Juntamente com o corpo de Sakura, havia um bilhete, escrito em uma letra inteligível. O bilhete continha frases desconexas, algumas impossívels de ler. “A morte é um sonho distorcido”, “Ela vai sempre comandar”, e “Ha!Ha! Aqueles que morrem são os sortudos.”, eram algumas das frases que estavam escritas, entre outras. Tentaram reconhecer a letra do assassino, mas sem sucesso.

Oshiro Hayato e Hina

Estes dois foram as últimas vítimas. Hayato e Hina eram irmãos, e muito próximos.

Hina era a irmã mais velha, e era muito teimosa. Seu irmão mais novo, Hayato, era muito esperto, até pulara uma série na escola, ficando na mesma sala que sua irmã. Os dois raramente brigavam, ao contrário de outros irmãos na mesma idade que eles.

Os dois foram encontrados mortos em suas camas, em 4 de Abril de 2005. A causa da morte foi uma injeção letal. A janela do quarto estava aberta, e deduziu-se que o assassino invadira a casa em silêncio o suficiente para cometer o crime sem acordar os dois, saíndo da casa logo em seguida. Cada criança segurava uma carta de Ás de Copas, que, ao serem colocadas lado a lado, formavam a palavra “Alice”.
Uma pegada lamacenta foi encontrada no carpete, mas estava tão danificada que foi impossível identificá-la. Essa foi a única pista, fora a carta, encontrada no local do crime.

Um ano mais tarde, a mãe de Hayato e Hina cometera suicídio por causa da depressão. O pai deles, que ainda está vivo, faz terapia extensiva para tentar superar a morte de toda sua família. Até este momento, ele se encontra em depressão profunda, sendo fortemente medicado.

Consequências:
Um pouco depois da morte dos irmãos Oshiro, um homem chamado Suzuki Yuuto foi preso pelos assassinatos. Ele era um vagabundo com problemas mentais, que dizia “não se lembrar” onde estava no momento dos assassinatos. O mais absurdo de tudo é que ele foi encontrado usando o casaco que pertencia a Yamane Akio.

Um pouco de sangue que havia na manga deu resultado positivo que era de Akio.

Yuuto, que estava desesperado à esta altura, declarou que um “demônio negro sem rosto” havia lhe dado o casaco.

Yuuto foi liberado quando um abrigo de sem-teto disse que Yuuto ficara por lá na noite do assassinato de Sakura. Como o abrigo ficava longe da casa de Sakura, não havia como Yuuto cometer o crime e voltar para o abrigo sem ser notado.

Em 30 de Abril de 2008, um produtor conhecido como Yugami-P colocou sua primeira música no site nicovideo (N/T: Um site japonês de vídeos), chamado Hitobashira Arisu, traduzido livremente como Alice of Human Sacrifice (Alice do Sacrifício Humano).

Acredita-se que a música foi baseada no Caso Alice. Conta a história de um sonho que atrái as pessoas para seu mundo, e depois conta a história de cada “Alice”.

A música traz algumas relações com cada assassinato. A primeira Alice (dublada por MEIKO) foi presa em um bosque, que foi onde o corpo de Megumi foi encontrado. A segunda Alice (dublada por KAITO) era um cantor que “levara um tiro de um homem louco”. A terceira Alice (dublada por Hatsune Miku) era muito amada, virou a rainha do país, e foi possuída por um “sonho distorcido”. A quarta Alice (dublada por Kagamine Rin/Len) era um casal de gêmeos considerados apenas uma “Alice”. Eles eram descritos como uma irmã mais velha “resistente”

e um irmão mais novo “inteligente”. Também falava que eles “ainda precisavam acordar”, uma possível referência ao fato de que ambos morreram enquanto dormiam. Além disso, as cartas encontradas com os corpos foram mencionadas.

Yugami-P nunca disse nada sobre seu vídeo ter relação com os assassinatos, mas todos acreditam que sim.


Fonte: Medo B
Enviado por: Larissa Damasceno

Novo Éden

"Como vai ser viver em Marte, papai?"

O pai de Kelley sentou-se na extremidade da cama da filha, depois de ligar a luz noturna da menina.

"Ah meu bem, vai ser como dizem na TV - tudo aquilo e ainda mais. A NASA já fez uma série de viagens para lá que foram um sucesso, deixando homens e suprimentos para trabalho. Vai demorar um bocado, e é por isso que querem começar o mais rápido possível. Sabe o que eles estão fazendo, Kel?"

"Sim!" Kelley exclamou, os olhos brilhando de apreensão e fascínio.

"E o que é?"

"Uma colônia!" Ela exlamou. "A senhora Lyons explicou tudo pra gente na escola!"

"Ah, é mesmo?" O pai estava perplexo.

"Sim! Uma colônia é onde um monte de pessoas vão para viver em algum outro lugar. Ela também nos falou que Marte é o quarto planeta do sol, e que é vermelho e bem frio, mas quando as pessoas chegarem já vai estar tudo pronto para que a gente possa viver lá!" Ela respirou fundo.

"Nossa, isso é muito bom!" Ele respondeu, erguendo uma sobrancelha. "Acho que vai sentir falta da escola, não é?"

"Acho que sim". Pensativa, ela lembrou de todos os colegas e vizinhos de quem ela sentiria falta. Era provável que nunca mais os veria. Ela perguntou, em voz baixa: "Por que eles não podem ir com a gente, papai?"

Ele não respondeu.

"Por que só nós podemos ir?" ela insistiu.

"Não somos os únicos, querida, e você sabe disso". Ele falava com cuidado, escolhendo bem suas palavras.

"Papai, me diga por que ninguém de minha escola pode ir com a gente", ela perguntou. O pai rezava para não ter que responder aquela pergunta tão cedo.

Ele pigarreou. "Kelley, os caras da Eugenics Board dizem que nós somos as pessoas necessárias para o futuro da raça humana. Não pense que eles queriam deixar todos os outros para trás. Pense nisso como uma bênção para nós dois". Ele sorriu, alisando os cabelos da filha.

"Mas e a mamãe?" Ela olhou em seus olhos, esperando encontrar uma resposta. Por uma fração de segundo, ele quase vacilou, mas repreendeu sua opnião sincera. Não era a hora certa.

"Eu sei que vai demorar um pouco para se reacostumar, querida", ele falou lentamente, olhando para uma foto da família. "A mamãe entende o quanto... isso... é importante para nós, e James também entende. Nós temos muita sorte. Mamãe e James iriam querer que nós fôssemos. Pense assim, está bem?"

"E por que isso aconteceu?" Ela perguntou, e havia um sutil desapontamento em seu tom de voz.

"Bem, ia ser difícil de explicar", ele disse. "Mas muito tempo atrás, antes de meu pai nascer, antes do pai dele nascer, e antes mesmo do pai do pai dele nascer, as pessoas aprenderam a construir coisas gigantes usando os recursos da Terra. Eram coisas maravilhosas, que facilitam a nossa vida até hoje. Mas como o tempo, tudo começou a se extinguir".

"Como acontece numa plantação, mas sem que isso tudo cresça de volta?" Kelle perguntou. Era uma criança bastante inteligente.

"Isso. Bem, depois de muito tempo, nós, adultos, não aprendemos a lição. E agora precisamos recomeçar do zero. Eles o chamam de Novo Éden, Kelley. Vai ser um lugar bonito, e você vai fazer muitos amigos, e vai se tornar uma boa pessoa. E se alguém perguntar... Se alguém perguntar 'Como era a Terra?' você saberá responder?"

"Sim papai", ela respondeu ternamente. "Era um lugar muito bonito".

"Sim, Kelley. Era mesmo", o pai respondeu, a voz trêmula. Não sabia se Kelley havia ou não notado. "Por favor, durma. Amanhã vai ser um grande dia".

"Boa noite, papai".

"Boa noite, querida".

26/07/2014

Creepypasta dos Fãs: Malditas criaturas

Não lembro exatamente quando, mas eu era bem pequena quando comecei a vê-los. Meus pais insistiam todas as noites que era coisa da minha imaginação, porém eu garanto que não era. Os pelos que me davam calafrios eram reais. A língua nojenta que tocava minha pele era real. O sangue que aquela coisa levou de minhas veias era real.

Era a noite, em minha cama, que eu conseguia me concentrar e vê-los, inclusive até ouvi-los. Geralmente eles vinham em grupo. Sem chamar atenção eles entravam em meu quarto, sabiam que meus pais não criam em sua presença. Cochichavam em meus ouvidos tudo o que fariam comigo. A sensação de ser uma presa indefesa, tendo como proteção um fino cobertor é simplesmente terrível. Hora ou outra descobria a cabeça para respirar e via eles ainda lá, me encarando com o olhos famintos e fixos.

Eu cresci, e junto com o amadurecimento, vieram também algumas respostas. Descobri que eu não havia sido a única vitima deles. Bastou uma rápida pesquisa para saber que milhões de pessoas haviam sido mortas por eles. Mas por algum motivo eles ainda me mantinham viva, me torturando. Obviamente, eu também não era a única a vê-los. Tomei conhecimento de empresas que trabalhavam para evitar que o mal causado por eles fosse menor. Era até engraçado a forma como ninguém se importava com essas criaturas. O governo, o povo, todos eram coniventes com esse massacre. Pessoas morrendo todos os dias e a nossa convivência com eles sendo tratada como a coisa mais normal do mundo.

Quase havia me esquecido da existência deles, após tanto tempo sem nos encontrarmos. Mas naquela noite, aquele som familiar me acordou. Eles voltaram. Cochichando ao meu ouvido coisas terríveis. Eu não aguentaria mais um dia sob suas ameaças. Sua saliva tocando meu corpo. Suas patas nojentas percorrendo minha face.

Azar deles não saberem que eu já havia me preparado. Todas as armas que pudessem ser usadas contra eles pode ter certeza que eu tinha. Acabei com todos em minutos. Não sobrou nada mais que restos mortos pelo meu quarto e um único sobrevivente. Pela primeira vez, agora eu era o predador e ele a caça. Podia sentir o medo pulsar naquele corpo estremecido. Levantei as duas mãos cruas, e em um movimento rápido as fechei. Aquela maldita criatura caiu agonizante no chão. "Odeio mosquitos" suspirei antes de ir-me deitar.


Autor: felipedossie

Creepypasta dos Fãs: Fui longe demais...

Oi, você aí que está lendo esse texto, que, por ansiedade ou somente por diversão costuma morder e arrancar literalmente nos dentes as cutículas. Sabe, aquela pelinha na lateral das unhas? Então, é essa mesma! Deixa eu falar uma coisa:

Eu tenho 25 anos e adquiri esse hábito (péssimo por sinal) nem sei quando. Quando percebi, cada segundo de ócio era prontamente preenchido por lascas de pele entre meus dentes. Por vezes, me encontrava com pequenos curativos cobrindo pequenos machucados com pequenos sangramentos. Era assim, pequeno no geral, o estrago que eu deixava nas pontas dos meus dedos. Fui aprimorando a técnica, melhorando o tato dental e com o tempo era menos frequente o uso de band aid. Apesar disso, eu não ficava satisfeita. O último médico com quem me consultei atribuiu essa mania a minha ansiedade exagerada, mas eu nunca percebi dessa forma, para mim, era somente uma mania, como outra qualquer...

Como disse aí em cima, eu não ficava satisfeita por mais fundo que eu fosse na minha escavação cotidiana, até que, bem...cheguei até aqui, no meu quarto, onde eu estou nesse exato momento. A obsessão em querer ver meus dedos livres de excesso de pele me levou a uma compulsão ao qual não me dei conta. Era um incômodo inexplicável, uma ansiedade sobre a ansiedade, um ciclo sem fim. Talvez eu pudesse procurar uma manicure para usar um alicate de unhas e fazer o serviço da maneira correta, mas só agora eu percebo que a coisa toda já não tinha motivo, não havia razão para que eu mordesse meus dedos daquela forma, era tão inexplicavelmente prazeroso tirar nos dentes aquelas cascas finas e tenras nas pontas dos dedos, ouvindo aqueles leves estalos próximos ao ouvido que eu nem ligava para o que sobrava deles no final do processo.

Comecei a passar um bom tempo naquilo que já está durando umas três horas trancada no meu quarto. Minha mãe bateu umas duas vezes na porta e eu disse que estava estudando, mas não sei o que fazer. Entrei aqui assim que cheguei da faculdade já com a mão na boca, talvez as coisas não estejam muito boas para mim, afinal eu não teria perdido o controle a tal ponto. Enfim. Entrei no meu quarto, tranquei a porta e deitei na cama, olhando para o teto. O dia ensolarado, quente e meu ambiente tranquilo, fresquinho por causa do ar condicionado. Tão aconchegante. Comecei. Senti um leve ardor no meu dedo indicador, a pele que arranquei logo de começo foi além do que esperava e o vermelho da minha carne se mostrava um pouco, contrastando com minha pele branca. Mesmo assim continuei, troquei de dedo e os leves beliscões dos dentes foram arrancando, um a um, pedaços de pele cada vez maiores, cada vez mais dolorosos...prazerosos também. Estranho como alguém pode sentir prazer na dor, e era assim que me sentia, realizada. O gosto de metal do líquido vermelho que brotava e escorria pelas mãos me tirava o paladar mas me proporcionava um sabor único a cada sugada. Fechei os olhos e os virei, me contorci num orgasmo que não havia experimentado antes. Acho que estava durante todo o tempo esperando por isso, ensaiando esse momento. Sentir na boca o sabor da minha carne era surpreendentemente bom. Até eu querer ir além. Beijei de leve meus dedos, e os beijos se tornaram mordidas, cada vez mais fortes, cada vez mais intensas. "Como eu sou macia e gostosa!".Brincava comigo mesma. Fui até sentir um pequeno pedaço molhado na boca. Masquei e num breve momento de lucidez em meio àquela luxúria gulosa cuspi na cama. Meus olhos arregalaram para o pedaço de carne sobre o edredom, um fio de baba vermelho saia da minha boca, meu queixo úmido, ensanguentado, ficou imóvel...o que eu estava fazendo com aquele pedaço de mim mesma, ali, na minha frente? Rapidamente, com minhas mãos latejando devolvi o pedaço de carne à boca e desesperadamente mastiguei até engolir. Avancei novamente e puxei, mais uma vez e de novo e de novo e de novo.

Nem as lágrimas que não cessavam me fizeram parar. Mas eu estou cansada agora, e já se passaram três horas. Eu nem tenho como sair daqui e deixar que alguém veja. Eu estou num estado deplorável, minha mão direita está dilacerada, meus dedos quase nao existem mais. Não sei o que fazer. Ainda estou com fome.


Autor: victor2236

25/07/2014

Creepypasta dos Fãs: O edifício assombrado

Há um edifício assombrado no centro da cidade onde moro. É um lugar que dá medo em qualquer um que passe pelo lugar. Ninguém mora no edifício e dizem que ele contem uma energia negativa, já que muitas pessoas vão ao último andar do prédio para se suicidarem.

Certo dia eu voltava do trabalho à noite e no caminho para casa tinha que passar pelo maldito prédio. Dei uma observada nele enquanto caminhava, quando notei uma silhueta no topo do edifício. Seria um fantasma? Eu estava realmente assustado. Foi quando notei que a pessoa do topo do edifício se jogava e deu para eu perceber que se tratava de uma mulher mulher bem viva, e que tentava suicídio.

Fiquei assustado, é a primeira vez que vi alguém cometendo suicídio. Quando ela caiu no chão o barulho foi tão alto que todos os que estavam no edifício olharam para ver o que tinha acontecido. Graças à Deus a mulher sobreviveu, mas ela teve ferimentos graves e teve que ser levada de ambulância ao hospital mais próximo imediatamente.


Autor:  Hugo dos Santos

Creepypasta dos Fãs: Segurança

-Mãe, você está bem? - A garota tirou os olhos dos carros que passavam pela rua, e voltou o foco para a mulher ao seu lado direito, que acariciava o estômago com uma das mãos.

-Hmm? Ah, não foi nada... -A mais velha pareceu pensar um pouco, antes de voltar a falar. -A verdade é que eu não gosto dessa rua. Ela me deixa um tanto nauseada.

-Como assim?

-Bem, eu devia ter uns 17 anos, assim como você. -Ela levantou os olhos e pôs a mão sobre o queixo, buscando memórias antigas. -Sempre que voltava do colégio, precisava passar por essa rua, bem nessa sinaleira pra chegar em casa. -E apontou para a sinaleira um pouco há frente das duas, que se encontrava aberta para o trânsito dos automóveis.

A mulher olhou vagamente para a faixa de pedestres, e continuou:

-O sinal estava verde, e o movimento de carros era tão baixo quanto o de hoje em dia. Além de mim haviam provavelmente mais umas cinco pessoas, diferente de agora que só tem nós duas. O sinal mudou, e uma moça passou por mim rapidamente. Porém, não deu mais que três passos largos.

A garota olha curiosa para a mãe, silenciosamente esperando a continuação.

-Ela foi atropelada. Ao que parece, o motorista teve um infarto, e consequente disso o caminhão que ele dirigia perdeu o controle. Ele passou tão próximo de mim que eu pude sentir o vento, e o sangue daquela mulher espirrando no meu rosto. A única coisa que consegui fazer foi virar o pescoço para o lado, e constatar os pedaços dela, que tinham se espalhado para todos os lados pela força do impacto. - E ela suspirou pesadamente, franzindo o cenho e desviando o olhar do da filha.- É um tanto vergonhoso de admitir, mas parte de mim ficou aliviada naquele momento, sabe? A única coisa que me veio a cabeça ao ver aquele corpo destroçado foi “Antes ela do que eu”.

-Que horrível, mãe. -A menor balançou a cabeça. -Quero dizer, dá para entender o seu lado, mas ainda é algo horrível.

-Eu sei. Foi mais ou menos isso o que me disse um rapaz que também estava para atravessar a faixa naquela hora. Ele apenas me encarou com uma expressão de repulsa e disse com uma voz fria “Que coisa horrível de se pensar.” -E ela deu um sorriso desajeitado.- Acho até que tive sorte... Outra pessoa provavelmente teria me batido. Mas, veja bem, acho que as pessoas são assim mesmo... Se for egoísmo colocar a própria segurança a frente da empatia, então acho que sou egoísta. -E ela fez um rápido cafuné na filha, mesmo sabendo do quanto isso constrangia a menor.- Mas o tempo passa, e as coisas mudam. Acredito que comecei a ser mais empática desde o dia em que você nasceu. - E ela deu um sorriso para a filha.

O sinal para os pedestres abriu e a garota, constrangida, não tardou em se mover. Mas não deu mais que três passos largos, antes do caminhão passar por cima dela.

Ao sentir o vento respingar sangue sobre ela, a mãe apenas pode virar o pescoço, incrédula, encarando os pedaços de sua filha espalhados pela rua. E ela só pode pensar uma coisa:

“Porque ela, e não eu?”

-Ah, na verdade, era para ser você. - E ela olhou rapidamente para trás, apenas para encontrar o mesmo rapaz daquele dia, com as mesmas roupas e de igual aparência, como se o tempo e a velhice não tivessem efeitos sobre ele. -Mas, eu pensei um pouco, e cheguei a conclusão de que... - Ele a encarou com seus olhos pretos, e dessa vez, em um sorriso rasgado, sua voz soou morbidamente irônica:

“Antes ela do que você, certo”?



Autor: HYY

24/07/2014

Creepypasta dos Fãs: "Sorria, você está sendo filmado"

Você já se sentiu observado? Naqueles momentos em que você está sozinho no seu trabalho. Será que não tinha alguém olhando tudo o que você estava fazendo? Pode ser só sua imaginação. Ou não. Cada passo que você dava era monitorado. Cada respiração, cada passo. Tudo monitorado por uma câmera. E você, mero tolo, observado como um rato de laboratório. Paranoia ou apenas cuidado?

Eu sei que você já imaginou isso. Ficou procurando por uma brecha, algum aparelho oculto, até nos sensores de movimento. Eu sei que você olha ao redor sempre, achando que tem alguém olhando por cima do seu ombro, mas não havia nada quando se virou para ver o que era. Sua mente te persegue agora. A paranoia aumentou, não é? Eu sei que você quer sair correndo e não voltar mais, mas não pode pois não tem nada concreto para contestar sua saída da empresa. E agora, o que fazer? Sim, monitorar seus movimentos. Cada passo dado é cuidadosamente estudado. Eu sei, dizem que se chama Escopofobia. Você teme estar sendo observado. Suas mãos estão suando frio e sua boca ficou seca? Ótimo, isso significa que seu medo está aumentando mais a cada minuto. Mas não se preocupe. Imagina como deve ser pior saber que você não está apenas sendo observado apenas pelas câmeras.


Autor:  Kelly Haner

Creepypasta dos Fãs: Mensagem recebida

Já era tarde quando tranquei a ultima porta, antes de passar o resto da madrugada navegando pela internet. Minha vida se baseia em ir ao trabalho e ficar lendo blogs de madrugada. Comecei minha jornada nos blogs de humor e após um tempo, indo de blog em blog, entrei em um blog de terror especializado em contos.

Comecei lendo vários contos sem parar e nem me dei conta que já passara da hora de dormir. Li meu  último conto da noite e fui deitar. Geralmente, demoro vários minutos pra pegar no sono, mas essa noite com certeza eu não dormiria. 

Por volta das 4 da manhã meu telefone tocou. Era numero confidencial e por razoes pessoais – trote - eu sempre recuso ligações confidenciais. Um minuto depois, o telefone tocou novamente e eu desliguei outra vez. Isso se repetiu por umas cinco vezes até que parou. A outra pessoa na outra linha deve ter se cansado ou de repente estava tudo planejado para que eu ficasse com medo. E eu realmente estava com medo porque meu telefone fixo também tocou com um numero confidencial, obvio. Fui até a sala e atendi ao telefone com um xingamento, mas não houve resposta, porem eu podia ouvir a outra pessoa dando algum tipo de risada abafada. -era um trote, pensei - Bati o telefone com raiva e ri da situação por lembrar de uma cena de um filme de terror que eu tinha assistido recentemente, quando um barulho vindo da cozinha tirou esse sorriso da minha cara. Quase vomitei meu coração quando eu vi que a porta estava aberta, sem sinal de arrombamentos, com a chave ainda na maçaneta. Sabe quando você esta com medo e finge não estar, talvez por alguém estiver te observando? Mesmo morrendo de medo eu fui até a porta, tranquei, voltei correndo pro meu quarto e fui pegar meu celular pra ligar pra policia e foi ai que meu coração quase explodiu. Uma mensagem recebida e ela dizia – POSSO SENTIR O CHEIRO DO SEU MEDO DAQUI DE BAIXO. Reparei que agora eu tinha o numero do filho da puta na mensagem e respondi – VAI PROCURAR O QUE FAZER SEU DESGRAÇADO. Agora meu coração parou porque eu ouvi o barulho de "mensagem recebida" vindo de baixo da minha cama...


Enviado por carlos.menon 
Autor: Desconhecido

23/07/2014

Creepypasta dos Fãs: Último Adeus

Isso tudo ocorreu no dia 14/03/2011. Na época eu tinha apenas 15 anos.

Meus pais tinham ido viajar, estava sozinho em casa. A não ser pelo meu irmão mais novo, Julio. Ele tinha apenas 4 anos então resolvi ligar para minha namorada e a convidei para passar o dia comigo. Ela aceitou e depois de uns 15 minutos já estava lá. Nós ouvimos músicas, conversamos e brincamos com meu irmão. 

Quando já estava a noite fui dar banho em Julio e coloca-lo para dormir. Voltei para a sala, eu minha namorada fomos ver uns filmes de terror. Ela odiava essas coisas, já eu amava. Amava do verbo não amo mais pois hoje em dia não gosto nem de lembrar dessas coisas. Ela começou a ficar assustada e ficou se escondendo em mim. O clima foi esquentando e nós dois começamos a nos agarrar ali mesmo.. Nenhum de nós era experiente, tanto eu quanto ela éramos virgens. Ela foi minha primeira namorada e vice-versa. 

Começou com uns beijos e ela começou a descer e passar a mão, não podia estar mais excitado. Ela olhou para mim com um olhar perverso como quem quer algo mas não tem certeza. Dei um sinal de positivo, estava com os nervos a flor da pele. Enquanto isso o filme continuará passando na tv.. De repente nós ouvimos um barulho. Logo pensei: "Droga, ela nem começou nada e esse barulho já estragou tudo!".

Ela olhou para mim e disse:

- Vá olhar o que foi isso, estou assutada.

Concordei e fui até o andar de cima ver o que havia acontecido, ela estava atrás de mim se segurando em meus ombros. No começo não vimos nada então resolvemos descer. Ri da situação e deitamos no sofá novamente. Claro que não deu pra continuar o que havia começado, como ela estava um pouco assustada não fiz pressão nem nada. Continuamos assistindo o filme como se nada tivesse acontecido. Eu apenas ria das reações que ela tinha quando aparecia algum espírito no filme ou algo do tipo. Ela ficava nervosa e me xingava. O filme havia acabado e ela estava com sono, liguei na TV a cabo e sem querer cochilamos ali mesmo.

Um tempo depois ouvimos o barulho de novo, ela acordou assustada e falou que queria sair da casa. Eu falei para ela não se preocupar pois talvez fosse apenas os móveis ranjendo a noite. Fui até o andar de cima ver o que estava acontecendo, mas dessa vez a deixei no sofá a minha espera. Chegando lá não havia nada, só meu irmão dormindo em seu quarto com seu urso de pelúcia. Eu nunca gostei daquele urso, mas não, ele não era um urso maligno ou demoníaco que matou todos nós. Isso não tem a ver com o urso, infelizmente. Meu irmão acordou, se levantou e foi em minha direção. Perguntei a ele se estava tudo bem e ele meio sonolento apenas balançou a cabeça e disse que estava com medo. Não entendi muito bem e questionei-o:

- Medo do quê Julio?

Ele olhando para os lados respondeu:

- Um moço veio aqui duas vezes e conversou comigo, ele disse que não queria me fazer mal. Ele disse que queria que eu o acompanhasse até sua casa para eu poder brincar com as outras crianças. Eu disse que não queria, ele ficou nervoso e sumiu. Ele apareceu para mim de novo, mas não falou nada, só me observava. 

Ele era como uma sombra e não tinha rosto. Estou assustado, quero sair daqui Bernardo.

Fiquei pensando como alguém poderia ter entrado na minha casa e eu não havia percebido. Gritei Juliana que estava lá em baixo e não ouve resposta. Fiquei preocupado, peguei meu irmão no colo e desci até lá em baixo. Não havia ninguém, logo entrei em desespero. Aonde ela estava? Chequei as portas e todas estavam trancadas assim como eu havia deixado. Fui ligar para a policia mas não havia sinal no meu celular e muito menos no telefone, nem se quer o ''tu'' fazia. Quando me deparei com os fios arrancados e mastigados. Eu não tinha nenhum animal de estimação, minha namorada obviamente não iria fazer isso e fugir, e Julio nem dentes tem direito. Deduzi que havia outra pessoa na casa. Tentei abrir as portas mas as chaves haviam sumido. Subi e fui procurar por Juliana, gritei o nome dela mas não ouvia nada. Apenas a minha respiração junto a do meu irmão era ouvida naquele lugar. Aquele silêncio estava me torturando. Peguei meu irmão e o levei para o banheiro, era o único lugar que não havia janelas. Disse para ele trancar a porta e só abrir quando eu subisse e falasse para ele abrir. Ele trancou e ficou lá dentro.

Eu estava com o medo nos meus olhos, eu sentia que nunca iria esquecer aquela noite. Fui até meu quarto ver se Juliana estava lá quando as luzes se apagaram de repente. Se eu já estava com medo no claro imaginem no escuro. Mas não me deixei levar, eu tinha que achar minha namorada, se ela estivesse morta eu nunca iria me perdoar. Fui me guiando pelas paredes do meu quarto até chegar em uma gaveta, abri e peguei um isqueiro e uma lanterna que ela mesma havia me dado pois eu amava acampar. Peguei a lanterna e liguei, desci para procura-lá, inutilmente pois obviamente ela não estava mais lá. Angustiado sentei no sofá onde nós estávamos antes e comecei a chorar. Fiquei ali por um tempo imaginando como seria se eu não tivesse ligado para ela e tivesse saído da casa na primeira vez que ouvimos o barulho. Inconformado com tudo aquilo eu subi para pegar meu irmão e tentar sair da casa. Quando levanto escuto gritos, era a Juliana!

Não conseguia distinguir o que ela estava falando mas era algo como:

- Corra, fuja, não fique aqui!

Nenhuma palavra saia da minha boca, minhas pernas não obedeciam meu comando, parece que eu não estava mais no comando do meu próprio corpo. Depois de alguns segundos ouvindo aquela gritaria e tentando fazer alguma coisa consegui correr. Segui a voz e deu no porão, lugar aonde eu não havia procurado. A porta estava entre-aberta, como um convite para mim descer. De longe avistei Juliana, ela estava virada para a parede, corri em sua direção e a abracei o mais forte que pude. Ela estava aos prantos, olhou para mim e disse em meio a soluços:

- Você tem que sair daqui Bernardo. Ele vai me levar, e se você não for embora vai ser levado também, vá pegar o Julio e fuja daqui, não é seguro.

Eu olhei para ela chorando e respondi:

- Quem é ele Juliana? O que ele fez com você?

Ela não respondeu. Ficou sem silêncio e olhando para o chão se lamentando. Levantei-a do chão e levei até a porta do porão. Enquanto íamos até lá pude ouvi-lá dizer num tom de voz muito baixo: "Está tudo acabado, é o fim."

Eu apenas ignorei, não queria acreditar naquilo. Chegando até a porta vi uma coisa que eu daria tudo no mundo para não ter visto. Era uma sombra, sim uma sombra. Estava com meu irmão no colo. Eu pude jurar que aquilo estava rindo de mim. Juliana gritou e começou a chorar, eu estava em choque, sem reação alguma. Meu irmão estava chorando. Eu não ia deixar aquela coisa leva-lo, não mesmo. Gritei com uma grande raiva e disse:

- O que você quer? Deixe meu irmão e ela em paz.

Acredite se quiser, aquilo riu de mim, realmente riu, riu como se eu houvesse contado uma piada muito engraçada. Depois de um tempo olhando para mim ele disse:

- Eu quero você, mas antes eu preciso atingir as pessoas que você ama até conseguir faze-lo ceder ao prazer de se juntar a mim.

Tentei bater naquilo mas foi em vão. Era um espírito certo? Uma sombra. Durante anos sendo fã de terror e filmes do gênero eu já havia aprendido que um espírito não pode ser atingido por humanos. Mas eu não consegui entender como puderá segurar meu irmão no colo. Novamente ele riu. Então cansado daquele joguinho eu disse:

- Tudo bem, se é a mim que você quer me leve. Estou aqui, agora deixe eles fora disso.

Juliana me segurou e disse que eu não podia cair na cilada que ele estava armando. Eu a ignorei, logo aquilo soltou meu irmão, que veio correndo em minha direção chorando e soluçando como eu nunca tinha o visto chorar. Aquele monstro me estendeu a mão e disse que seria ótimo me ter ao seu lado pois eu era um garoto muito esperto. Eu abracei Juliana e Julio e me despedi, como se eu estivesse indo viajar. Mas uma viagem sem volta. Aquilo me sugou e me trouxe até aqui. Depois daquele dia nunca vi nem Juliana e muito menos meu irmão. Vivo aqui como um bicho, estou nesse lugar a tanto tempo que nem sei quantos anos tenho, que dia é hoje, ou em que mês nós estamos. Sinto falta da minha namorada e da minha família. Mas ora não é tão ruim assim, agora só estou a espera de algum casal sozinho para um deles se juntar a mim e aos outros que aqui vivem.

Autor: Vitória Silva

Creepypasta dos Fãs: Fumantes

Então...a resposta da 8 seria a letra C. Acabara de terminar meus deveres e estava ansioso para progredir com minha rotina diária. Era 2012, tinha 12 anos, inverno. Agora estava indo em direção à um quartinho que ficava no final do apartamento pegar meus sapatos e meu skate.

Já descendo as escadas, não estava preocupado com meu irmãozinho, pois ele estava com a empregada, em segurança. Ao chegar na garagem "de cima" (Eram duas garagens, uma com rampas e outra lisa), notei que todos os adultos já haviam ido trabalhar. A neblina cobria meus olhos, entretanto pude ver a imagem de um homem com mochila nas costas se aproximando do portão de entrada, que havia sido aberto automaticamente junto ao outro portão que permitia a entrada na escadaria do prédio.
Não pensei duas vezes. Coloquei o skate no chão e com rápidas remadas fechei o portão antes que o homem conseguisse colocar a mão no portão. Me parecia que aquele cara era um ladrão, mas por algum motivo estranho, como se seu olhar negro penetrasse em minha mente, eu ignorei-o.

8:05. Só 5 minutos haviam se passado e ouvi o barulho dos portões se abrindo novamente. Fiquei paralisado de medo. Algum morador idiota deveria ter abrido o portão acreditando que esse homem fosse funcionário da prefeitura. Ignorei, e continuei andando de skate.

Alguns minutos depois, ouvi um barulho de zíper, e um barulho como o de alguém colocando uma coisa em cima da bancada. Comecei a sentir um leve cheiro de cigarro, junto a um cheiro de maconha. Tentei ignorar, mas tomei coragem e me preparei. Peguei um cabo de vassoura abandonado na garagem, e subi a rampa até a garagem superior.

Nada.Nada além da faxineira.

Ela e eu não nos comunicamos.Voltei até a garagem inferior, e comecei a andar novamente de skate.

Algum tempo depois, parei para descansar, e notei que da janela de minha casa, uma fumaça estava saindo.

Estranhei. Não era nenhum incêndio. Nem alguém fumando, pois na minha casa, ninguém fumava. Um pensamento me congelou de medo. Estaria aquele homem em minha casa? Não. Era idiotice. Ele não conseguiu entrar. Mesmo assim, por segurança, resolvi subir a minha casa, novamente com o cabo de vassoura. Chegando lá, a porta estava aberta, com um pó de cheiro forte espalhado por toda a casa. Notei também um... Corpo. Coberto com esse pó branco, com manchas vermelhas de sangue. A empregada estava morta. Fora decapitada, mas não via sua cabeça. Uma cena horrível. Seu coração estava sob um copo, também com pó branco.

Ouvi um barulho de algo sendo jogado pela janela. Tomei coragem e fui checar todos os quartos. Não havia ninguém. Nem meu irmão estava lá. Nem vivo, nem morto. Fui procurar um telefone para chamar a policia, mas não encontrei nenhum. O quarto de onde saía a fumaça estava normal. Era meu quarto. Ouvi um grito.

Fui correndo. Era a faxineira do prédio sendo estripada pelo homem que tinha visto. Fui em direção a ele e o acertei com toda a força que tinha. Ele se virou com uma cara estranha, estava sorrindo e ao mesmo tempo chorando. Entretanto não tive medo, e acertei o maniaco novamente. Dessa vez, ele desmaiou.

O sujeito estava coberto de pó branco, e com o coração da vitima em uma das mãos, e um facão na outra.
Estava completamente imóvel. Parecia um pesadelo, mas era completamente real. Revistei o homem por completo. Ele tinha em seus bolsos fotografias, fotografias de todos os moradores do prédio, todos mortos.

O que era aquilo? Por algum motivo não haviam fotografias dos corpos estripados ou mortos dos meus familiares. Eles estariam vivos? Outra coisa perturbante, foi que o homem não tinha maquina fotográfica, e as fotos não eram normais. Estavam com uma gosma amarelada, e eram muito moles, fáceis de serem rasgadas apenas com um dobro de origami.

O homem havia coberto os portões que davam a rua com um pano preto, mesmo assim pude ouvir um chamado de um vizinho.

-Tem alguém aí?

-Sim! - Respondi com esperança.

-O que está acontecendo? Que droga de pano é essa?!

Fui até o portão e rasguei o pano.Uma surpresa.Meu irmão, minha tia, minha avó, minha mãe e meu pai estavam estripados e jogados dentro de uma traseira de caminhonete, e o homem que tinha me chamado estava fumando maconha.

Senti uma fumaça atingindo meu pescoço.O facão foi retirado se minha mão, e lentamente foi perfurando meu corpo por inteiro.Não conseguia gritar nem nada, somente senti uma mão arrancando meu coração, e vi tudo escurecendo.

Agora estou morto. Por algum motivo bizarro, meu coração também fora posto naquele pó branco. Seria aquilo um tipo de campanha contra as drogas?

Autor: Snakestep

Creepypasta dos Fãs: Meredith

Ela era uma garota doce. Sorriu pra mim ao atravessar a rua, como todos os dias, indo para seu colégio. Eu a cumprimentava diariamente com um sorriso tímido, sem motivo algum. Eu nem mesmo sabia seu nome, e esses sorrisos diários seguiram por meses.

Ela era tão doce, com seus cabelos ruivos lisos e olhos castanho-claros. A pele pálida, cheia de sardas, deveria ter seus doze ou treze anos.

Eu tinha catorze na época. E ela sorria para mim todos os dias de manhã, enquanto eu voltava da padaria e ela ia para seu colégio.

Ela era tão meiga. Ela não faria mal a ninguém.

Por um ano inteiro minhas manhãs receberam seu sorriso suave, e nos finais de semana, férias escolares e feriados meus dias pareciam incompletos por não poder tê-la sorrindo para mim logo cedo.

No primeiro sábado deste mês de abril eu resolvi, finalmente, bater á porta dela.

Eu só queria saber o seu nome.

"Boa tarde." sorri quando ela me atendeu. Ela sorriu de volta.

"Oh, olá." murmurou.

"Qual o seu nome?"

"Meredith."

Ela me lançou aquele meigo sorriso novamente, quando uma voz em aflição soou de dentro da casa. Eu não entendi o que a voz disse. Meredith me lançou um olhar de desculpas e, sem dizer mais nada, fechou a porta e entrou.

Meredith era tão doce. Meredith não poderia fazer mal à ninguém.

O final de semana se foi e, novamente, eu recebia um sorriso por dia. Ela não veio falar comigo.

Então, no sábado seguinte eu fui até sua porta novamente.

Eu a chamei para sair. E ela aceitou, me lançando aquele sorriso tão doce. Havia algo vermelho no canto de seus lábios, mas eu não me importei.

Eu estava tão feliz. Nós saímos muitas vezes.

Eu me apaixonei por Meredith. Meredith era tão meiga. Meredith não poderia fazer mal à ninguém.

Eu e Meredith começamos a namorar. Eu estava tão feliz. Namoramos por quatro anos, e quando ela completou seus dezoito anos de vida eu a pedi em casamento. E ela aceitou.

Eu estava muito feliz. Meredith era o amor da minha vida. Ela não poderia me fazer mal algum. Meredith não poderia fazer mal à ninguém.

Nós compramos uma bela casa. Estamos muito felizes, mas Meredith não sorri mais para mim. Na verdade, ela não tem trocado muitas palavras comigo nos últimos dias. Mas está tudo bem. Deve ser porque eu passo muito tempo trabalhando. Está tudo bem. Meredith era tão doce. Meredith não poderia fazer mal há ninguém.

Eu e Meredith tivemos uma briga hoje. Não lembro muito bem o que houve, acho que caí e bati a cabeça com o susto de quando ela me ameaçou com uma faca de cozinha. Ela estava tão nervosa, mas eu a perdoo. Quando acordei, Meredith me ignorava. Tentei tocá-la mas ela subiu as escadas e se trancou no banheiro.

Acho que Meredith não me ama mais. Eu cheguei mais cedo do serviço e havia outro homem com ela em nossa cama. Mas está tudo bem, eu a perdoo. Meredith não poderia me fazer mal. Meredith não poderia fazer mal à ninguém.

Hoje à noite eu encontrei o homem que estava com ela naquela noite. Ele tomava um café na padaria. Acho que eu o assustei, pois ele derramou o café todo em sua roupa e saiu desesperadamente até a rua em busca do seu carro. Ele me olhava apavorado enquanto arrancava para longe dali.

Voltei para casa. Meredith não troca mais nenhuma palavra comigo. Meredith me odeia, eu devo ser um péssimo marido. Isso está acabando comigo.

Meredith está deitada em nossa cama dormindo. Ela está dormindo abraçada à um corpo em decomposição. Eu não consegui identificá-lo, mas o cheiro era horrível, e algumas partes estavam faltando. 

Partes das pernas, da face, do abdomen. O corpo usava minha aliança de casamento em seu dedo anelar da mão esquerda. Olhei para os traços suaves e relaxados de minha esposa dormindo. Havia algo vermelho no canto de seus lábios, mas eu não me importava.

Meredith era tão doce. Ela não poderia me fazer mal algum. Meredith não poderia fazer mal à ninguém.

Autor: H.O. Kaori

Creepypasta dos Fãs: [Inexistente] HellEx13.exe‏

Olá. Eu sou Bruno, e tenho 12 anos. E só acredite se quiser.

A algum tempo atrás, conheci um jogo genérico, o que parecia ser do Atari. Ele tinha um nome que não me lembro. Só me lembro de olhar o conteúdo do CD, e encontrar um arquivo chamado "HellEx13.iso". Era algo parecido com o Mario Bros do NES, um jogo de plataforma simples, com uma figura humana como personagem, toda branca e sem roupas, como se não tivesse sido terminado. Era um jogo realmente difícil, e as fases eram escolhidas aleatoriamente. Os bosses eram três, que também eram aleatórios. Enquanto ele ainda estava comigo, eu e meu tio tentavamos terminá-lo. Mas o jogo era relativamente impossível. Os bosses eram uma cobra parecida com o gyardos, um gigante, e, bem, você mesmo. Eu tinha 10 anos na época. Os dias passavam e não conseguiamos terminar aquela merda de jogo. Nossas tentativas se acabaram e então abandonamos o jogo.

A alguns dias atrás, estavamos na minha nova casa. Acabávamos de se mudar.
Estava no meu quarto fuçando, quando encontrei minha caixa de jogos de PS2.

-Finalmente encontrei essa porcaria!

Quando abri a caixa, lá estava ele. Coberto de poeira. Eu podia jurar que aquilo tinha ido pro lixo.

Coloquei o CD, deu boot, e apareceu o RGB test do OPL. Aquilo já acontecia na época em que eu jogava. 

Demorei horas até conseguir encontrar o boss.

O objetivo era derrubar estacas no "gyardos". Como previsto eu morri. E então eu fui para eu mesmo. Nós nunca descobrimos como derrotar esse. Então me matei logo de cara.

Apareceu o gigante. Pela primeira vez consegui matar ele.

Um enorme sorriso veio ao meu rosto até que a tela escureceu.

Pensei que havia travado quando apareceu algo que parecia o gigante, todo danificado, e cortado, parecia até real. A primeira vista levei um susto. Acho que não me traumatizei porquê o jogo só tinha três cores, que eram vermelho, preto, e branco. A tela ficou na cena uns dois minutos, então fui levado à cobra.

Morri. Fui para "eu". Me matei, voltei para a cobra.....resumindo, isso se repetiu.

Até que, num golpe de sorte, consegui derrubar a cobra.

A tela ficou preta. Dessa vez algo BEM mais realista apareceu. Uma enguia deformada, sangrando. Com seu corpo mutilado, como se algo muito feroz tivesse matado ela.

Dessa vez ficou por 5 minutos, e então fui para o "eu".

Eu não sabia o que fazer.

Tudo o que eu fazia ele imitava, como se fosse um espelho.

No meio havia um rio de lava. Mas não tinha como ele cair sem eu cair também.

Até que, lembrei que ele havia uma ação que era levantar o braço, e se usasse isso no ar, eu fazia uma pequena pausa, e continuava.

Como nunca havia pensado nisso? Era sempre a ação que se usava para matar os bosses.

Então pulei pelo rio, e quando estava na metade, apertei o botão. Ele pausou também. Eu consegui escapar, e ele caiu na lava. Eu não consigo expressar a felicidade que senti no momento. Quando ele encostou na lava, a tela piscou 3 vezes na cor branca, e um som irritante tocou nesse meio tempo, sendo que o jogo não tinha som nenhum.

Ele sumiu. E a tela cortou para uma toda preta, com a palavra "fîn" escrito em vermelho.
Quando fui desligar o PS, a tela cortou para uma com meu rosto em vermelho. Eu comcei a ficar com medo. 

Então trocou para o rosto do meu tio, um pouco "podre". Eu quase caguei nas calças.

Então voltou para a minha cara, começando um rosto maléfico, e ficou alternando entre nossos rostos, meu tio ficando decomposto e eu virando algo que parecia ser um demônio. Até que no fim, cortou para um tela preta. O jogo havia travado. Quando fui desligar, o barulho de antes voltou, comi se estivesse chamando minha atenção. Olhei e estava escrito:

- Você conseguiu. Está satisfeito? Durante anos eu queria que você conseguisse. Mas antes de acabar comigo, por que não conta ao seu tio sobre seu sucesso?

Eu liguei desesperado para meu tio e ele não atendia.

Depois me retornaram, e me disseram que meu tio estava estava com queimaduras graves no corpo.

Quando voltei ao quarto estava escrito outra coisa:

- Seu tio está bem? Não? Que pena.

Eu gritei:

- O que você fez!?

- O que VOCÊ fez. Você é um monstro não é?

- Que merda é essa?

- NÃO É?

*piuuuuuu*

Meu PS tinha queimado.

Quando abri a tampa, o que era antes um clássico CD da Digiklone, agora era um CD vermelho, com as palavras "You're a Monster" escritas em preto.

O tirei e guardei na capa, e então joguei no lixo.

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UPDATE

Eu não consigo mais dormir. Aquele som me persegue.
Todas as noites sonho com aquela figura branca tentando me matar. Ele conversa comigo.
Eu não aguento mais. Acho que estou ficando louco.

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UPDATE

Nos mudamos outra vez.

Aparentemente estava tudo bem. Havia esquecido daquilo. Mas há alguns dias, sonhei com aquilo. Olhando para mim.

Quando acordei estava com dor de cabeça. Tomei um comprimido. Quando voltei para o quarto, lá estava ele...desenhado na parede com escritas em sangue:

"Nosso jogo ainda não foi terminado."


Autor: TeX

22/07/2014

Creepypasta dos Fãs: 30 Minutos

Estava de noite, o sono bateu e fui dormir...

Quando percebi que estava andando numa rua escura com minha irmã.

Uma mão desconhecida segurou o ombro dela e disse: Você tem 30 minutos para salvá-la.Ele não disse o que iria acontecer mas eu pude sentir um ar mais pesado, sombrio, e soube que era algo muito ruim, talvez ele fosse a morte!

Eu me virei e vi ela indo embora com esse homem.Não aguentei encará-lo, mesmo ele estando de costas, e nem queria esperar para ver o que aconteceria.

Não podia correr, fingi que nada estava acontecendo,me virei de volta e fui andando à procura de ajuda.

De repente vejo um amigo meu, sentado em perna de índio no meio da calçada; pedi a ajuda dele, não podia correr mas não aguentei, saí correndo pra casa.O homem que sequestrou minha irmã viu, e veio andando em minha direção.Eu podia correr o mais rápido possível mas se olhasse para trás lá estava ele, apenas andando.

Cheguei no portão de casa, estava trancado.

Gritei minha mãe umas três vezes e ela não ouviu.Então comecei a gritar desesperadamente, ninguém estava me ouvindo.

Gritei, gritei, e gritei. O que aconteceu? Nem queira saber!

Se você estiver numa rua escura com algum conhecido, e ver um homem levando-o com a frase: "Você tem 30 minutos para salvá-lo." NÃO CORRA! Procure ajuda de alguém conhecido, sentado em perna de índio, num lugar esquisito.OUÇA-O! Não adianta correr para casa, gritar, ninguém irá ouvi-lo, afinal, você está dormindo.

Procure a resposta, e lembre-se: Você tem 30 minutos.

Todos que tiveram esse "sonho" acabaram perdendo um ente querido, talvez por conta do desespero e por não cumprir as tais regras.

Autor: DV

Creepypasta dos Fãs: O Monstro

Estou vendo a faca. Tenho acesso a ela se esticar os meus braços através da grade. Já estou decidida, vou terminar com tudo. Não tenho chances de escapar daqui. Na primeira tentativa, no mínimo eu seria exposta a mais um experimento. Vou acabar com isso, mesmo que seja doloroso. Não me importo, pelo menos pararei de sofrer. Meu nome é Patrice Hills, e vou contar a minha história nesse papel para que saibam do que realmente aconteceu comigo.

Tinha acabado de me formar em Jornalismo na universidade da minha cidade natal. Logo depois da festa de formatura, recebi uma oportunidade de emprego num canal de TV local em uma cidadezinha vizinha. O salário era muito bom, e o turno não era desgastante. Após pesquisar, encontrei uma pequena e aconchegante casinha no centro da cidade, que estava em um preço barato. Tudo parecia perfeito demais.

Mudei-me para a nova casa e fiz uns ajustes e pinturas para deixa-la do jeito que eu gostava. No meu primeiro dia de trabalho, recebi umas designações simples. Consegui cumpri-las normalmente. Enquanto estava na minha corrida matinal num dia que eu não me lembro qual, conheci uma mulher. Ela era uma senhora de meia-idade, possuía cabelos ralos e negros, com algumas linhas brancas e morava há umas cinco casas da minha. Era bem magra e baixa, usando sempre vestidos longos de tecido barato e florido. Parecia ser bastante amigável.

Ela estava regando as plantas do jardim na entrada de sua casa quando acenou pra mim. Quando percebi, removi meus fones de ouvido e acenei de volta, com um velho e tradicional “bom dia”. Ela aproximou-se e começou a perguntar sobre a minha vida, como era meu trabalho, dizendo que eu era muito linda na TV e outros elogios. Agradeci sempre, e, quando fui perguntar a ela se ela vivia sozinha, gaguejando, ela confirmou, logo após mudando de assunto. Após isso, ela rapidamente terminou a conversa e continuei com meus exercícios. Apesar de ter parecido boa-gente, meus sensos femininos avisaram-me que algo de errado havia ali, mas acabei não dando atenção naquele momento.

Naquela época, a minha fama estava sendo tomada por uma jornalista mais nova que fora transferida para essa cidade há, mais ou menos, um mês. Eu teria de encontrar algo novo para investigar e criar um roteiro logo, para que pudesse manter meu pedestal.

Já eram quase duas da manhã quando eu estava completamente sem ideias. Levantando-me, frustrada, da cadeira em frente à escrivaninha, fui à janela do meu quarto que dava para a rua. Girando minha cabeça para os lados, acabei (para infortúnio meu), vendo a senhora carregando dois sacos negros ao jardim. Achando estranho, continuei observando-a. Foi aí que vi algo muito bizarro.

Com uma pá nas mãos, a mulher jogou os sacos negros ao chão e cravou a pá nas gramas verde-vivas. Ela começou a cavar rapidamente, enquanto olhava, desconfiada, para os lados. Após terminar de cavar um buraco de quase meio metro de diâmetro e uns 1 metro de fundura ali, ela puxou os sacos arrastando-os pelo chão. Por onde passava, um rastro vermelho-vivo ficava ali. Ela jogou os plásticos no buraco, preencheu com areia e lavou o jardim com água da mangueira instalada na torneira do jardim. Depois disso, ela encaixou na área sem grama uns pedaços de plástico verdes parecidos com o capim. Era tudo falso.

Assustada, percebi que aquela seria uma boa ideia para investigação. A descoberta de algo terrível vindo daquela mulher seria tudo pra mim, a mola necessária para empurrar-me para o topo mais uma vez. A partir daí, comecei a observar a senhora diariamente, ver seu dia-a-dia e puxar assunto com ela mais frequentemente. Era sempre a mesma coisa: quando eu virava para um assunto mais pessoal relacionado à vida dela, ela imediatamente desviava e gaguejava. Aquela mulher realmente estava fazendo alguma coisa, e o que quer que fosse, não era bom.

Levei mais uma bronca do dono da matriz da TV, o que deixou-me mais desesperada ainda. Eu não tinha mais nada a perder. Investigar a minha vizinha era o que restava. Foi então que fui a uma lojinha de eletrônicos no centro da cidade e comprei uma câmera HD para meu documentário. Eu iria entrar na casa dela naquele dia.

De madrugada, quando ela terminou de enterrar outro saco (dessa vez no quintal de trás da sua casa), eu calcei meus tênis Adidas, que eram silenciosos. Saí da minha casa e fui em direção à dela. Obviamente entrei pelas portas dos fundos que, misteriosamente, estavam abertas. Vasculhando a casa, percebi que a velha estava dormindo no quarto. Era a minha hora de olhar tudo. Saquei minha câmera, liguei-a e apertei no botão Record. Fui à cozinha, ao banheiro, à sala de estar. Quando estava prestes a desistir, percebi algo diferente no chão abaixo de mim na sala.

Era oco. Removendo o tapete dali, pude observar um pequeno puxador. Certificando-me de estar filmando tudo, encaixei minhas mãos ali e puxei. Havia uma escada de mão, que levava à um breu total. Então, acendi a luz da câmera que, pra minha surpresa, era muito clara. Desci as escadas lentamente. Meu coração estava muito acelerado. Eu estava morrendo de medo.

Não podia desistir ali. O porão escondido era a prova de que havia algo obscuro relacionado a ela. Foi então que decidi fazer a pior escolha da minha vida. Continuei andando.

Tudo parecia como um porão normal. Uma adega no canto da sala guardava garrafas de vinho muito antigas. Aranhas criavam teias por cima de caixas de papelão ao meu lado. Vassouras e outros produtos de limpeza também encontravam-se armazenados num armário grudado na parede. Mas, se fosse um porão normal, não ficaria escondido. Deveria haver algo que eu não estava vendo ali. Andando pela sala, vi que, atrás da adega, havia algo parecido com uma porta.

Empurrei o pesado armário para o lado, com o maior cuidado do mundo para evitar o tilintar contínuo das garrafas que ali estavam. A porta era grande, maior que o normal. Era feita de um mogno desgastado e antigo, contendo uma maçaneta com tinta prateada levemente descascada. Não havia chave na tranca e, ao tentar, a porta estava aberta. Passando, fechei-a e, ao virar-me, soltei um grito abafado.

Havia uma cela. O metal estava muito enferrujado. A sala era iluminada por uma lâmpada amarela que deixava-a muito sombria. O pior era o que estava contido dentro da cadeia. Uma criatura horrenda olhava para mim. Os seus olhos deformados estavam separados uns dos outros. Apesar da forma humana, o rosto era assustador. A boca era entortada, o nariz não estava ali, e ele parecia chorar sangue. As pernas entortadas seguravam um tronco peludo e cicatrizado.

Percebi que lágrimas estava viajando pela minha bochecha. Minhas mãos estavam cobrindo minha boca seca, e eu queria vomitar tudo o que comera no jantar. O cheiro podre e carnífice passava violentamente pelas minhas narinas, que, agora, se contraiam.

A criatura correu até os limites da cela e começou a gritar um som terrível e assustador. Desfiguradamente, saíam da sua boca as palavras: “ME AJUDE! ME AJUDE!”. Ele esticava seus braços em minha direção, como se estivesse implorando por algo. Era o fim daquilo. Eu tinha de ir embora.

Virei-me, cada vez mais chorosa e abri a porta. Ao correr mais um pouco, vi as luzes acesas. A porta que me levaria para fora do porão estavam fechadas. Mesmo assim, subi as escadas e bati repetidamente nela, em uma tentativa falha de abri-las. Foi aí que senti um atrito nas minhas costas. Doída, perdi as forças e caí ao chão.

...

Acordei. Estava deitada em uma maca. Meus braços e pernas estavam paralisados. Correntes impediam-me de mover-me. Enquanto fazia força para fugir, percebi uma silhueta ao meu lado. Era a senhora.

Olhando psicopaticamente para mim, ela falou, sorrindo: “Você não foi uma vizinha boa, Patrice.”. Ao tentar falar, percebi que estava impedida por alguma espécie de Durex. Mesmo assim, dificilmente soltei: “Por favor, me solte, me desculpe! Eu não queria fazer nada disso!” A água salgada proveniente dos meus olhos agora atingiam meu pescoço suado. Eu tremia muito. “Não posso querida. Você fez algo que não podia ter feito, e agora vou ter de lhe punir.” – dizia a vagabunda, com um sorriso irônico estampado. “É uma pena. Seu rosto é tão lindo.”

Ela, então começou seu trabalho. Cortou, primeiro, cada uma das minhas unhas com um alicate. A dor era insuportável, e eu gritava. Depois, ela arrancou o dedão do meu pé direito. Cortou a minha mão esquerda e depois furou minha barriga. Eu sentia um líquido quente sendo expelido do corte, que se espalhava pela meu corpo. Já sem suportar a tortura, senti uma agulha entrando na minha veia do braço. Desmaiei, lentamente.

Acordei no chão imundo da cela em que vira o homem há pouco. Ao vê-lo ao meu lado, pulei para trás, batendo minhas costas nas grades da cela. Meu corpo doía insuportavelmente. A criatura estava quieta, sentada de cócoras numa cadeira de madeira presente ali. Apesar da deformidade, percebi um tipo diferente de olhar vindo do seu rosto. Parecia ser tristeza, remorso. Não soube o porquê.

Levantei-me do chão, agora mais calma. Andei a um espelho que estava pendurado na parede e olhei o meu rosto.

Estava muito pior que o rosto do homem. Meus olhos estavam no mesmo lugar, mas minha boca estava torta. As narinas também não existiam mais, e pequenas cicatrizes espalhadas expeliam pus e sangue. Gritei desesperadamente. Comecei a correr pelos lados da sala.

A partir daí, a mulher passou a me tomar todos os dias para fazer seus trabalhos. A cada dia que passava, eu estava cada vez mais deformada.

Ao acordar, vejo a mulher pegando meus restos e pondo-os em sacos negros para enterrá-los lá fora no seu quintal.

Eu imagino o que podem estar falando de mim. Se estão tristes, fazendo uma procura frenética como ocorre nos filmes. Ou se simplesmente eu fora esquecida, com meu desaparecimento sendo substituído por um quadro no Jornal da Noite apresentado pela minha concorrente, falando sobre as festividades de 4 de Julho.

Estou vendo a faca. Tenho acesso a ela se esticar os meus braços através da grade. Já estou decidida, vou terminar com tudo. Não tenho chances de escapar daqui. Na primeira tentativa, no mínimo eu seria exposta a mais um experimento. Vou acabar com isso, mesmo que seja doloroso. Não me importo, já sinto tanta dor. Pelo menos pararei de sofrer. Meu nome é Patrice Hills, e minha ambição terminará de me matar daqui a pouco, nessa cela demoníaca e porca.

Autor: Pedro Lucas

19/07/2014

KuneKune

Um garoto e seu irmão mais velho estavam passando as férias de verão na casa dos avós. O céu era um azul limpo e brilhante e os campos de arroz traziam um tom verde profundo. Eles saíram da casa para brincar um pouco pelos campos.

Ao meio dia, a leve brisa de verão parou de repente.

Quando perceberam que a leve brisa havia parado, sentiram uma morna corrente de ar soprar de algum lugar.

O garoto percebeu que o seu irmão olhava inquieto para algum lugar. Ele olhou na mesma direção e percebeu que havia uma pessoa em um campo de arroz mais distante. Uma pessoa de roupas brancas… um homem ou mulher? O garoto não saberia dizer daquela distância.


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“O que será que ele está fazendo no meio daquele campo…?”

Então a pessoa começou a se mover como se estivesse se contorcendo. Da esquerda para a direita, da direita para a esquerda.

“É algum tipo de dança…?” A coisa estranha, era que a pessoa dobrava os braços e pernas de uma maneira fora do normal, em ângulos completamente impossíveis para os movimentos de um humano normal.

A pessoa dobrava-se e dobrava-se em uma espécie de dança macabra.

O garoto ficou com medo e falou com o irmão. “Não estou entendendo nada... você sabe o que é aquilo?” O irmão mais velho apenas balançou a cabeça negativamente. Então foram para casa e voltaram com um binóculo. “Me deixa ver primeiro.” O irmão mais velho estava ansioso, e tentou ver a pessoa mais de perto com a ajuda do binóculo.

O rosto do irmão mais velho tremeu por um momento. Ele ficou pálido, um suor frio escorreu pelo seu corpo. Ele não conseguiu segurar o binóculo... e o deixou cair.

O garoto preocupou-se com o irmão e perguntou, “Irmão, você está bem?”

O irmão sacudiu a cabeça, silencioso.

O garoto perguntou outra vez, “Irmão, quem é aquele?”

Depois de um tempo, o irmão respondeu lentamente.

“V o c ê… n ã o… d e v e… v e r ………………”

Essa não era mais a familiar voz do irmão. Os ossos do irmão estalavam, enquanto seu corpo se dobrava como o daquela estranha pessoa.

Dobrando-se, curvando-se.... esquerda, direita... direita, esquerda...

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O que é Kunekune? > aqui

Creepypasta dos Fãs: O Odor do Inferno

Quero que saibas Doutor, que é a contragosto que procurei tratamento para meu caso de claustrofobia. Foi após muita insistência de minha família que resolvi marcar uma consulta nesta clinica psiquiátrica. Até entendo a posição de minha mãe e minha irmã, que se vêem preocupadas com meu sofrimento perturbador, mas é muito constrangedor para mim, relatar a situação que me fez desenvolver esta aversão descontrolada por qualquer lugar fechado ou abafado..


Tenho medo de que, após ouvir o meu relato, você irá me considerar demente. Mas juro que tudo que direi se resumirá exclusivamente à fatos acontecidos e não haverá nenhum acréscimo imaginativo em minha historia. É necessário dizer que há pouco tempo eu era uma pessoa normal, e não acreditava em nada que não pudesse ser comprovado pela ciência.

O caso que desencadeou em mim este trauma angustiante aconteceu a menos de dois anos atrás, quando viajávamos minha irmã e eu para uma pousada no sul da Bahia.

Havíamos viajado por várias horas e já estávamos próximo a divisa de Minas quando nos deparamos com uma obra na estrada e foi preciso pegar um desvio que aumentaria a viajem em mais duas horas. Este desvio passava por uma estrada pouco movimentada e distante de qualquer civilização. Depois de dirigir por algum tempo neste desvio encontramos um pequeno posto de combustível na margem da estrada e resolvemos parar. O carro precisava ser reabastecido e eu precisava muito usar o banheiro.

Aquele posto era realmente muito precário e dava a impressão de ter parado no tempo. Contava apenas com duas bombas, daquelas bem antigas e o funcionário era um sujeito com cara de poucos amigos. Eu perguntei pelo banheiro e ele me indicou uma porta no final de um corredor escuro e umido. Quando eu abri a porta eu me deparei com o banheiro mais sujos e fétido que eu já conheci, mas não tinha outra opção à menos de oitenta quilômetros dali.

Era um banheiro bem pequeno, com um único vaso e uma pia com um espelho velho grudado na parede. As paredes do banheiro não eram revestidas de cerâmica, como é de se esperar, e estavam muito rabiscadas com varias bobagens que geralmente se encontra em banheiros públicos. Enquanto eu usava o vaso, uma frase em particular chamou minha atenção. Estava escrito assim: NÃO LEIA EM VOZ ALTA.E a seguir vinha a frase:

-Qui clauditis ostia inferni.

Como eu julgava tudo uma bobagem, eu li a maldita frase. Nada aconteceu de diferente naquele instante e eu nunca mais lembraria deste acontecimento se o que viesse depois não tivesse me traumatizado tanto, doutor.

Quando eu terminei minhas necessidades e tentei dar a descarga, ela não funcionou. Dane-se, eu pensei, só quero dar o fora daqui. Quando tentei usar a torneira, a água também não saiu e eu amaldiçoei aquele maldito banheiro e o frentista por não me dizer que faltava água no banheiro. Mas nada disso teria ainda importância para mim e seria apenas um pequeno contratempo se eu não tivesse encontrado a porta trancada. Eu forcei o trinco com toda minha força, tentei girar em sentido diferente, fiz tudo que pude mas a maldita porta não abriu.

Após esgotar as tentativas de abrir a porta , eu comecei a gritar por socorro e chutar a porta, para que minha irmã ou o frentista viesse abri pelo lado de fora. Meus gritos começaram bem leves e foram se transformando em urros violentos a medida que o tempo passava e ninguém vinha me socorrer. Eu gritei e chamei por muito tempo até perceber que, apesar da pouca distancia que me separava da bomba, meus gritos não estavam sendo ouvidos.

Tentei então abrir a pequena janela do banheiro, mas meus esforços foram igualmente em vãos, o trinco não abria de forma alguma. Foi possível perceber que havia naquela atmosfera algo maligno, sobrenatural, mas que eu não sabia dizer o que era. Algo que me impedia de sair daquele banheiro ou pedir ajuda. O tempo foi passando e eu me cansei de tentar sair, e resolvi aguardar até que alguém percebesse minha demora e viesse em meu auxilio. O tempo fluiu lento e amargo enquanto eu esperava, e o odor desagradável parecia aumentar a cada instante. A luz do dia foi diminuindo e ninguém veio me salvar, então quando tentei acender a luz do banheiro tive outra desagradável surpresa, a lâmpada não acendeu.

Com a noite veio os insetos. Não sei de onde saíram aqueles malditos e asquerosos seres que tornaram minha experiência naquele inferno ainda pior. Mosquitos barulhentos e com ferroadas dolorosas, baratas que voavam de um canto à outro e vez ou outra pousavam em mim outros bichos que se arrastavam pelo chão e subiam em minhas pernas. A noite passou sem que eu conseguisse fechar os olhos por um minuto sequer.Com o raiar do dia aquelas malditas criaturas voltaram para onde haviam saído me deixando novamente na solidão daquele cubículo fétido.

Por varias outras vezes eu tentei chamar por socorro ou abrir a porta, mas todas as tentativas não resultaram em sucesso e só fizeram meu desespero aumentar. Em algum momento do dia a água do vaso começou a subir sem parar e inundar o banheiro com esgoto. Em pouco tempo aquela água poluída e fedorenta alcançaria meus joelhos se eu não tomasse alguma atitude. Mesmo com muito nojo, eu enfiei a mão no vaso procurando encontrar alguma coisa que pudesse estar entupindo a saída d'água no vaso. Meus dedos tocaram um objeto estranho e então eu segurei e puxei pra fora. Deus do céu, só de lembrar daquilo meu estomago embrulha até hoje.O objeto que estava entupindo o vaso era um pedaço de mandíbula humana.

Passei um bom tempo vomitando e me recuperando do choque, mas a água parou de subir. Após me recompor, decidi procurar alguma forma de sair daquele inferno. Neste momento eu já tinha certeza que minha prisão naquele terrível cárcere não era algo natural. Tinha a certeza que o encantamento que eu lera era o responsável por aquela maldição e se existia um encantamento para me prender ali, havia um para me tirar.

Comecei a procurar em todos os cantos do banheiro por um outro encantamento de libertação, mas não encontrava nada relevante. Até que me ocorreu procurar alguma coisa no espelho. Mal sabia eu que aquele lugar maldito ainda me reservava uma ultima e desagradável surpresa. Quando olhei o espelho não vi o meu rosto refletido como devia ser, mas um rosto completamente desfigurado e sem vida, como se eu tivesse morrido e em decomposição. Mas eu não tinha escolha, decidi quebrar o espelho. Procurei algo que eu pudesse usar como martelo e a única coisa que eu achei foi a torneira. Por sorte ele era daquelas que se saiam ao desenroscar sem usar ferramentas, então eu a arranquei e quebrei o espelho.

Como eu esperava, atrás do espelho estava o encantamento, e eu o li em voz alta:

- Aperit portae inferi!!

Neste momento eu ouvi um clique na tranca do banheiro. Eu testei a maçaneta e ela abriu sem oferecer resistência. Quando eu sai porta afora e olhei para dentro do banheiro tudo estava como quando eu entrei. O espelho estava inteiro novamente na parede e o piso seco como se o esgoto nunca tivesse entupido.

Quando cheguei do lado de fora do posto minha irmã ainda estava abastecendo o carro, e então eu percebi que o tempo havia passado de forma diferente enquanto eu estivera no banheiro.

É claro que ninguém acreditou em minha historia e pensam ser um delírio meu, e tenho a certeza que você pensa igual. Mas desde aquele maldito dia, nunca mais duvidei de maldições e forças ocultas.


Autor: Cristiano Costa