A vida e o amor podem acabar com um bang (PARTE 1)
ATENÇÃO : ESSA SÉRIE/CREEPYPASTA É +18. CONTÉM CONTEÚDO ADULTO E/OU CHOCANTE (EROTISMO/CONTEÚDO SEXUAL).
NÃO É RECOMENDADO PARA MENORES DE IDADE E PESSOAS SENSÍVEIS A ESSE TIPO DE LEITURA. LEIA COM RESPONSABILIDADE.
"Gosto de trepar."
"Gosto de trepar."
Sua
descrição em seu perfil no site de encontros eram apenas essas três palavras
junto de uma foto que podia ter sido facilmente tirada quando fora presa.
Mesmo
assim, era gostosa. Não podia esconder isso nem com a falta de maquiagem,
roupas largadas ou o cabelo desarrumado.
Será que
mando uma mensagem? Pensei.
Por um
lado, toda minha experiência de vida, meu intelecto e meus instintos diziam
para eu deixar isso de lado. Não era possível que uma mulher tão linda como
aquela tivesse criado um perfil em um site de namoro para arranjar transas. Só
podia ser uma armadilha. Mas por outro lado, eu estava morrendo de tesão.
Então
mandei uma mensagem.
Ei, é o
John. Vamos ficar pelados e dançar ridiculamente e suados.
Não, não
mandei exatamente isso. Quando estou mandando uma mensagem por esses sites,
geralmente apago a mensagem umas 47 vezes antes de mandar uma definitiva. Mas
naquela hora meu gato resolveu correr por cima do meu teclado, e a mensagem foi
mandada desse jeito. Na real, vou colocar aqui em baixo a mensagem exata que
mandei:
Ei, é o
John. Vamos ficar pelados e dançar ridiculamente e suados aserkkjllll
Antes de
fechar meu notebook enjoado, fiz uma anotação mental de matar depois
aquele gato filho da puta. Prometi para mim mesmo que não olharia o site por
pelo menos uma hora, deixei meu notebook de lado e fui dar um rolê até o café
que ficava logo na esquina de casa. Cinco minutos depois o app de namoro estava
aberto no meu celular. Achei que uma olhadinha não faria mal. Deve ser por
causa dessa linha de pensamento que não consigo parar de fumar.
Para minha
surpresa, eu já havia recebido uma resposta daquela garota, Marla M.
Ei, John, estou
disposta a participar da parte de ficar suados, mas vamos deixar o
ridículo de lado. Só caso ficarmos afim de filmar.
Eu não
consigo acreditar que ela me respondera depois da mensagem que eu mandei. Todo
mundo sabe que o segredo para app de namoro é não parecer tão desesperado
quanto realmente está.
Fiquei
encarando meu telefone, pensando em uma resposta inteligente, quando vi uma
frase em itálico na parte inferior da tela do chat.
Marla está
digitando...
O endereço
dela apareceu na tela seguido de uma palavra só.
Ocupado?
Pensei por
alguns segundos antes de mandar uma resposta.
Como você
sabe que eu não sou um serial killer haha
Marla está
digitando...
Como você
sabe que EU não sou?
Uma
resposta justa. Pelo o que eu sabia, podia nem ser uma mulher que estava do
outro lado daquela tela. Certamente não agia como uma. A coisa certa a se fazer
seria verificar isso de certa forma. Entretanto, eu ainda estava explodindo de
tesão. Respondi.
A caminho.
Quando
cheguei na casa eu soube que não tinha como estar no endereço certo. Haviam
pelo menos vinte carros estacionados no jardim. Chequei a mensagem mais umas
três vezes. Sim, era o endereço certo. Mandei uma mensagem para ela no
app.
Sentimos
muito, mas Marla M. está offline no momento.
Suspirei e
sai do carro. Se eu estava prestes a ser assassinado, pelo menos teriam várias
testemunhas no meu caso. Caminhei e bati na porta. Uma senhora de idade usando
um vestido preto atendeu.
"Uh,
oi." Falei. "Marla está?"
"Claro
que está." A senhora falou me olhando com um olhar suspeito. "Você é
amigo da família?"
"Uh...
família?"
"Família
de Henry."
"Quem
é Henry?"
A senhora
começou a inchar como se fosse um balão indignado. Mas ainda bem, uma voz soou
lá de dentro.
"É o
John? Deixe-o entrar."
A velha
estreitou os olhos mas deu espaço para que eu passasse. Todas as pessoas
naquele lugar estavam vestidas de terno ou vestido, menos eu. Eu usava jeans
rasgado e uma camiseta do Metallica. Havia uma vibe pesada no lugar. Marla
caminhou até mim.
"Uau."
Falei. "Você é de matar pessoalmente."
"Logo
você será de matar." Sussurrou no meu ouvido.
A mulher
balão estava me olhando com raiva.
"John,
essa é a mãe de Henry." Marla disse. "Gertrude, esse é meu novo amor,
John."
"Uh,
olá, eu-"
Mas a
senhora se virou e saiu andando a passos duros de raiva.
"Não
ligue para ela." Marla disse. "Está mais chata ainda desde que Henry
morreu."
"Ok,
mas quem é Henry?" Perguntei exasperado.
"Ele é
o cara ali no caixão. Era meu marido antes de levar um tiro na
cara."
Meu
estômago despencou.
"Marla...
isso aqui é um funeral?"
"Era.
Agora é uma festa, amor." Marla mordeu meu lóbulo.
"Mas,
eu não... por que você me convidou para transar no enterro do seu
marido?"
"Ah,
ele gostava de me bater também." Marla disse sem rodeios. "Todos aqui
fingem que não sabiam."
"Ah...
Isso é...."
“Está tudo
bem." Marla me cortou, me levando por um corredor que tinha uma porta no
final. "Sabe, eu contei para cada uma dessas pessoas que ele estava me
batendo e nenhum deles levantou um dedo para me ajudar."
"Ah.
Você chamou a polícia?"
"Ele
era da polícia." Marla disse, abrindo a porta. O quarto estava
iluminado pelo brilho alaranjado de luz de velas, e uma cama de casal estava
coberta de pétalas de rosa bem no meio.
"Ficava
repetindo todos os dias que queria uma filha, sabe? E quando eu não dava uma a
ele, descontava em mim." Continuou.
Tive a
sensação de que ela estava querendo despejar aquelas palavras a muito tempo,
então fiquei só ouvindo.
"Ah,
sinto muito por isso. Você não pode ter filhos?"
"Eu
podia." Marla falou. "Mas depois que eu encontrei a pasta escondida
em seu computador, percebi o motivo para querer tanto uma filha. Então fiz uma
histerectomia sem contar para ele."
"...ah."
"Você
pode dobrar uma mulher, Daniel, mas não quebrá-la."
"Meu
nome é John, na verdaaaaa..."
Marla
deslizou as mãos na minha calça.
Vou deixar
de fora o que aconteceu depois. Gosto de pensar que eu
havia inexplicavelmente melhorado na cama, mas acho que Marla só
estava querendo fazer muito barulho para a plateia do lado de fora.
"Sabe
com o que você se parece?" Marla falou depois que terminamos. "Um
cachorrinho perdido."
Eu não
sabia o que isso significava, então só agradeci e coloquei minhas calças de
novo.
"Tenho
que checar uma coisa." Ela disse. "Então depois podemos sair
daqui."
"Uh...
ok?"
Marla saiu
e fechou a porta, e ouvi a tranca ser fechada. Então percebi que a porta se
trancava pelo lado de fora, e que estava preso até que ela voltasse. Não estava
muito afim de ficar trancafiado na casa de uma estranha e, francamente, Marla
parecia meio instável. Mas provavelmente estava exagerando.
BOOM
A porta tremeu
enquanto uma explosão balançava a casa.
Mas que
porra é essa? Minha mente vagou por milhares de possibilidades.
E então
ouvi os tiros e gritos, seguidos pela risada histérica de Marla, e eu
soube.
Tentei
abrir a porta freneticamente; mas não tinha jeito. Me joguei de ombro contra
ela, mas meu ombro sentiu muito mais que a porta. Corri através do quarto para
sai pela janela e percebi que tinham instalado grades muito recentemente
ali.
BANG
Um tiro
soou bem atrás de mim e me virei para ver Marla, uma espingarda na mão e
chutando a porta aberta, que agora tinha um buraco enorme no lugar onde antes
era a fechadura.
"Foi
mal por isso." Falou. "Perdi a chave. Pronto para ir, amor?"
Jogou os cabelos.
"Eu,
uh..."
Marla me
olhava esperançosamente, olhos tão arregalados que achei que cairiam de seu
crânio a qualquer momento.
"Ok?"
Falei fracamente, esperando que não atirasse em mim.
Dentro da
casa era uma carnificina de ossos quebrados e sangue, e tentei não olhar muito
enquanto saíamos de lá.
"Oh,
carro maneiro." Marla falou. "Posso dirigir?"
"C-claro?"
Dei as
chaves para Marla e subi no banco do passageiro.
"Uau,
a festa realmente bombou." Marla falou, rindo e acendendo um cigarro.
"Você fuma?" Perguntou, me oferecendo um.
Minha boca abriu,
mas não consegui formar palavras. Silenciosamente fiz que não com a
cabeça.
"Bem
que você faz," falou. "Faz muito mal."
Ela pisou
no acelerador e voamos pela rodovia.
"Hm...
Marla?" Falei.
"Sim,
John?"
"Onde
estamos indo?"
Marla deu
uma longa tragada no cigarro.
"Algumas
pessoas não vieram ao funeral."
Esse conto foi traduzido exclusivamente para o site Creepypasta Brasil. Se você vê-lo em outro site do gênero e sem créditos ou fonte, nos avise! Obrigada! Se gostou, comente, só assim saberemos se você está gostando dos contos e/ou séries que estamos postando. A qualidade do nosso blog depende muito da sua opinião!
Assinar:
Postar comentários
(
Atom
)
Muito boa! Divina sempre divando nas postagens. Mas porque a maioria das personagens principais das ultimas creeps se chamam Marla?
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirTbm notei**
ExcluirEssas Marlas... uma mais doidinha que a outra
ResponderExcluir6/10
Kkkkkkkk
ExcluirSó falta todo mundo da próxima creepy que for mulher se chamar Marla 7/10
ResponderExcluirPq as Marlas são sempre tão 13 ?!
ResponderExcluir13? What?
Excluirsinto muito mas rachei cm essa creepy ahuahauhau
ResponderExcluirParece mais um roteiro de um filme de ação/vingança do que uma creppy , mas é legal 7/10
ResponderExcluirParece aquele filme do Tarantino huehurhue
ResponderExcluirTodo mundo de repente se inspirou na Marla Singer de "clube da luta"?
ResponderExcluirKill bill :V
ResponderExcluirBem interessante, gostei muito!!
ResponderExcluir