12/11/2019

Noite perigosa

Eu estou com mau pressentimento e, além do mais, sozinha no metrô. Não é normal encontrar tão poucas pessoas, contudo deve ser o horário, está um pouco tarde. Sei que não é seguro uma garota ficar essa hora da noite aventurando-se sozinha, mas esperava encontrar alguns trabalhadores, pessoas que costumam passear à noite, etc. Sinto frio, está muito fria essa madrugada. O foda foi porque não trouxe o meu casaco. Não sei por que deu vontade de comer à essa hora da madrugada. Eu tinha que conseguir encontrar algo que não tivesse dentro da minha casa... Às vezes, tenho esse costume de sair para saciar a minha fome com algo diferente. Pode-se dizer que eu sou uma garota louca.

Daqui à uns minutos, chegarei em minha estação, estarei segura e salva em minha casa. O próximo ponto entraram apenas três pessoas: um casal, que foi para a parte da frente do saguão, e um homem estranho. Nesse momento, eu lembrei dos jornais falando sobre um possível assassino responsável por algumas mortes, a polícia alertou para que as pessoas não andassem sozinhas, trancassem as portas e que as crianças não falassem com estranhos. Aquele homem de fato é uma figura tenebrosa, no entanto o seu rosto é familiar. Estou com uma sensação estranha em relação àquele indivíduo, eu sinto uma atmosfera pesada saindo daquele sujeito... Espero que o próximo ponto logo chegue, onde irei sair para finalmente chegar à minha casa.

Finalmente, a minha parada chegou. Comecei a sair e notei que aquele homem estranho também estava saindo, andando no mesmo caminho que eu estou caminhando. Dobrei uma esquina, e ele dobrou também. Tenho certeza que estou sendo seguida por um estranho. Tive uma ideia, decidi pegar um táxi e, quando eu entrei no veículo, pedi para o cara dirigir por aproximadamente dez minutos, enquanto aquele homem segue o seu caminho na noite pretume. Após aproximadamente uns dez minutos dando voltas no quarteirão, eu pedi para o táxi parar em frente ao prédio onde moro, e então saí segurando minha sacola.

O porteiro estava dormindo, mas quando escutou o barulho da velha porta, despertou-se com os olhos fechando e deu uma bocejada de sono. No momento em que fechei a porta, o porteiro, com a voz cansada, deu boa noite, e eu ignorei subindo as escadas em razão de que eu tenho medo de lugares fechados, portanto não usei o elevador. É um trauma de criança, uma coisa que me aconteceu e deixou-me traumatizada. Estava na metade das escadas quando comecei a escutar passos pesados, tudo indicava que eram pisadas de um homem, por conta do som forte. Eu comecei a caminhar imaginando que poderia ser algum morador. No momento em que subia as escadas para finalmente chegar onde fica o meu quarto, notei que era aquele mesmo homem do metrô... Nesse momento, eu não sabia se corria ou gritava. Várias coisas ficaram passando em minha cabeça devido à tensão, uma delas é que fui seguida, ou aquele sujeito sabe onde eu moro.

Decidi que iria continuar caminhando, em razão de que não tem como mais voltar. O sujeito estava com as suas mãos tremendo, notei que tinha algo escondido embaixo do seu casaco e tenho uma leve impressão de que é uma faca. Enquanto estou subindo as escadas, observei uma marca vermelha em sua camisa, poderia ser sangue de alguém... Quando ele passou por perto de mim, o seu corpo esbarrou no meu e uma marca vermelha manchou a minha camisa, era sangue! Agora, um está de costa para o outro, ele continua descendo, e eu fui logo correndo para o meu quarto, trancando a porta.

Na manhã seguinte, alguns policiais bateram em minha porta, e eu abri. Os homens da lei queriam fazer algumas perguntas sobre um assassinato que havia acontecido na madrugada de hoje, eu não sabia o que estava acontecendo, até que os policiais falaram que um homem havia matado a sua ex-esposa após descobrir que ela estava se relacionando com seu irmão. A ficha logo caiu, eu sabia que aquele homem fora o responsável, contudo eu não falei nada sobre ter encontrado ele, disse apenas que não escutei barulho algum para os policiais.

Após alguns minutos tediosos dando informações aos dois bófias que estavam anotando tudo em uma caderneta pequena, foram embora deixando-me em paz. Logo em seguida, tratei de preparar o meu café... Eu demorei a noite toda para encontrar uma oportunidade de arrancar o coração de um morador de rua, ninguém se importa com eles mesmo, e estava com muita vontade de comer carne humana. Talvez nessa semana eu mate mais alguém para preparar um fígado, em razão de que não tem coisa melhor do que comer um fígado antes de dormir.

Autor: Sinistro

21 comentários:

  1. nenhum suspense, mistério ou horror real, narrativa corrida e malfeita, nenhuma construção de personagem e de evento e o roteiro já está entregue no começo da história — eu já li 400 outras em que quem escreve é o assassino e o autor nem se esforçou pra fingir que não; era previsível, e o cara fazer algo errado era óbvio.

    recomendo a Sinistro estudar mais sobre técnicas de escrita e ler mais de autores de horror, edgar allan poe, stephen hawking e lovecraft por exemplo, que manjam de expressar os sentimentos de seus personagens numa narrativa muito mais envolvente e bem construída, seja em primeira ou terceira pessoa. eu acredito que você tem potencial, de verdade, só precisa desenvolver a habilidade.

    pra quem não entendeu o final:
    >interrogada pela polícia sobre o cara da noite passada
    >disse que não sabia de nada
    >a polícia diz que ele matou a esposa porque ela tava traindo, nada a ver com a personagem principal ou com a história inteira, ele só tava lá por acaso e não tava seguindo ela
    >protagonista revela que ela passou a noite fora porque é canibal e tava procurando uma vitima

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    1. Não seria Stephen King ao invés de Hawking?

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    2. Uma boa dica adicional: tente fazer com que o leitor crie algum laço com o personagem. Isso ajuda a entender {e as vezes até sentir} suas emoções.... Uma história corrida não cria empatia alguma, não envolve nenhum leitor

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  2. Achei bobinha..
    Pra quem ta confuso, o cara q matou a esposa era vizinho dela (ela disse q o rosto era familiar) e acho q ela estava com medo q ele tivesse visto ela matando o mendigo

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  3. Atmosfera bem construída ao decorrer da Creepy, mas final completamente jogado e aleatório.

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  4. Não sei o que me surpreende mais. O povo não ter entendido algo tão simples, ou a mudança de foco repentina no final tentando forçar um plot twist. Enfim, fazer esse tipo de coisa não deixa a história boa. Foi uma mudança muito brusca sem contexto nenhum, ficando muito forçado.

    Siga a recomendação do comentário do "thingrave", caro Sinistro. Você até que escreve bem, mas ainda precisa melhorar bastante.

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  5. Mano, leva a mal não, mas essa Creepypasta não ficou boa

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  6. A galera falando que a creepy tá isso e aquilo porque não entenderam o twist no final kk... Relaxa, Sinistro, tá muito boa e bem escrita! Concordo com alguns sobre ter pouco suspense, mas tá longe de ser ruim, ansioso pra próxima!

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  7. Parei de ler no "tenho esse costume de sair para saciar a minha fome com algo diferente" porque já entregou o final.

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  8. Ruim, final nada haver, do nada a mulher cuja conta a história vira o homem assassino, tendi foi nada kkkkkkkk

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  9. Boa noite pessoal, tudo bem?aos mais antigos no site, gostaria do link da creepys das escadas no meio da floresta e da maconha sintetica/ o lado de fora do universo. pesquisei na caixa de pesquisa e não encontrei, adoro essas creepys

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