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01/04/2014

Episódios Perdidos

Eu não quero acabar com a graça de ninguém aqui... Por isso, se você acredita naquelas lendas de “Episódios Perdidos" assombrados e gosta de viver nesse “mundo”, talvez esta história não seja para você.

Não me interpretem mal - eu odeio quando as pessoas queixam-se da "falta de realismo" no mundo do entretenimento, e eu acho que todas as crianças precisam acreditar em Papai Noel e da Fada do dente o máximo tempo quanto possível, mas ... isto é diferente.

Nos anos 80 eu conheci esse cara, Sid, que costumava cortar cenas de fitas VHS antigas. Era mais do que um hobby para ele - era praticamente toda a sua vida. Seus pais eram um pouco mais ricos do que os meus, por isso quando éramos adolescentes, eu trabalhava escravizado em um restaurante fast food enquanto ele só andava pela casa, cortando fitas. Todos os dias. Todas as noites.

Claro que, quando ficamos mais velhos, nosso passado fica um pouco mais claro, então acho que ele poderia ter tido um pouco de autismo... Ou talvez ele fosse uma pessoa com hiperatividade. Mas é claro que eu não sou nenhum expert no assunto e não estou dizendo que esse tenha sido o caso. É apenas a melhor e mais rápida maneira que eu posso pensar para explicar sua personalidade e essa obsessão com o corte de fitas, só cortando e cortando fitas.

Tudo começou quando ele viu um filme chamado “Meu Melhor Companheiro" quando criança. Por alguma razão, seus pais o deixaram assistir aquela merda. Se você não estiver familiarizado com esse filme, é o conto de um menino e seu cão. Espero não ter que dar o spoiler de um filme tão velho, mas no final, o menino tem que atirar no seu próprio cachorro, que acabou pegando raiva.

Sid não gostou disso. Seu pai fotografava e gravava casamentos, então ele mostrou a Sid como operar algumas das máquinas de filmagem... E Sid cortou o final, substituindo-o por uma cena anterior, mais feliz, como se "Meu Melhor Companheiro" de repente tivesse ficado "melhor".

Ele assistia a fita obsessivamente depois disso, quando eu o conheci, em sua adolescência. Ele me fez assistir uma vez para mostrar como ele o "consertou" e eu pude realmente imaginá-lo como um menino quando ele começou a aplaudir e torcer pelo seu próprio final.

Não quero dizer que eu era uma má influência, mas depois que eu assisti, perguntei se ele poderia fazer isso com outros filmes.

Meu maior interesse era talvez pegar um filme ou dois e colocar alguns quadros de nudez que as atrizes realmente não haviam feito... Mas não se preocupem. Eu nunca tive coragem de perguntar se ele realmente o faria. Eu só imaginava o quão seria legal. Várias vezes.

Sid me disse que sim. Ele podia "consertar" qualquer filme que quisesse. Na verdade, ele tinha feito isso com alguns outros. Ele tinha uma cópia do filme dos Caça-Fantasmas e - eu não estou zoando - cada fantasma tinha sido completamente removido. A história não fazia sentido, não havia continuidade, mas ele conseguiu fazer isso, e eu fiquei bastante impressionado.

Acho que, na época dos VHS, essas coisas pareciam mais mágicas do que parecem hoje.

Conforme o tempo passou, eu fui encorajando Sid a editar mais filmes, mas com finalidades diferentes. Ao invés de suavizar todo o material assustador como ele queria fazer, eu fiz com que ele "abrisse" sua mente, sobre as coisas incríveis que ele poderia fazer.

Em algum lugar lá fora, alguns fãs gordinhos de Star Wars do nosso colégio tinham todos os três filmes originais perfeitamente cortados e juntados, com edição de efeitos que teriam feito o próprio George Lucas gritar: 

"Não se intrometa!"

Nós cobramos vinte reais por uma única cópia, porque éramos idiotas.

Enfim, isso continuou por um tempo antes de eu perder meu interesse. Foi mais uma brincadeira para mim do que para ele. Este é o ponto onde eu comecei a trabalhar, comecei a dirigir, comecei a tomar iniciativa com as garotas locais... Enquanto ele ficava cada vez mais envolvido no corte das fitas.

Eu acho que seus favoritos eram os desenhos. Quando Os Simpsons chegou, ele ficou louco por eles.

A partir dai, suas edições não eram mais sobre consertar as coisas, mas sim "quebrá-las" de maneiras interessantes.

Outra coisa que ficou em minha mente foi quando ele gravou um episódio de "M * A * S * H" e editou com um velho filme sangrento de guerra. No meio da sua versão, o campo é bombardeado... Soldados invadem. Todo mundo morre. No final, ele trabalhou especificamente em congelar os rostos de cada membro do elenco. Olhos fechados.

Ele inverteu completamente os seus interesses e abraçou o que antes o assustava: Finais assustadores. Ele parecia amar coisas como, sequencias de tirar o fôlego, com um silêncio aterrador. Ele me fazia ficar quieto enquanto eu os assistia também.

Você pode ter ouvido falar sobre este homem misterioso chamado Banksy, que vai criando grafites interessantes e outras coisas. Em um ponto, ele entrou em uma loja de música e substituiu alguns CDs de Paris Hilton com suas próprias falsificações.

Banksy não tinha nada a ver com o Sid. A cada duas semanas, ele me contava sobre algumas lojas ou locadoras de vídeo em que ele conseguiu colocar algumas de suas fitas. Ele trocava as versões reais pelas suas versões, e então começava tudo de novo, cortando as que ele havia roubado.

Uma vez, quando eu não havia ouvido falar dele há muito tempo, passei na casa de seus pais e o encontrei na garagem. Ele montou seu próprio estúdio de cinema lá, completo e com uma prancheta de desenho.

Ele estava, na verdade, animando um conteúdo inteiramente novo.

De uma vez só, eu estava tanto encantado com sua habilidade artística que eu nunca tinha visto antes... Mas também fiquei preocupado com quando esse cara iria sair do escuro e começar a agir "normalmente", como eu.

Ele mal tirou os olhos de seus desenhos enquanto nos falamos. Lhe perguntei o que qualquer criança, agora no final da adolescência, perguntaria.

- O que diabos está errado com você?

-Hm?

- Sério, cara. Isso é loucura.

- É um trabalho. Estou trabalhando. Meu trabalho é tão importante quanto o de qualquer outra pessoa.

- Você está ao menos vendendo isso de novo, ou você está apenas os colocando em lugares? Quanto tudo isso está custando ao seu pai? "

- Eu não me importo com eles.

Olhei para o que ele estava com ilustrando com tanto fervor.

- Isso é um corpo sem cabeça? Dançando? "

- Aham, sim.

- Isso é muito pesado, cara.

- Eu sei. Esse é o objetivo.

- Eu não entendo.

- Essas fitas. Pensei que elas estavam erradas, mas com o tempo, eu descobri a verdade.

- Que é...?

- As coisas assustadoras são as corretas. Os finais felizes que são mentiras.

Ele só continuou desenhando enquanto eu estava lá. O silêncio era perturbador, e naquele momento, pude sentir o cheiro que saia dele. Não era só suor. Era uma mistura de uma bunda suja e um pano encharcado de mijo.

Eu odeio dizer isso, mas desisti dele naquela hora. É aquele momento em que você olha para alguém que você achava que conhecia, e tudo o que consegue pensar é: "Puta merda, eu nunca pensei que ele iria tão longe."

Não foi até meus 30 anos que Sid passou pela minha cabeça novamente. Eu estava procurando coisas na internet, apenas vagando sem rumo na web, quando me deparei com uma série de "lendas urbanas" sobre fitas VHS, filmes estranhos, e os episódios perdidos.

Alguns deles, eu reconheci, pois havia assistido com Sid, ou já havia o visto trabalhando com eles. Cada cena perturbadora, cada edição inacreditável... Eu acreditava na lenda, porque estive lá.

Tinham muitos outros... Desenhos do "Bob Esponja", Episódios de "Coragem, O Cão Covarde" ou qualquer outra coisa, esses foram lançados muito tempo depois de eu ter me afastado de Sid, mas o estilo era muito familiar. Mesmo os que pareciam serem sua obra, pareciam ter sido cópias do seu jeito ou tentativas de imitar seu trabalho.

Ele ainda estava fazendo isso. Meu Deus, aquilo travou minha mente.

Liguei para o número antigo do Sid, não sabendo ao certo se eu ainda o encontraria lá. Ele tocou por alguns minutos, e eu sabia que a procura era impossível. Mesmo que ele ainda vivesse com seus pais, não era provável que eles ainda vivessem na mesma casa até agora.

Ainda assim...

Decidi ir até sua antiga casa, para ver se ele ainda estava naquela garagem, cortando fitas, manipulando-as através do computador, ou qualquer coisa que ele estivesse fazendo. Quando passei pela casa, vi que o gramado havia sido coberto por um grande e volumoso mato alto. A fachada em ruínas da casa, com a sua pintura descascando ao redor das persianas, faltando telhas, e com as sarjetas cheias de lama, me diziam que ninguém vivia ali há muito tempo.

Eu vi um bilhete na porta, mas não conseguia lê-lo da rua. Talvez fosse algo que eu pudesse usar para localizar Sid e ver se ele já havia procurado a ajuda que agora percebi que eu deveria ter dado a ele.

Entrando no caminho, meus faróis iluminaram a porta da garagem. Estava sem janelas e tinha sido vandalizado com pichações de alguns babacas da rua.

O bilhete na porta, como era de se esperar, falava de um banco que agora era proprietário do imóvel.

Observo que minha "invasão" foi fortemente desencorajada, e que em um determinado momento, alguém viria para se certificar de que a casa foi "comprometida ". O que quer que isso seja.

Enquanto eu caminhava de volta para o carro, abalado, algo estava me incomodando. Eu sabia que os pais de Sid deixavam uma chave reserva sob uma pedra falsa nas escadas dos fundos, devido ao Sid ter nos trancado pra fora em diversas ocasiões.

Quando encontrei a chave, uma sensação de frio, aquele arrepio de medo, invadiu no meu estômago.

Quem se mudaria e deixar tudo num lugar como aquele? A chave era a coisa mais óbvia, mas vasos de flores e decorações de jardim ainda estavam lá. A velha bicicleta enferrujada de Sid estava encostada na casa, e tinha criado grossas listras enferrujados ao longo do revestimento de alumínio.

Eu realmente não sei o que esperava encontrar, mas usando a chave, entrei na casa.

O cheiro era forte.

Não era um cheiro pútrido, nada podre ou em decomposição... Apenas o cheiro de... Eu não sei se isso fará algum sentido para você, mas... Cheiro de eletricidade. Como a poeira queimada de uma lâmpada ou um aquecedor exalando o cheiro peculiar de metal aquecido.

Essa era a menor das minhas preocupações, no entanto, quando vi que tudo estava exatamente do mesmo jeito, desde a ultima vez que estivera lá. Tudo que a família do Sid tinha, parecia congelada no tempo. A mesa da sala de jantar onde nós todos nos sentamos em muitas ocasiões, estava coberta de poeira e tinha um rato morto cima, que já havia praticamente virado pó.

A televisão, aquela volumosa televisão de grandes dimensões, na qual todos nós nos sentávamos em volta para assistir as fitas de Sid e elogiávamos a sua criatividade, estava onde sempre esteve, exibindo silenciosamente um violento bombardeio de estática em preto e branco.

Enquanto fui andando pelos quartos, a sensação de pânico e desconforto dentro de mim só crescia. Cada fibra do meu ser gritava “CORRA... CORRA, seu idiota!”

Ainda assim, fui ai quarto de Sid. Ele agora estava vazio e em condições precárias. Seus bonecos e fitas de vídeo em branco... centenas de fitas de vídeo obsoletas e danificadas pelas infiltrações.

Quase cheguei a chama-lo, a gritar "Sid!" e esperar que ele aparecesse como se nada estivesse fora do comum.

E então, fui para o quarto de seus pais.

Lá, deitados na cama, estavam dois corpos imóveis. Gaunt. Gray. Metade havia sido infestado por pó, assim como o rato na sala de jantar.

Eu mal podia acreditar no que eu estava vendo com meus próprios olhos. Não apenas os dois corpos estavam lentamente se dissipando dentro dessa área suburbana, mas... Como ninguém havia estranhado a ausência deles? Ninguém havia descoberto aqui, até agora.

Minha mente surtou. Meu coração disparou. As únicas coisas que não se moviam eram os meus pés, que ficaram colados no local.

Sid, pensei, deve ter feito isso. Não havia maneira dos dois terem apenas se deitado uma noite e morrido de causas naturais, juntos! Sid tinha dito que não se importava com seus pais, e...

Quando foi a última vez que eu havia os visto? Deus, eu não havia os visto por dias, droga, talvez SEMANAS antes da última vez que falei com Sid...

Quando finalmente sai do quarto, peguei meu celular e comecei a discar o 190. No entanto, assim que eu o coloquei no ouvido, um ruído ensurdecedor de interferência quase me fez arremessar o objeto pra sala.

Corri para o telefone da cozinha. Guinchando estática.

Tentei o telefone da sala só para ter certeza. Estática.

Não foi até colocar o telefone na base, que eu a ouvi... Musica. Baixa, quase inaudível, que eu não havia notado antes. Parecia ser alguma melodia repetitiva, leve e feliz. Algumas flautas, talvez trombetas.

Segui a melodia animada para a porta que vai para a garagem. Pressionando meu ouvido na superfície suja da porta, vi que a música realmente vinha dali.

- Sid? - Eu chamei, mal conseguindo formar o nome com os lábios frios, dormentes - Sid, você está aí? Você está bem?

Eu tentei abrir a porta só para ver que algo ou alguém estava de alguma forma bloqueando-a do outro lado.

Estava, na verdade, já que um chute selvagem quase tirou a madeira apodrecida de suas dobradiças.

- SID? - Gritei quando a poeira baixou lentamente.

Através da neblina, eu só podia ver a luz de uma tela de televisão. As cores vibrantes. Azul, verde, amarelo...

Logo, eu vi um desenho animado passando na tela. Em seguida, os fios de prata que vinham do próprio equipamento, até alguma massa escura. Em seguida, a massa escura foi tomando, e quando meus olhos se ajustaram à iluminação estranha.

Era Sid... Ou melhor, seu corpo... não estava morto há tanto tempo como seus pais. Ele sentado em uma velha cadeira de escritório. Os fios do aparelho de televisão ligavam diretamente para o seu corpo, acabando por desaparecer em várias crostas de buracos em sua carne. Através de uma pequena abertura carcomida em suas costelas, pensei ter visto mais metal dentro.

Eu andei para o lado de Sid, com a minha mão sobre minha boca, com medo de vomitar. Seu rosto estava torcido em um hediondo, largo sorriso... suas órbitas vazias quase pareciam feliz, com uma cara de satisfeito.

- Olá! - Ouvi uma voz dissonante.

A voz era otimista. Estridente. Soou quase como Sid, mas ... diferente. Cartunesca, como a de desenho animado.

Me virei para a tela. A grama verde, o céu azul, as flores amarelas... e Sid. Uma caricatura perfeita dele! Ele caminhou ao longo do loop infinito no fundo utópico do desenho animado.

Ele acenou para mim.

- Sid... Oh Deus, Sid!

Ele... a versão cartunizada dele ... voltou sua atenção para longe de mim e continuou a passear alegremente através daquele ciclo interminável do mesmo plano de fundo. Ele passou por um arbusto. Depois passou de novo... E mais uma vez ... O mesmo passarinho, cantando alegremente, voava através do céu em uma figura interminável.

- Sid... - Balancei a cabeça, incapaz de compreender o cenário - Eu nunca deveria ter deixado você sair da realidade.

Eu pensei sobre o que Sid tinha feito com sua mãe e seu pai. Eu pensei sobre como o banco viria em breve e como tudo isso viria à tona. Assisti Sid caminhar por cerca de uma hora e meia. Após isso, eu desmaiei para nunca mais acordar, e as últimas palavras que eu ouvi de Sid, antes de me tornar um desenho animado, também foi:

"Finais felizes não existem pra ninguém. Aqui dentro, não existe um final."

Fonte (fizemos algumas modificações e correções): http://sigmapasta.blogspot.com.br/2013/11/episodios-perdidos.html

29/01/2014

Episódio perdido: Chaves - Invasão zumbi

Vocês conhecem Roberto Gómez Bolaños, o eterno Chaves? Vocês acham que já assistiram todos os episódios dele?

Bom, o ano era 1976, Roberto estava ficando sem ideias para novos episódios e acabou criando um episódio bastante diferente. Por fim, entregou uma cópia do episódio para que alguns funcionários assistissem e pudessem expressar suas opiniões.

Infelizmente eu era um dos funcionários.

Nos reunimos e iniciamos o episódio que começava assim:

A sequência de abertura era normal. O episódio começava com Chaves entrando no pátio principal equilibrando uma vassoura na mão. De repente surgia a voz do Seu madruga gritando: “CHAVES VENHA AQUI.”

Chaves se esforçava para equilibrar a vassoura enquanto tentava olhar pela janela da casa do Seu Madruga e perguntava “Cadê você?” Nesse momento surge na janela um homem com os lábios desfigurados, olhos saltados e com o nariz pendurado. Claro que a maquiagem não estava perfeita, mais você conseguia perceber que tentaram fazer o melhor, afinal, era apenas um programa de comédia, não uma superprodução de cinema. A cena cortava e pulava para o pátio principal, dessa vez com Chiquinha perguntando para Quico “Onde tá o Chaves?” Quico respondia “Deve estar lá fora.” Então a tela ficava completamente verde e voltava com os dois olhando para cima.

Um disco voador estava descendo e preparando-se para aterrissar bem no meio da vila. Dava para perceber que era o mesmo disco voador que o Quico ganha em um dos episódios, porém, esse era maior.

Chaves entrava correndo na vila enquanto zumbis começavam a sair do disco voador. De repente começava a passar várias cenas em que Quico era atacado pelos zumbis, Chiquinha entrava correndo em casa e um Chaves ensanguentado se contorcia no chão. Depois de alguns cortes e chuviscos na tela, vemos Chiquinha saindo de casa e correndo para o outro pátio da vila.

No outro pátio vários figurantes estão sendo atacados por zumbis. Nhonho também estava entre os figurantes. Logo os zumbis começavam a derruba-lo. Chiquinha corria de volta para casa se escondia embaixo da mesa e começa a chorar. Então vinha o corte para comerciais.

O episódio voltava com Chiquinha soluçando enquanto andava pela vila deserta e gritava os nomes dos personagens. O episodio acabava com Chiquinha encontrando o corpo de Chaves no chão e falando entre soluços “Cha...vi...nho...” e o episódio terminava em silêncio.

Falamos com o Roberto sobre como o episódio ficou ‘terrível’. Roberto disse que era um projeto para o Halloween, e que ele fez apenas para os amigos. Ele também disse que a fita não estava com o episódio completo, tinha apenas algumas cenas que ele queria que víssemos.

Ele pediu a fita de volta e decidiu manter esse episódio guardado e esquecido junto com vários outros episódios secretos e obscuros do seu programa.

Hoje, não consigo assistir um bom episódio de Chaves sem lembrar daquele episódio horrível.

07/10/2013

Dragon Ball Z - A vingança de Yamcha (episódio perdido)

Descobri a pouco tempo o que são episódios perdidos. Percebi que pela internet as pessoas costumam se interessar muito por essas coisas, então decidi contar algo que aconteceu comigo. É algo que preciso desabafar. Vocês vão decidir se querem acreditar ou não, mais as lembranças continuam bem nítidas em minha mente.

Isso aconteceu a uns 10 ou 11 anos atrás. Eu fui a uma velha loja de filmes. Eu e os meus amigos na época estávamos na onda de Dragon Ball Z. Então quando vi uma fita de Dragon Ball Z, claro, eu a agarrei logo. A capa apresentava os personagens normais. Goku, Piccolo, Kuririn, Gohan, Videl, Goten, Trunks, e um Yamcha muito borrado. Eu não me preocupei muito, já que era uma fita de segunda mão, a capa já estava muita gasta. Eu paguei pela fita e fui para casa. Convidei alguns dos meus melhores amigos para assistir comigo.

Pus a fita no videocassete e a musica de introdução da fase de Majin Boo tocou normal. Mas dessa vez Yamcha aparecia no final reunido com os personagens logo atrás de Bulma e ao lado de Piccolo, isso não estava certo, Yamcha não aparecia nessa abertura, e ele continuava borrado, assim como na capa, e os seus olhos estavam... diferentes. Um brilho vermelho vinha deles. Eu e meus amigos achamos aquilo estranho, mas continuamos a assistir.

O título do episódio era “A Vingança de Yamcha!” Nós nunca ouvimos sobre esse episódio então supomos que era um episódio raro, ou algo assim. O episódio começou. Passava-se depois que o Majin Buu foi derrotado, e todos estavam comentando o quão difícil foi para derrota-lo. Provavelmente um episódio chato, cheio de conversa e sem pancadaria. Então Kuririn apareceu para se encontrar com os outros. Eu lembro de Goku perguntando “Pensei que o Yamcha estava com você”.

Kuririn respondeu muito triste “Eu o perdi” e todos se assustaram.

Lembro que Goku perguntou como aconteceu ou alguma outra coisa, então todos os personagens olharam para o céu e fizeram uma cara de espanto, o vídeo ficou escuro. Continuei apertando o PLAY e nada. Então ouvi gritos. Eram gritos iguais aos dos personagens. A imagem voltou com todos os personagens caídos e mutilados. O único de pé era Vegeta. A voz de Yamcha surgiu em um tom demoníaco.

“Oh veja, O príncipe está com medo”

Então Vegeta caiu. Corri para desligar o vídeo, e Yamcha falou.

“Não há como fugir de mim”

Eu e meus amigos entramos em pânico. Como algo tão ridículo assim poderia estar acontecendo? Isso não parecia real. A tela se encheu com o vermelho do sangue dos personagens. E Yamcha apareceu na tela. Com olhos vermelhos, pálido como um fantasma. A TV desligou.

Tentamos nos acalmar e ligamos as luzes. Elas se apagaram imediatamente. A TV começou a piscar. A cada flash aparecia o rosto ensanguentado de um personagem morto. Ficamos horrorizados. O que era aquilo? Alguma fita amaldiçoada? Não era real, só podia ser um sonho. Como pode acontecer algo assim em um episodio de Dragon Ball Z? Eu arranquei a fita do videocassete e tudo voltou ao normal. Tinha algo escrito na fita.

“Boa noite.”

Meus amigos sairam correndo da casa, me deixando sozinho com a fita. Sozinho no escuro. As luzes se recusavam a acender. Então sentei e pensei sobre Yamcha. Eu nunca dei muita atenção para ele, sempre o achava um tolo, e nunca servia para nada. Será que os responsáveis pela produção do episódio quiseram mais violência, como Yamcha poderia ficar assim? Não fazia sentido. O que diabos era aquilo? Esse episódio era uma brincadeira de mau gosto.

Sai de casa. Meus amigos ainda estavam lá fora.

Eles decidiram que ficariam por mim. Peguei a fita, cuspi nela e a joguei no esgoto. Como meus pais estavam viajando meus amigos decidiram passar a noite na minha casa. Nós dormimos um pouco mais tranquilos.

Fui despertado pelo som de estática vindo da sala. Minha TV estava desligada. Como era possível? Tentei acordar meus amigos e estavam todos pálidos e gelados. Eles estavam... mortos?

Gritei o mais alto que pude “ISSO NÃO É REAL. É UM PESSADELO!”

E uma voz respondeu “Não, essa é a minha vingança.”

Corri para o banheiro e tranquei a porta. Então olhei para o espelho. Meu reflexo se transformou no próprio Yamcha. O espelho rachou e se partiu em vários pedaços. Um pedaço bastante pontiagudo voou direto para o meu olho. Eu gritei de dor. E... acordei de repente.

Eu ainda estava deitando em minha cama, meus amigos também estavam por ali dormindo. Chequei se estavam vivos e fiquei aliviando ao perceber que estavam todos normais e respirando. A TV continuava desligada e silenciosa. Mas tinha algo em cima da mesa.

A maldita fita estava em cima da mesa. Com a mesma capa desbotada. Peguei a droga da fita e fui de bicicleta para a loja de onde comprei. Eu estava com tanta raiva que ao me aproximar da loja comecei a pedalar mais rápido. Passei com bastante velocidade e arremessei a fita com bastante força para dentro da loja. Continuei pedalando sem parar para que ninguém visse quem a arremessou, eu também não queria meu dinheiro de volta.

... 

Uma semana depois, um dos meus primos me ligou perguntando se eu gostaria de ir para a casa dele passar o final de semana e assistir a uma fita de Dragon Ball que ele tinha acabado de comprar. Ele disse que a capa da fita estava um pouco borrada. E também disse que o vendedor tinha uma cicatriz na testa e parecia doido para se livrar dela.

Eu imediatamente pedi que ele se livrasse da fita e não me ligasse mais.

Até hoje ninguém sabe quem invadiu a casa do meu primo e o esquartejou. A fita sumiu e ninguém acreditaria se eu contasse quem foi o culpado.


19/05/2013

Du, Dudu e Edu: O Episódio Perdido


Como você deve saber, o famoso desenho "Du, Dudu e Edu" foi transmitido durante um longo tempo. Estreou em 1999, e saiu do ar em 2009, com o lançamento do filme “Todos Contra os Dus”, que concluiu a série. No entanto, entre 7 de outubro de 2003 e 21 de outubro de 2003, o episódio 34 foi acidentalmente lançado uma semana antes da data que havia sido agendada. Também fora descoberto por alguns funcionários do escritório que o escritor primário estava gripado nesse dia, e ao invés de transmitir o episódio 34, ele teria que reprisar um episódio antigo, como havia sido agendado. Às 05h00 do horário ocidental, algumas pessoas relataram sobre um novo episódio muito preocupante que havia estreado no Cartoon Network - algumas crianças foram infelizes o suficiente para assisti-lo.

Aparentemente, a qualidade do episódio era medíocre quando comparada aos padrões normais. A animação era tremida e instável, e o som era muito abafado. Relatos de uma linha passando para cima e para baixo, semelhante a uma fita VHS de baixa qualidade, também estavam presentes. O cenário fora descrito como "predominantemente escuro e depressivo, sem alterações de ambientes e outros objetos de fundo; tudo parecia bastante nebuloso".

Os personagens também se comportavam de forma estranha. Ao invés das personalidades patetas de cada personagem, os telespectadores reclamaram que eles pareciam extremamente agitados, bastante odiosos entre eles mesmos, e sempre parecendo prestes a começar a chorar após as falas. Aa vozes dos protagonistas também tinham uma entonação muito estranha - não se sabe o porque, mas eles falava em um tom relativamente sexual, o que incomodara os telespectadores.

Eu era um desses telespectadores.

O episódio começou com Edu andando pela rua com Du. Notei que o Dudu estava ausente. Havia um ângulo frontal deles, que mostrava os dois caminhando em direção ao tespectador. Ele (Edu) estava com um olhar irritado em seu rosto (que ele faz quando algo vai mal); seus olhos estavam vermelhos ao redor da íris. Du parecia absolutamente arrasado e estava praticamente se arrastando atrás do Edu, com lágrimas nos olho. Seu olhar parecia cansado e ao mesmo tempo assustado. 


Kevin, o antagonista da série, estava andando de bicicleta em frente aos Dus, indo em direção a eles. A imagem ficara bastante desfocada nessa parte, e somente gemidos podiam ser ouvidos vindo de Edu, antes de Kevin bater nele com a bicicleta, o que não fora mostrado já que a tela ficara preta.

A tela então voltou ao normal e Kevin estava novamente dirigindo pra cima do Edu – a imagem estava tão embaçada desta vez, que tudo que eu conseguia ver era uma mancha verde indo em direção a uma amarela. Mais uma vez, o som do gemido, só que desta vez ele soava como se o microfone estivesse quebrado, já que um barulho alto de estática veio junto, quase ofuscando o gemido.

Em seguida, a tela cortou para mostrar uma seqüência em “claymation” de Dudu dormindo na cama roxa do Edu. Honestamente, pode ter sido apenas o modo abrupto como isso apareceu, mas eu pulei e estremeci de susto. Ele então acorda e sai da cama, e anda estranhamente ao redor do pequeno quarto circular, o som dos passos sendo o único áudio de toda a cena. E então, a câmera se afasta e mostra uma visão periférica de todo o quarto.

Não havia portas visíveis.

Dudu começou a rosnar (parecia até um gato) enquanto ele se movia freneticamente ao redor da sala. Ele caminhava cada vez mais rápido, até que a tela começou a borrar mais uma vez; a cor roxa da sala roxa se transformara agora em um borrão laranja.

Em seguida, um close extremo da porta da frente; Edu estava sentado em frente à porta, em silêncio absoluto para um irritantemente longo tempo - pelo menos dois minutos de silêncio mortal e uma porta.

Na próxima cena, vemos Jimmy e Sarah dentro de algum tipo
 de hospital (provavelmente, algum hospital dental). Jimmy, cuja vista estava totalmente obstruída por uma lâmpada pendurada, gritava em voz alta enquanto Sarah tentava confortá-lo de uma forma invulgarmente calma. "Isso dói, Sarah... Dói muito...”. De repente, a porta do quarto se abriu com tudo para mostrar um novo personagem: um dentista. Seu rosto não fora mostrado porque ele era alto o suficiente para estar fora do ângulo da câmera. Sarah foi levada para fora da sala, e então, a câmera foca em Jimmy.

Seu aparelho fora totalmente mutilado, a parte da frente curvada para cima, esticando seus lábios em proporções muito estragadas. A parte da frente de suas gengivas estava escorrendo sangue, e faltavam alguns de seus dentes. A parte mais perturbadora, foi que ele havia perdido ambos os braços e as pernas, e ficara paraplégico. Eu quase chorei quando a cena mudou para uma espécie de flashback de todos os garotos da rua batendo nele e estragando todo seu aparelho, violentamente. Após essa cena, a câmera então foca no rosto deformado dele por alguns segundos, ainda como uma imagem, silenciosa.

E então, os comerciais aparecem.

Após isso, somos instantaneamente apresentados a uma cena com Rolf, muito peludo e barbudo, dentro de seu galpão escuro, batendo e socando sua vaca repetidamente, sem nenhuma razão aparente. A imagem começa a ficar embaçada novamente, enquanto a cena muda aos poucos.

Agora, a câmera mostrava Nazz lendo uma revista em seu sofá. A qualidade agora estava perfeita.

Edu agora estava sozinho, sem Du. A qualidade vai piorando aos poucos enquanto ele estava andando; o sol agora aliviava um pouco o humor, enquanto ele sorria para a câmera e começava a correr de seu jeito tradicional. A porta é mostrada novamente e vemos tudo através dos olhos de Edu, enquanto ele chega e abre. Sua casa estava agradavelmente organizada e brilhante, mas um violino muito ruim tocava ao fundo; era o único áudio nessa cena. Então, ele faz o seu caminho através da casa, e abre a porta de seu quarto. A câmera então corta para mostrar seu rosto, e seu sorriso havia sumido; seus olhos estavam vermelhos, e ele tinha um olhar de preocupação. Porém, antes de vermos o porque, a tela muda para um outra cena.

Johnny então é mostrado debaixo das almofadas do sofá de Nazz, e ele então rasteja para fora de uma forma bastante cômica e aparece atrás dela, ainda inconsciente. Eu ri, porque alguém se esqueceu de desenhar os olhos dele nessa cena, fazendo com que ele parecesse uma toupeira. De repente, eu parei de rir quando ele começou a devorar a cabeça de Nazz, ainda de forma caricatural, claro, mas isso era diferente. Ambos permaneceram assim, até que sangue começou a vazar da boca de Johnny. A partir desse ponto, ela começou a chutar e a lutar, tentando sair de lá. Johnny a segurou assim até ela eventualmente ficar meio mole. Um zoom em seu rosto revelou olhos extremamente pequenos e humanos.

A cena então muda para Dudu. Ele estava deitado no chão do quarto de Edu, não mais em “claymation”. A câmara mostrava a casa de Edu pelo resto do episódio (cerca de 3 minutos), e então, o programa seguinte começou a ser transmitido.

Ninguém nunca descobriu o porquê desse episódio. A emissora tentou deixar esse assunto no anonimato, se desculpando para todas as famílias que fizeram esses relatos e fazendo o possível para ocultar qualquer coisa sobre esse tal episódio para a mídia. Seu significado é indiscutivelmente perturbador, mas não fora desvendado por ninguém até hoje.

27/04/2013

Teoria sobre Alladin


 Em uma cena, o Gênio diz que as roupas de Alladin é “muito do Terceiro século.” O gênio ficou na lâmpada pó 10.000 anos, então não tem como ele saber das roupas que eram usadas quando estava preso. O que significa que a última vez que o Gênio teria sido preso na lâmpada foi no século 3. Se ele ficou 10.000 anos lá, seria agora PELO MENOS 10.300 DC quando ele saiu de lá.

Conclusão: Aladdin se passa NO FUTURO. Um mundo pós-apocalíptico onde a cultura Árabe (e um pouco da cultura Grega) sobreviveu. Passou tanto tempo que o nome “Arábia” foi corrompido para “Agrabah”. A religião muçulmana foi atrofiada a um ponto que não existe mais mesquitas, lideres religiosos ou esteiras de oração, mas as pessoas ainda agradecem a Alá em momentos de felicidade. Surpreendentes maravilhas da tecnologia foram deixadas pela civilização anterior, como sensíveis tapetes voadores, papagaios mudados geneticamente para que entendam a fala humana em vez de só imitá-la, são usados por moradores ou dados como “mágica”.

O gênio prova isso fazendo imitações de celebridades mortas a muito tempo como Groucho Marx, Jack Nicholson etc.
Gênio imitando Woody Allen
Gênio imitando Jack Nicholson.
Gênio imitando Groucho Marx.


13/12/2012

Creepypasta dos Fãs - Barney


Passou-se uma semana desde um ocorrido em nossa casa, mas mesmo assim, quando tento falar a respeito disso com meu pai ele me parece cada vez mais puto. Moro em uma casa com 4 pessoas: Eu, minha mãe, meu pai e meu irmão mais novo Lucas.
Meu irmão tem apenas 5 anos, o que justifica um pouco a raiva do meu pai em relação aos eventos inusitados e ainda recentes. Em pleno 2012, meus pais foram às lojas americanas e compraram um box de dvd's do Barney (Sim, aquele dinossauro roxo debiloide).

Quando eu questionei eles por quê eles comprariam dvd's de show velho como aquele, quando se tem tantos programas infantis atuais,eles me disseram alguma besteira sobre desenvolvimento psicológico infantil e coisas que eu realmente não dei atenção. Afinal, o Lucas adora e é isso que importa.

Bom, os dvd's vieram cheios de dicas para os pais (algumas do próprio David Joyner), bastidores, etc...
As coisas começaram a ficar um pouco estranhas há duas semanas atrás. Lucas passou a desenvolver um certa curiosidade por assuntos que não dizem respeito a uma criança de sua idade. Certo dia, ele simplesmente entrou na sala com um sorriso infantil e inocente e perguntou à nossa mãe, na frente de todos na sala, o que significava "abortar". Naturalmente, eu caí na risada, enquanto meu pai sorriu deliberadamente e minha mãe ficou horrorizada, enquanto tentava explicar algo bobo como: "é quando os pilotos saltam em segurança de seus aviões". O motivo pelo qual eu e meu pai achamos graça foi que minha mãe ficou horrorizada por achar (mesmo que por alguns segundos) que se tratava, de fato, da palavra "aborto", enquanto eu e meu pai logo percebemos que não poderia ser isso,embora, hoje não tenhamos mais tanta certeza assim.

Bom, passada uma semana desde esses incidente relativamente engraçado. Minha mãe havia viajado, eu e meu pai estávamos assistindo algo na TV, e Lucas estava no quarto assistindo seus Dvd's que meu pai havia colocado. Quando ouvimos um som um tanto quanto alto sair da TV do quarto de Lucas e logo em seguida, ele veio correndo em nossa direção, chorando e falando coisas impossíveis de se entender, até que após muitas tentativas, nós o acalmamos ele ficou dizendo repetidamente: "Barney é um monstro horrível! Barney é um monstro horrível!".
Ficamos completamente sem reação ao ver o garoto que há 10 minutos idolatrava Barney, estar com um olhar tão horrorizado e ferido após ter assistido o show dele. Sem entender direito e sem nenhuma explicação de meu irmão, fomos assistir o Dvd para nos certificarmos que não havia nada de errado...
O show teve sua abertura normalmente, suas músicas e brincadeiras também... Então, o áudio alterou de volume drasticamente, e pudemos ouvir o mesmo ruído que ouvimos da sala, porém mais alto. Era um ruído estrondoso e soava como o som de um quadro sendo arranhado.

 E então, as coisas ficaram realmente bizarras. Eu não acredito em Papai Noel, no Elvis vivo, ou em mensagens homossexuais no Bob Esponja, mas mesmo assim, fiquei horrorizado com a cena que vi.
Nada de telas pretas, cortes de frames ou qualquer coisa do tipo: O dvd simplesmente travava por cerca de 5 segundos e você podia ouvir o áudio original (em inglês) do dvd e uma voz grave, grotesca e gritando distorcidamente "Suck me, little kid, suck me!" (Chupe-me criancinha, chupe-me) pelo que parecia ser menos de 1 segundo de vídeo. E então, reaparecia a imagem de Barney, o herói das criancinhas, em uma cena não-explícita de sexo oral, enquanto a música infantil ainda tocava, porém muito lentamente. A cena mais parecia uma foto e ficava na tela por cerca de 3 segundos, então cortava-se para o encerramento do show. Era o último dvd dessa temporada. Meu pai e eu tivemos tempo de assistir inúmeras vezes o dvd, e em todas as vezes, o mesmo acontecia. Lucas ainda está um pouco afetado com o incidente e agora fica facilmente assustado.

Meu pai ainda ligou para as Lojas Americanas e todos os fornecedores possíveis exigindo uma explicação. Porém, é inexistente. Acho que pode ser alguma falha de edição ou brincadeira de péssimo gosto. Meu pai não está tão cético á respeito. 

Uma coisa é certa, eu nunca havia visto nada parecido. 
Anexarei uma foto e vocês podem tirar suas próprias conclusões.



Escrito/Enviado por: João Gabriel Stroppa

31/05/2012

Os Rugrats: A teoria

Os Rugrats foram uma invenção da imaginação de Angélica.

Chuckie morreu há muito tempo atrás junto com a mãe, e é por isso que Chaz é uma pilha de nervos o tempo todo.

Tommy era um natimorto, por isso Stu fica constantemente no porão, fazendo brinquedos para o filho que nunca teve uma chance de viver.

Os DeVilles fizeram um aborto, Angélica não pode saber se seria um menino ou uma menina, assim, criam-se os gêmeos.

Quanto a "Os Rugrats Crescidos", a adolescente Angelica havia se tornado viciada em vários narcóticos que ainda agravavam sua esquizofrenia, trazendo de volta à sua infância e, assim, suas criações obcecadas, por causa do lapso de tempo entre o presente e o tempo passado, ela interagia com suas criações mais uma vez, só que agora mais velhos. Angélica injetava acido em suas veias constantemente, achando que nunca conseguiria viver sem as suas criações, que eram sua única companhia. Em um mundo de julgamento, a mãe de Angélica, na verdade, morreu de overdose de heroína, e Drew, em sua depressão, se casou com uma pobre prostituta que Angélica idolatrava constantemente, porque ela fora enganada a pensar que a prostituta era sua verdadeira mãe, mas sempre teve um conceito de sua mãe de verdade, Cynthia, e com isso, pegou uma boneca Barbie e fez dela a imagem de sua mãe, usando um vestido sujo de laranja e levantando seu cabelo, daí vem o motivo dela ser tão ligada a boneca. Mais tarde em sua vida, ela seguiu os passos de sua mãe com as drogas e tudo mais, e morreu de overdose aos 13 anos de idade, quando “Os Rugrats Crescidos” fora "cancelado".

O único “Rugrat” que não era ficcional, no entanto, era Dil, o irmão do bebe natimorto Tommy. No entanto, Angélica não sabia a diferença entre Dil e suas criações, embora Dil não seguisse seus comandos. Após um choro interminável e uma recusa a desaparecer (diferente dos outros, que desapareciam quando Angélica ficava zangada com eles), ela acabou batendo nele. Devido a isto, o bebe sofreu uma hemorragia cerebral, o que resultou em uma deformação. Enquanto ele crescia, seu dano só se tornara mais evidente no tempo que ele fez 9 anos em "Os Rugrats Crescidos". Ele viveu solitariamente, sendo ridicularizado por sua estranheza e retardamento mental. A culpa imensa sobre isso foi o que levou Angélica ao seu uso de drogas, e o que a levou à “destruição” dos Rugrats brevemente, até sua experiência com alucinógenos.

Em uma viagem a Paris, para encontrar o amor de sua vida, Chaz se casou com uma mulher chamada Kira (Ele fora realmente para casar com uma mulher diferente chamada Coco, mas ela só queria seu dinheiro). Ela tinha uma filha chamada Kimi, que fora arrancada dela graças ao seu vicio em cocaína (Angélica imaginou a maior parte da história de Kira). Ele perdeu a cabeça após a morte de sua esposa, e estava em negação de que ela era uma prostituta. Ao retornar aos Estados Unidos, Chaz e Kira se casaram, fazendo com que ela conseguisse largar seu vicio. Era realmente uma história muito feliz e romântica. Kira continuamente lutava contra o vício, mas foi relativamente feliz com sua vida ao lado de Chaz

Suzie era a única amiga de Angélica, que alimentava a idéia das criações de Angélica, por causa dela. Angélica passou os últimos dias de sua vida no fundo do refeitório da escola, imaginando amigos ao seu redor e brincando com as vidas de suas criações.

18/05/2012

A Vida Moderna de Rocko: O episódio perdido


Em 1995, eu era um estagiário recém-contratado nos Estúdios de Animação da Nickelodeon. Tive a chance de trabalhar especialmente ao lado de Joe Murray, que foi o criador de um dos meus desenhos favoritos, A Vida Moderna de Rocko. Quando fiquei sabendo que eu assistiria os novos episódios antes que eles fossem ao ar, é claro que eu fiquei em êxtase. Ele conversou comigo sobre os planos para os próximos episódios da série, e me mostrou alguns esboços iniciais dos personagens que as crianças daquela época (incluindo eu, e certamente alguns pais) haviam vindo a conhecer e amar.

Os primeiros episódios exibidos eram ótimos, e eu sempre me gabava para os meus amigos, que também eram fãs da série. Mas um dia, as coisas pareciam um pouco fora do comum. Joe parecia exausto e rapidamente me entregou uma fita antes de ir para casa, alegando que estava doente. Curioso para ver o episódio que me aguardava, rapidamente coloquei a fita no videocassete, imaginando as confusões que Rocko e seus amigos iriam se meter desta vez. Mas quando o cartão de título apareceu, fiquei chocado, para dizer o mínimo. O cartão dizia "O Funeral de Felizberto", e havia uma imagem de Rocko e Vacão ajoelhados sobre o casco da amável e desastrada tartaruga. Sua casca tinha vários arranhões, e estava manchada de lama.

O episódio em si começou com Rocko sentado no sofá de sua sala, que estava estranhamente bagunçada e cheia de moscas. Spunky, seu cachorro, foi caminhando lentamente pela sala, parecendo muito mais magro do que o normal, latindo fracamente para Rocko. Não havia nenhum som, e ao invés das cores habituais e alegres, havia cores escuras excessivamente vivas espalhadas pela tela, dando um olhar mórbido e caótico ao cenário. O silêncio continuou até o episódio chegar a cerca de um minuto de duração, mas foi quebrado quando o telefone tocou.

"Olá?" Rocko perguntou em sua voz irritantemente monótona.

O som suave de uma outra voz pode ser ouvida na outra linha, e por um único quadro, uma imagem apareceu, mas desapareceu antes que eu pudesse dar uma boa olhada.

"Sim, eu entendi. Terça-feira as 15:00, certo", disse ele no mesmo tom antes de desligar o telefone. A câmera deu um zoom em seu rosto, mostrando detalhes perturbadores, e em seguida silenciosamente diz "Felizberto", antes de começar a chorar.

Rocko começou a gritar o nome Felizberto, seu tom de voz ficando cada vez mais alto com cada grito. Vacão entra na casa em seguida, com sua atitude normal e feliz.

"Hey, Rocko. O que-" Sua fala terminou de forma abrupta, e ele ficou olhando em silêncio para o rosto de Rocko por cerca de 30 segundos, e em seguida, diretamente para a câmera pelos próximos 30 segundos.

Rocko então friamente diz: " Felizberto morreu".

Vacão começa a ficar histérico, mas não de sua maneira comum e cartunistica. Ele parecia genuinamente triste, e ver isso estava me machucando ver isso; ver meus amados personagens favoritos naquela situação horrível.

A tela então ficou escura, e logo cortou para o interior de uma casa funerária. Todos os personagens estavam lá dentro, soluçando, os sons de todos eles enchendo a pequena sala. A câmera se aproxima para o rosto de Felizberto, morto e deitado dentro de um caixão azul com velas espalhadas em volta, e permanece assim durante o resto do vídeo.

Depois de ver isso, sentei-me em estado de choque por um momento antes de começar a me sentir mal, mentalmente e psicologicamente. Pelo que entendi, esse era para ser o episódio final da série, algo parecido com o que deveria ter acontecido com o final de Invasor Zim. Felizmente, este episódio acabou nunca indo ao ar, mas ainda assombra os meus sonhos até hoje.

16/05/2012

O filme cancelado da Nickelodeon

Já parou pra pensar que quanto mais vezes você assiste um desenho da Nickelodeon, mais sombrio ele parece ficar? Bem, o que você verá é muito parecido com isso...

Um amigo meu trabalhava no estúdio. Eu nunca me lembrei do que ele fazia lá, mas eu me lembro de que ele trabalhou no estúdio por algum tempo. Isso foi na época em que Hey Arnold: O Filme foi lançado, e ele me disse que depois do filme, a Nickelodeon planejava fazer três coisas:

- Uma nova temporada de Hey Arnold com um enredo mais atualizado e que não haveria conexão com a série original (CANCELADO).

- Uma nova série em live-action que se passava em 1990, com um estilo bastante sombrio (parecido com “Clube do Terror”) sobre crianças que viviam em um beco sem saída (CANCELADO)

- Um filme de TV baseado na série em live-action cancelada.

Bem, enquanto as duas séries foram canceladas, o filme permaneceu nos projetos. Eles queriam voltar para a década de 90 com este filme, e teriam conseguido. Meu amigo me contou sobre a contratação de escritores de seriados infantis e sombrios para escreverem o filme, intitulado "Grimland". Aparentemente, havia uma disputa entre vários escritores, levando a execução do projeto. Ele me disse que teve a chance de ver como era a produção. Gravei algumas partes de nossa conversa, porque seu estado parecia piorar desde que ele mencionara o filme pra mim pela primeira vez:

“O filme ’Grimland' se tratava sobre a década de 1990 e sobre as merdas assustadoras que haviam na TV naquela época. Eu me opus à idéia da nova temporada/reinicio de Hey Arnold, porque o plano era colocar os personagens em temas mais adultos... Os avós de Arnold teriam morrido depois do filme, fazendo com que Arnold tivesse problemas em sua vida. Helga se torna extremamente obcecada com Arnold ao ponto onde, no primeiro episódio, ela se enxerga pesadamente grávida com o filho de Arnold (ela vê um bebê com uma cabeça de futebol em forma de uma sonografia, onde no final da 1ª temporada, ela teria o bebê.). Isso se tornaria uma espécie de ‘piada recorrente', onde Helga desfrutaria cada momento de sua suposta ‘gravidez’, esfregando-a na cara de Arnold e tentando forçá-lo a se casar com ela por causa do bebê, para o que ele se recusava. Ela esfregaria constantemente sua barriga, perseguindo-o profusamente, ao contrário do medalhão com sua foto como na série original. Segundo o script, ela diria em um ponto dos episódios: ‘Devido às suas ações descuidadas, agora tenho um pedaço de você dentro de mim’. Gerald iria juntar-se a um grupo de pessoas para trabalharem intensamente na produção da série. Esta série nunca seria direcionada para crianças, devido não só às mudanças de personagens (especialmente com a gravidez de Helga), mas também ao fato de que haveriam temas mais adultos para a série, incluindo indicações do Sr. Simmons ser homossexual, Curly (o psicopata da escola) matando animais, lesbianismo, intercursos sexuais, e tantos outros. Fico muito aliviado pelos executivos nunca colocarem-na no ar..."

Depois de um tempo, fiquei curioso. Perguntei a ele sobre a segunda série, e ele me disse: "Não deu em nada. Bem... Isso é uma mentira. Eles a transformaram em um filme". Isso me intrigou bastante. Perguntei se o filme chegou a ir ao ar: "Nem pensar! Quero dizer, o filme havia sido gravado, editado e tudo mais, mas há uma GRANDE RAZÃO dessa porra nunca ter ido ao ar!". Seu argumento deixou bem claro para mim que alguma merda muito estranha havia acontecido. Notei que seu rosto estava muito pálido, então lhe aconselhei para ir pra casa dormir um pouco. Recebi um email dele recentemente, e decidi incluí-lo aqui, já que o email é bem relevante.

"Ei cara, eu não tive um pingo de sono ontem. Todas essas memórias começaram a se infiltrar em meus sonhos. Eu quero deixar bem claro que sim, eu vou te dizer tudo o que posso te dizer, mas há um ponto onde toda essa merda termina, cara! Falo com você mais tarde. Preciso tentar dormir um pouco..."

"O que posso te dizer sobre 'Grimland’? Bem, primeiro havia a equipe de roteiristas. Todos eram anfitriões de seriados obscuros e desconhecidos, o que era estranho para uma rede como a Nickelodeon contratar cerca de 10 ou 11 deles para um filme. Outra coisa eram as idéias que eles tinham. Quais foram as idéias? Bem, vamos ver, em primeiro lugar a abertura era completamente maluca. Tudo começou com duas crianças em uma noite de Outono de luar (nevoeiro pesado e tudo mais, e algumas coisas irreconhecíveis no meio do nevoeiro) correndo pelas ruas de uma cidade. Um tropeça e cai, e pede para seu amigo ajudá-lo. Há uma cena do filho da puta sendo arrastado por alguma coisa, gritando, já que seu amigo imbecil ficara um bom tempo contemplando-o sem fazer absolutamente nada para ajudar. Em seguida, um barulho de carne sendo rasgada e amassada pode ser ouvido, e os gritos pararam, como se alguém estivesse comendo o garoto vivo. Em seguida, o outro garoto sai andando, e o título do filme aparece. O que diabos eles estavam pensando quando fizeram aquilo?! Bem, eles acabaram usando ESSA abertura, mas o script fora um pouco alterado. Uma dessas alterações era que o personagem principal era um adolescente de 13 anos com um pai abusivo, e o outro, um adolescente de 16 anos solitário, sem família nenhuma. Agora havia conflito, mas alguns dos roteiristas tinham algumas idéias e indicações muito boas. E então as coisas ficaram esquisitas, como a explicação da importância do nevoeiro pesado da abertura, mas isso nunca chegou muito longe a ponto de passar. Bem, havia algumas lutas, alguns chingamentos do tipo 'Foda-se’, e mais algumas coisas tão mínimas e bizarras que não me recordo mais. O resto, em ‘memória dos escritores falecidos’, usava alguns personagens como referencia. O script explicava que o pai do garoto de 13 anos havia abusado sexualmente de uma garota, fazendo com que ela se convertesse para a bruxaria. O garoto solitário teria uma relação com uma das personagens (a menina bruxa, pra ser mais exato), engravidando-a por estupro em uma cena mais ou menos na metade do filme, resultando no garoto acabar com os miolos espalhados no chão, por meio de um suicídio forçado. Havia contagens elevadas de sangue, mutilação, sadismo, essas merdas em todo o lugar! E o maldito executivo PERMITIU que essa merda passasse!"

Depois de um tempo, eu lhe disse que deveriamos parar e mudar de assunto. Ele disse, e eu tenho quase certeza que gravei isso na fita; ele disse que: "Eles queriam MATAR todas as crianças! As coisas que não podiam ser vistas no meio do nevoeiro na abertura, eram canibais hipnotizados por aquela filha da puta. Todos eles foram descritos em detalhes gráficos, cada cena, cada personagem, TUDO! E o dia em que as filmagens começaram ainda me assombram..."

"Bem, no início das filmagens, eles escolheram os papéis PERFEITAMENTE! A cena de abertura foi gravada em meados do final de Novembro. A produção era um show de horror. Quero dizer, merdas bastante gráficas. Mas você quer saber o que era mais assustador? Eles gravaram uma cena onde a garota bruxa, de seis anos de idade, é obrigada a ver seu próprio pai tirar suas roupas e molestá-la. Eles basicamente gravaram uma cena de pornografia infantil, de pedofilia, para um filme da Nickelodeon! O executivo ficou sabendo disso e imediatamente exigiu que a cena não fosse usada. O diretor ficou puto, e ele queria vingança… Ele fez com que o pessoal gravasse umas cenas violentas pra caralho, cara. As mortes descritas no script já eram horriveis, mas quando elas puderam ser VISTAS, fiquei tão enojado com as cenas que eu praticamente vomitei. No dia seguinte, dei o fora daquele lugar do caralho. "

Isso aconteceu a alguns meses atrás. Quando eu perguntei a ele sobre o filme, ele disse: "Provavelmente está em algum lugar no meio dos arquivos. Que Deus tenha piedade da alma daquelas pessoas..." Mas uma coisa que ele se lembra perfeitamente é a cena do suicídio forçado, a cena que não foi “encenada”. Perguntei aos estudios da Nick sobre este filme, e eles basicaente me expulsaram de lá.

Meu amigo se matou alguns dias depois; sua carta de suicidio afirmava que os sonhos estavam ficando cada vez piores, e isso estavam acabando com seu sono cada vez mais. Ele não conseguia mais lidar com aquilo, e só disse no final da carta que amava sua mãe acima de tudo. Ele se enforcou em uma árvore de seu quintal. Em sua memória, eu quero encontrar esse filme, qualquer que seja a maldição e os pesadelos que o filme pregou nele, parecem ter chegado a mim. Estou determinado a encontrar este filme, nem que ele me leve para o túmulo...

26/04/2012

Goosebumps: O episódio perdido


Goosebumps foi um dos destaques de minha infância. Devo ter lido praticamente todos os livros e assistido a uma grande parte dos episódios. A melhor coisa era a razão de todo o terror das histórias. A maioria das histórias tinham monstros, fantasmas e demônios. Mas eu amava aquelas que realmente fodiam com o seu cérebro, como “Um Choque na Rua Shock”. Goosebumps era minha série favorita de livros, mesmo que me mantevessem acordados durante toda a noite.

Na semana passada, eu estava limpando meu quarto reserva. Estava cheio de caixas, livros e roupas velhas, o que era estranho, visto que eu só estava morando em minha casa a três meses. Encontrei uma velha caixa marrom com a palavra "GOOSEBUMPS" escrito nela. Todos os meus antigos livros Goosebumps estivessem dentro dela. Uma onda de nostalgia tomou conta de mim, e eu chorava enquanto olhava para as capas que me deixavam cagando de medo em minha infância. Muitas das páginas estavam com as pontas dobradas, e eu também encontrei dois marcadores e seis cartões de visita.

Na parte inferior da caixa estava uma fita VHS. O titulo "Goosebumps: Esconde-Esconde" estava escrito nela com marcador permanente azul. Eu sinceramente não me lembrava de possuir qualquer episódio da série de TV, então achei muito estranho aquela fita estar lá. Cego pelas memórias de minha infância, não cheguei a pensar muito nisso, e somente pensava nas memórias que o episódio iria me trazer quando o assistisse.

Demorou um pouco pra encontrar meu videocassete no meio de toda aquela bagunça, mas depois de cerca de vinte minutos, finalmente achei. Depois de instala-lo na sala, comecei a assistir a fita. Tudo começou com R.L. Stine (o narrador e criador da série) surgindo debaixo de uma cadeira. Ele começa a falar sobre o jogo Esconde-Esconde: "Não é maravilhoso quando você encontra um bom esconderijo para que ninguém consiga encontrá-lo até o fim?", disse ele, agora sentado na cadeira. "Mas, às vezes, os melhores esconderijos... Podem acabar sendo os piores", continuou ele. Em seguida, o episódio começa.

Três garotinhas estavam num quarto sentadas em círculo. Uma delas aparentemente estava contando uma história assustadora. "Pare com isso Amy! Você está me assustando!", gritou uma das amigas.

"Vê se cresce, Rachel! Não é real!" zombou Amy.

"Talvez devêssemos fazer outra coisa, Amy", disse outra garota.

"É uma festa do pijama, Emily! Isso é o que você faz: Conta histórias de terror! Mas já que você é muito criancinha pra essas coisas, vamos fazer outra coisa", disse Amy.

"Vamos brincar de Esconde-Esconde!", exclamou Rachel, alegre.

"Tudo bem. Não está comigo!", gritou Emily.

"Também não está comigo!", gritou Rachel.

"Tudo bem, tudo bem, está comigo. Eu vou contar até sessenta!", disse Amy, e em seguida começa a contar. Quando chega ao três, Emily corre pelo corredor e se esconde em um armário.

Depois de esperar por algum tempo, ela dá uma olhada no relógio e grita: "Gente! Vocês já desistiram?" Em seguida abre as portas e olha pra fora.

Ela estava em um quarto muito escuro. Havia somente um pequeno homem de terno com o rosto muito borrado, parado em sua frente.

"Bem-vindo", disse ele em uma voz profunda.

"Quem é você?! Onde estou?!", perguntou Emily em uma voz de pânico. "Espere só até meus pais chegarem para casa, eles irão me encontrar!"

O homem riu. "Vocês humanos me divertem. Seus pais te odeiam. Você odeia seus pais."

"Isso é mentira! Eu os amo e eles também me amam!", gritou Emily.

"O amor é apenas uma reação química. Composta para nos fazer pensar que viver realmente valesse a pena. Todos nos odiamos. Sentimentos são feitos somente para nos confortar...”.

Emily se arrastou de volta ao armário, chorando. Você pode ouvi-la batendo na parte de trás da porta.

O homem olha para a câmera: "Seus pais te odeiam muito. O amor é falso. Você odeia todos os seus chamados ‘amigos’. Ninguém se importa com você. Você não se importa com ninguém. Não há nenhuma razão para vivermos, nós somente gostamos de fingir que há. Você pode muito bem acabar com isso agora. Não é tão doloroso quanto você pensa...".

A cena muda para Emily dentro do armário. Ela abre as portas novamente. O homem ainda estava lá. Ele estava prestes a dizer algo, mas eu desliguei a TV antes que ele o fizesse.

Fiquei sentado lá durante uma meia hora, olhando para a estática. Decidi tomar um banho logo em seguida, o que provavelmente deixou os vizinhos estressados, já que era meia-noite, mas eu não dava à mínima. Tentei ler algo para me distrair, mas não conseguia prestar atenção nas palavras. Tudo que eu conseguia ouvir eram as palavras daquele homem: "Ninguém se importa comigo, eu não me importo com ninguém", disse a mim mesmo várias vezes.

Tentei entrar na Internet. Dei uma olhada em algumas paginas do 4chan, tentei ler umas Fanfics, mas eu não conseguia tirar essas palavras de minha cabeça. Entrei no Facebook. Todos esses "amigos" me mandando mensagens, me convidando pra festas, postando fotos de mim. Eles não se importavam comigo. Sentimentos são feitos somente para nos confortar. O amor é apenas uma reação química. Eu poderia muito bem acabar com isso, agora mesmo.

25/04/2012

A Mansão Foster Para Amigos Imaginários: O episódio perdido


OK, pra começar, devo dizer que estou realmente confusa e assustada com o que aconteceu. Estava com alguns amigos anteontem, relembrando coisas que fazíamos na nossa infância, quando em algum momento comentaram sobre um de meus desenhos favoritos: A Mansão Foster Para Amigos Imaginários.  Bateu aquele sentimento nostálgico, e então resolvi procurar alguns episódios pra baixar. Assisti todos os episódios de todas temporadas, mas ficou faltando o ultimo episódio da série: “Adeus ao Bloo”. Procurei-o por todos os lugares, mas não encontrei nada. Fiquei frustrada, pois queria muito saber como tudo acabaria.

Decidida a tentar mais uma vez, procurei o final do desenho. Não me lembrava de ter assistido aos últimos episódios quando ainda eram transmitidos na TV. Encontrei o download de um episódio intitulado “O Mundo de Frankie”. Curiosamente, a descrição dizia ser o episódio final, por isso deixei a curiosidade me dominar e baixei-o em meu laptop.

Coloquei o vídeo em tela cheia e comecei a assistir, me sentindo como uma criança de 8 ou 9 anos novamente. Tudo começou normalmente, linhas surgindo e entre essas linhas uma mansão aparecendo, Mac correndo por esta, seguindo assim a abertura normal. Logo depois, o episódio iniciou-se com um dia comum na Mansão; ao fundo podia ver Sr. Coelho, furioso, e Frankie discutindo como sempre, Bloo estava bagunçando a mansão enquanto a garota levava toda a culpa.

Frankie teria de limpar toda a sala de jantar, não podendo sair de lá até que terminasse o serviço. Eu não tinha visto nada demais naquilo, mas quando ela chegou lá, estava tudo lambuzado de sangue, e ninguém sabia o porquê. Ela parecia aborrecida, mas ficou lá limpando enquanto Sr. Coelho olhava pra ela com um olhar triunfante.

Quando Frankie terminou, parecia que já era noite. O estranho é que não havia nenhuma luminária na sala de jantar. Ela soltou um suspiro e foi tentar abrir uma das portas, mas parecia estar emperrada. Tentou a outra, também não abria. Frankie começou a ficar confusa. Percebi que palavras escritas com sangue surgiam nas paredes; as palavras eram “Acorde Frankie”. Uma música estranha começou a tocar, fazendo com que eu sentisse um calafrio correr na espinha. A musica era triste e assustadora ao mesmo tempo. Notei que Frankie estava ficando tensa.

A maçaneta da porta começou a girar; um vulto de um coelho segurando algo apareceu. Era Sr. Coelho, com um saco pairando em suas mãos. Frankie, muito assustada, perguntou o que tinha dentro.

“Não quero mais bagunças por aqui, aquela peste azul não nos incomodará mais.”

Bloo estava morto, dentro daquele saco.

"O QUE MADAME FOSTER ACHARÁ DE VOCÊ AGORA?"

Frankie gritou assustada com lágrimas rolando. Sr. Coelho deu um sorriso malicioso, aquele sorriso ainda me assombra. De repente, o corpo de Madame Foster fica a mostra... Seu corpo estava dentro do saco junto ao de Bloo. Frankie não sabia o que fazer. Sr. Coelho disse com uma voz sombria: "Já limpei quase toda a sujeira desta mansão, mas ainda falta uma...". Nessa hora, ele tirou uma faca do bolso de seu jaleco e foi chegando cada vez mais perto de Frankie. Ela, assustada, pegou uma cadeira e jogou nele, fazendo com que ele caísse no chão. Duas pernas da cadeira se quebraram, Frankie as pegou enquanto Sr. Coelho, com raiva, se levantava.

No momento em que o coelho foi acerta-la com a faca, Frankie se protegeu usando uma das pernas da cadeira, de modo que a faca se prendeu; a garota chutou Sr. Coelho para longe. Frankie matou-o com uma facada na cabeça. A cena começou a se distorcer, pude ouvir gritos vindos de uma mulher enquanto na tela passavam imagens de adolescentes esquizofrênicos.

Foi então que as coisas ficaram mais estranhas. A imagem ficara em preto e branco, e eu pude ver Frankie agachada, observando uma senhora com uma faca na cabeça rodeada de sangue. A tela escureceu e pude ouvir em sussurros: “A mansão nunca existiu... Frankie é esquizofrênica...Não acredite em tudo que vê...”. Então apareceu uma imagem em preto e branco com os personagens principais da mansão, todos sorridentes, com aquela musica triste e assustadora tocando ao fundo. Em seguida, o episódio termina.


Fiquei tão assustada que comecei a tremer. Exclui o episódio do meu computador, desliguei-o e, suando frio, fui pra cama. No dia seguinte acordei mais calma, decidi fazer o download do episódio novamente; precisava gravar aquilo ou pelo menos mostra-lo aos outros para ter certeza se eu não estava mesmo imaginando coisas. Mas não podia fazer o download; o Megaupload havia sido fechado.
                
Por mais que eu procure, não encontro este episódio em outros sites; poderia ser apenas um fan-made, mas os traços eram extremamente idênticos aos traços do desenho oficial, digo o mesmo sobre a dublagem. Às vezes me pergunto se mais alguém assistiu a esse episódio...

[Creepypasta extraída do blog www.jiigoku.blogspot.com.br]

14/04/2012

Garfield: O quadrinho perdido

[Alguém notou a mensagem subliminar oculta nos últimos quadrinhos?]

Hora de Aventura: O episódio perdido


Todos vocês já devem ter ouvido falar do novo desenho do Cartoon Network, chamado "Hora de Aventura". E todos vocês provavelmente já viram a estreia... ou pelo menos acham que viram.

Eu estava acordado na sala, eram cerca de 3:30 da manhã, e eu estava assistindo a TBS. Estava passando de canais procurando algo bom pra assistir, até que me deparei com um novo episódio de “Hora de Aventura”, chamado "Socrates Wish". Nisso, coloquei no Cartoon Network, e a introdução do show já estava terminando. Encostei-me a minha poltrona, esperando para assistir o mais novo episódio da série.

O que vi foi extremamente desagradável. O episódio começou no Reino Doce, com Finn e Jake correndo para as portas principais do castelo. Eles empurraram a porta violentamente, e eu vi que a cabeça do Mordomo havia sido mordida por algum tipo de dragão que estava ao seu lado. O sangue esguichava do pescoço de PB, e o dragão olhou para Finn e Jake. Rapidamente, o dragão em questão voou para longe.

A dupla andou pelo castelo, se deparando com todos os tipos de cidadãos do Reino Doce mortos, ou apenas sentados, sorrindo ameaçadoramente. Eles passaram ao lado de Cinnamon Bun, que estava sentado e sorridente, quando de repente, ele agarra a perna de Jake. Finn tentou jogá-lo para longe, mas não conseguiu. Jake, então, ficou completamente marrom, e alguns barulhos de esmagamento podiam ser ouvidos, enquanto ele caia no chão duro como uma pedra. Depois de alguns segundos encarando o corpo de Jake, Finn, cauteloso, continuou a andar pelo castelo.

Ele chegou à parte principal do palácio. Princesa Jujuba podia ser visto vista sentada em seu trono.

"Oh, Finn, obrigado por ter vindo! Todos os meus cidadãos se transformaram em zumbis!"

Eu mal pude entender isto, devido ao fato de que o áudio estava um pouco distorcido.

"Sem problemas, princesa. Mas acabei perdendo Jake no caminho pra cá... Alguma chance de você ajudá-lo?". O áudio se distorce novamente.

"Finn, não podemos ajudar as pessoas no Japão, podemos?". Finn se aproximou.

"No Japão, mas o que--“. De repente, o trono gira rapidamente, revelando outro trono por trás dele. Nele, estava a Princessa Jujuba, toda esverdeada e com metade de seu corpo faltando. Tudo o que restava eram os ossos. Ela pulou em direção ao Finn, mordendo violentamente sua cabeça. Muito sangue escorre de sua ferida, até que Finn cai, morto.

Uma musica estranha de violino (parecia com a musica de abertura do desenho, só que mais lenta) começou a tocar enquanto alguns zumbis carregavam os cadáveres de Jake e Finn pra fora do castelo. Eles atiraram-os do penhasco, e em seguida, comemoraram. De repente, eles voltaram ao normal, mas pararam segundos depois e fixaram para o penhasco, sem se moverem. A cena abruptamente muda para preto, e então um texto branco aparece, mostrando o seguinte:

"ESTE EPISÓDIO DE HORA DE AVENTURA FOI RETIRADO DO AR PELO GOVERNO DEVIDO AO SEU CONTEÚDO IMPROPRIO. VOLTAREMOS EM INSTANTES COM NOSSA PROGRAMAÇÃO DO CARTOON NETWORK. SENTIMOS MUITO PELO TRANSTORNO.".

Foi uma experiência traumática, com certeza. Demorei muito tempo pra conseguir pegar no sono, apenas para ser acordado pela minha mãe logo em seguida: era meu primeiro dia de volta as aulas.

07/04/2012

Os Muppets: O episódio perdido



Quando criança, um dos meus programas favoritos de televisão era Os Muppets. Toda noite antes de ir para a cama, eu pegava meu cobertor, sentava na sala e assistia a alguns episódios. Sempre ficava muito animado quando meu personagem favorito, O Sapo Caco, aparecia.

Numa noite a um bom tempo atrás, logo após o jantar, corri pra sala pra ver o sapo verde que sempre trazia um sorriso ao meu rosto. O episódio começou normalmente, com Caco fazendo a introdução de um convidado especial. No entanto, as coisas ficaram um pouco estranho, quando Caco revelou quem era o tal convidado: Seu nome era "Satan", um Muppet de cor laranja escuro com dois pequenos chifres e pequenos dentes de morcego.  O que eu mais estranhei é que, ao invés das canções super animadas que normalmente tocavam ao fundo, não havia nenhum som. Depois de alguns segundos de silencio, a tela mudou para mostrar uma porta, mas tudo estava em preto e branco. Conforme a câmera se aproximava cada vez mais, comecei a ouvir pequenos ruídos incompreensíveis.

A cena então muda novamente, desta vez mostrando Caco em frente às cortinas vermelhas de teatro. No entanto, havia várias coisas fora do lugar; a cabeça de Caco parecia mais deformada do que o normal, por exemplo. As cores que ele era composto agora estavam diferentes, um pouco mais escuras. Os tijolos também estavam cobertos por uma substância muito brilhante, que parecia ter sido descuidosamente pintada sobre o muro. Caco não dizia nada. Ao invés disso, ele apenas olhava fixamente para a câmera, mal se movendo. Não tenho muita certeza de quanto tempo durou a cena, mas pra mim, parecia durar uma eternidade.

Finalmente, a cena mudou para uma sala muito mal iluminada que parecia ser o sótão de alguém. O filme era em preto e branco novamente, e a única fonte de luz vinha de trás de algumas caixas no fundo. O quarto era muito sujo, e havia objetos aleatórios espalhados pelo chão. Havia um projetor velho e muito sujo, caído no meio do quarto. Fixei naquele projetor por um tempo, até que de repente, algo se moveu por trás dele...

O que eu vi irá me assombrar pelo resto da minha vida: Um fantoche esticado, sem membros, e imundo do Caco estava sendo lentamente arrastado pelo chão por uma corda invisível. Parecia sem vida, até que de repente, sua cabeça começou a se torcer em direção a câmera, embora ninguém estivesse movendo-o. Era horrível! Levou uma eternidade até o pobre Sapo Caco finalmente chegar à câmera, mas assim que o fez, o programa mudou pra uma tela preta e não voltou mais. Sentei-me em silêncio, congelado pelo susto e encarando a TV. Até este dia, eu ainda não faço ideia do que aconteceu naquela noite. Os Muppets sempre será um dos meus programas favoritos de televisão, mas nunca será a mesma coisa por causa daquela fatídica noite.

06/04/2012

As Tartarugas Mutantes Ninjas: O episódio perdido



Alguém já ouviu falar do episódio ‘alegadamente perdido’ do desenho As Tartarugas Mutantes Ninja?

O nome do episódio era “Dawn of the Dread", e era um dos primeiros episódios da segunda temporada. Não há referência oficial pra sua existência, e suas evidencias são bastante escassas, mas alguns depoimentos encontrados parecem detalhar muito bem o que acontecia nele.

O episódio começa com Leonardo dormindo em sua cama. Depois de alguns segundos, ele acorda e olha ao seu redor antes de se levantar. A qualidade da imagem é muito ruim e a animação é bastante tremida. Não há música de fundo, e o único som que pode ser ouvido é um relógio. Leonardo, em seguida, murmura algo para si mesmo, mas sua voz parece abafada e fica difícil entender o que ele está dizendo.

De repente, uma voz masculina pode ser ouvida ao fundo, embora a voz não seja reconhecível e não parece pertencer a nenhum dos personagens regulares da série: "Você já está acordado?", a voz diz. É difícil dizer se Leonardo responde à voz estranha ou não, mas ele sai de seu quarto e vai para a sala de estar do covil das tartarugas.

O covil estava vazio; nem Splinter nem as outras tartarugas podiam ser vistas, e a área estava completamente bagunçada. Ele encontra uma caixa de pizza na mesa da cozinha, mas ao abrir, encontra uma pizza muita velha e mofada com centenas de carcaças de insetos nela. Neste ponto, Leonardo decide deixar o covil e ir à procura de seu casaco.

A imagem de repente muda para preto por cerca de dez segundos, como se fosse para os comerciais; alguns dizem que um sussurro muito fraco pode ser ouvido se o volume está no máximo. A cena então volta novamente para Leonardo, caminhando pelos esgotos da cidade. A qualidade da imagem agora fica muito pior; o fundo parecia que tinha sido desenhado muito rapidamente, e não se repetia corretamente ao longo dos passos de Leonardo.

O que segue é uma cena com Leonardo de pé olhando para um córrego de esgoto. Ele não estava se movendo, e a única animação era o movimento da água caindo, com o que parecia com barulhos de pingos ao fundo. De repente, após alguns segundos, Michelangelo aparece, boiando na água em direção ao centro da tela; ele estava imóvel. Ele simplesmente vai boiando, seu rosto virado para com os olhos bem abertos e um olhar sem vida. Sua cor era um verde nojento e seu corpo estava afundando aos poucos. Leonard observa com horror o cadáver de Michelangelo, enquanto ele vai se movendo lentamente para longe.

A cena muda novamente. Leonardo está agora caminhando pelas ruas. A cena é um pouco obscura; não há ninguém por perto e nenhuma das lojas está aberta, com muitos prédios e casas parecendo estar abandonadas. Ele não parecia estar indo a lugar algum, apenas vagando sem rumo, como se não tivesse pra onde ir. Ele passa pelo edifício do Canal 6; estava claramente vazio. Ele decide descansar em um banco de rua e testa seu Comunicador-Tartaruga, mas não há resposta a nenhuma de suas chamadas, e então ele furiosamente empurra o dispositivo no chão, quebrando-o.

De repente, a voz não identificada de antes volta a perguntar: "Você já está acordado?", ao que Leonardo parece não responder, ao invés disso, ele fica apenas sentado olhando para o Comunicador-Tartaruga destruído. "Eles se foram", a voz calmamente diz, mas seguido por um grito extremamente alto e lacrimejante: "Eles se foram! FORAM! FORAM!", e em seguida Leonardo começa a se encolher em agonia selvagem, gritando de dor e socando furiosamente sua própria cabeça.

Batidas muito altas e um som estridente agora preenche a cena. Formas negras surgem e começam a se mover em torno de Leonardo, circulando-o, alguns parecendo ataca-lo rápida e violentamente, antes de desaparecerem de repente, sua vítima aterrorizada demais para olhar pra eles.

A imagem fica em estática por alguns minutos, até que de repente termina.

31/03/2012

Animaniacs: O episódio perdido (One Flew Over the Cuckoo Clock: A Versão Original)




Você se lembra daquele desenho, Animaniacs? Se sim, há um episódio que você provavelmente deve conhecer, chamado "One Flew Over the Cuckoo Clock", em que a esquila Slappy é colocada em uma instituição mental para personagens de desenhos animados aposentados. Você pode encontrar as duas partes da versão final no YouTube, mas um vídeo que eu ainda estou na procura pra ver na internet, é a versão original e mais sombria do episódio. Se pararmos pra pensar, este já era um dos episódios mais sombrios da série, mas a versão que você provavelmente viu é incrivelmente infantil comparada com a versão que originalmente seria exibida. Os produtores do desenho, no entanto, gostaram da história, e decidiram dar uma “amenizada” para torná-lo adequado pra ir ao ar.

O episódio original é o seguinte: Como de costume, o episódio começa com Slappy passando os canais da TV, assistindo os tópicos ridículos dos talk shows. O episódio continua como na versão final, até a parte onde Skippy entra na cozinha e vê a torradeira queimando. "Tia Slappy! O que você está fazendo?" Ele pergunta a ela. "Queimando meu chapéu, o que mais?" Ela responde. Skippy então corre em direção a torradeira, puxando o chapéu pra fora, que acabou pegando fogo durante seu tempo na torradeira. Skippy, então, tenta sacudir o fogo pra apaga-lo, mas ele acaba se espalhando pela sua pele, as chamas engolfando-o enquanto seus gritos agudos queimavam o ar e o relógio da casa da arvore gritando "CUCKOO!" sem parar.

Slappy grita o nome de seu sobrinho, horrorizada, ao perceber que havia sido morto pelas chamas. Uma pequena lágrima brilha em seu olho, e ela diz: "Hum, esquilo assado. Esquilos que comem outros esquilos, que maravilha!". A insanidade começa a ficar cada vez mais clara em seu rosto. Em seguida, Slappy começa a descascar a pele queimada da carne de Skippy, arrancando pedaços de sua carne e empurrando-os em sua boca. Sirenes podem ser ouvidas à distância, o único som além de Slappy repetindo a palavra "CUCKOO" uma vez ou outra por cerca de um minuto, antes que haja uma batida na porta.

Dois policiais aparecem em frente a porta. "Senhora esquila, está tudo bem?", eles perguntam, espreitando pra dentro da casa. Um policial vê Skippy deitado no chão da cozinha, e o outro empurra Slappy pra longe dele em direção a sala. Após um breve interrogatório com Slappy, eles chegam a conclusão de que ela estava mentalmente instável, e decidem leva-la pra uma instituição mental para personagens de desenhos animados aposentados.

Slappy foi levada para a instituição, onde tenta escapar várias vezes, cada vez repetindo as palavras: "Skippy precisa de mim. Onde está ele? Onde está Skippy?"

“Senhora Slappy, você não se lembra do que aconteceu com Skippy?" A enfermeira perguntou calmamente depois de Slappy tentar escapar uma ultima vez.

"Claro que que me lembro! Skippy chegou da escola, nós assistimos televisão juntos e almoçamos."

"Senhora Slappy", disse a enfermeira em um sussurro simpático, "Aconteceu um acidente, você se lembra? Skippy foi queimado. Fatalmente. Você arrancou a carne de seus ossos e comeu-o. Você o canibalizou. Seu próprio sobrinho. Skippy está morto, senhora.”

Slappy começa a gritar em agonia com as palavras da enfermeira. Os gritos tornaram-se cada vez mais agudos, até chegarem a um tom quase ensurdecedor, e em seguida, uma outra enfermeira se aproxima de Slappy com uma agulha. A tela fica preta.

Após cerca de dez segundos, a imagem volta, mostrando Slappy em uma camisa de força. Ela se senta em sua cama, balançando pra frente e pra trás, sussurrando: "Slappy precisa de mim, ele precisa de mim". Slappy grita mais uma vez, antes de brutalmente bater sua cabeça contra a parede. O som chama a atenção de um dos médicos, e ele entra na sala com a mesma enfermeira que havia dado o sedativo pra Slappy anteriormente, o que faz com que a Slappy se acalme. O médico olha pra ela com uma expressão de genuína tristeza, uma coisa estranha de se ver em Animaniacs. Em seguida algumas palavras quase inaudíveis são sussurradas entre o enfermeiro e o médico; a única que eu consegui entender foi "Lobotomia".

A imagem corta para Slappy em uma pequena sala estéril, ainda em sua camisa de força. O médico moveu-se lentamente em sua direção, para não assustar a paciente. Quando chegou perto o suficiente, ele insere o “Leucótomo” em seu olho esquerdo, e a tela fica completamente em branco, exceto pelo rosto de Slappy, enquanto ela olhava fixamente para a câmera. Os créditos então aparecem, tocando a música do fechamento do desenho.