29/12/2014

Rosto de boneca

Eu estava ali

Apenas esperando

Observando

Eu sei que ele voltará, eu sei. Não posso comer ou dormir, fico apenas observando o maldito buraco na parede. No inicio ele era apenas um pequeno buraco, e com o tempo ele começou a aumentar. Tentei tampa-lo; mas acabei tornando-o maior. Eu acho que ele sabe que o estou esperando, é por isso que ele decidiu morar em minha parede.

Tentei atrai-lo com comida, camundongos, hamsters, até um porquinho; nada funcionou. Meu deus! Eu tenho que vê-lo outra vez! Apenas para superar meus medos. Eu quero encarar seus olhos negros e sem vida, talvez descobrir o que ele quer de mim. Acho que na primeira vez que eu o vi, bem rapidamente, foi o momento em que minha vida foi arruinada.

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Eram 3:29 a.m, eu estava sozinho em casa, e tinha acabado de descansar a cabeça no travesseiro quando ouvi um barulho terrível. Me levantei e olhei por todos os cantos do quarto, mas não consegui enxergar nada naquela escuridão. Peguei minha câmera e comecei a tirar fotos com o flash ativado, assim como naquele filme, Jogos Mortais, e comecei a procurar a origem do barulho. Eu deveria ter pensando em algo melhor, os flashes apenas me cegavam. Decidi largar a câmera.

Fui para a cozinha, tateando no escuro. Percebi que a porta da geladeira estava aberta, o que era realmente estranho, sendo que eu nem tinha aberto a geladeira naquela noite. Quando finalmente consegui ligar as luzes, eu vi a estranha criatura em um canto da cozinha, era quase da mesma altura da minha mesinha de café.

Me aproximei dele e por um momento pensei que meus olhos estavam me pregando um truque, mas eu podia jurar que ele tinha se movimentado tão rápido, que em menos de um segundo já não estava mais ali. Tentei correr de volta para o meu quarto, mas acabei batendo o pé na porcaria de uma cadeira. Eu caí, e fiquei petrificado ali no chão quando percebi que algo bafejava em meu pescoço.

“Era um sonho, tinha que ser um sonho, não poderia ser real...” Rolei lentamente para o lado, e me deparei com um terrível rosto branco, bastante semelhante ao rosto de uma boneca de porcelana. Foi nesse momento que reagi e me joguei para o canto mais distante, para observar aquela coisa... entrando em meu quarto.

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A visão daquela coisa é algo impossível de esquecer, e foi assim que acabei ficando com essa terrível obsessão, sentado em frente ao buraco na parede, esperando... Agarrado à minha câmera, tentando não cair no sono, dividido entre o medo de ser atacado e a incontrolável vontade de revê-lo.

Talvez eu esteja louco? É, pode ser que sim, talvez esteja ficando louco pela falta de comida e descanso. Talvez eu devesse dor-

NÃO! Não posso cair nesse truque! Tentar me fazer dormir para vir e me matar sem que eu o veja! Isso não vai acontecer comigo. Sou muito esperto para cair nesse truque. Dias... Droga! Não durmo há dias!

Eu posso ouvi-lo me chamando…

Meu Deus…

Onde estou? Essa não é a minha casa! Eu devo ter dormido. Esse som... eu já o ouvi... não! Não posso morrer! Não agora! Eu o sinto em minha mente, ele QUER que eu o veja, que eu tire uma foto. A minha câmera... ele a jogou para mim...

O que faço? Devo vê-lo? A vontade é esmagadora...vou morrer mesmo... eu preciso vê-lo-


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OH MEU DEUS! MAS QUE DRO-


White doll face

24/12/2014

Pura maldade

Ahh, o Natal. Um dos momentos mais aguardados do ano, e o momento perfeito para concluir o meu plano. Tem que ser assim, pois afinal, todos querem alguma coisa.

Eu já o estava perseguindo desde o mês passado; era apenas um cara comum, vivendo uma vida simples com sua família, em uma rua pacata. Ele era o próximo. Ele não saberia os motivos por ser o próximo, mas no fim ele entenderia.

Tudo morre um dia. Eu apenas adiantaria o processo para ele.

Vestido como o bom velhinho, em um vermelho brilhante, assim como meu cabelo, agarrei a ferramenta perfeita para o serviço. Meus olhos verdes cheios de determinação, com sede de sangue. Meu rosto distorcido em uma máscara de malícia.

Atravessei alguns quintais, seguindo em direção aos fundos da casa do meu alvo. Os cães sentiam a minha presença, e uivavam para o céu estrelado. Era como musica para meus ouvidos. Se também houvesse alguns gritos de dor, séria uma sinfonia perfeita.

Abri lentamente as janelas do fundo. Um som agitado preenchia o ar. Parecia a trilha sonora de algum filme de ação. Isso apenas facilitou a minha silenciosa entrada.

Escondido nas sombras, observei, enquanto o meu alvo digitava algo em um notebook, acompanhado pela música alta que saia de duas caixas de som ligadas ao aparelho. Eu sabia que ele estava sozinho, vi a sua família sair para comprar algo que faltava para a ceia.

Assim que ele acabou de digitar (o que demorou um pouco, devo admitir), ele recostou-se para descansar na cadeira, fechando os olhos e jogando a cabeça para trás.

Me aproximei mais um pouco dele.

Não houve muito tempo para que ele pudesse reagir quando percebeu o meu movimento. Assim que ele abriu os olhos e virou-se para mim, foi imediatamente recebido com um taco de golfe bem no meio do rosto, caindo da cadeira com um grande barulho. Um nariz quebrado e um grande corte tomava o lado direito do seu rosto; seus lábios escorrendo sangue quando um dente se partiu e caiu no chão. A trilha sonora continuava a preencher o ar, com um toque agitado de ação bastante irônico para aquele momento.

“Esse é um momento de felicidade, SORRIA!”. Gritei, explodindo de excitação.

Abri um largo sorriso e até comecei a cantarolar seguindo o som, batendo o taco de metal frio na palma da minha mão. Levantei o taco mirando mais uma vez em seu nariz. Instintivamente, ele ergueu um braço para bloquear o taco, gritando pateticamente enquanto recebia o impacto.

“O que você quer?” ele gritava com a voz engasgada, cuspindo sangue e pedaços de dente. Essa era a pergunta que eu realmente esperava. Levantando o taco outra vez, percebi a fina linha de sangue que o cobria. Tentei controlar toda a felicidade e excitação em minha voz, para responder de forma bastante clara:

“Eu quero que poste Creepypastas com mais frequência, seu desgraçado!”

Com rápidos movimentos, o taco desceu mais duas vezes. Primeiro ele gritou, e depois pôde apenas soltar um leve gemido. Deitado em uma poça do próprio sangue, ele dava o último suspiro.

Sorri um pouco mais ao observa-lo daquele jeito. Olhei para a grande árvore de natal em sua sala, e me perguntei se a árvore ficaria melhor se eu pusesse alguns pedaços dele pendurados como enfeites. Talvez pendurasse seus intestinos ao redor da árvore, e pendurasse sua cabeça bem no topo. Seria algo perfeito!

Porém, havia algo que eu deveria fazer antes.

Acessei o blog no qual ele costumava postar, e utilizei a conta dele para digitar tudo isto para vocês que gostam de creepypastas. Sim, eu sei quem são vocês. Acham que não conheço todos que comentam por aqui? Ou aqueles fanáticos por creepys, assim como eu?

Eu destruo amizades e espalho a tristeza. Sou o amante do medo, devorador de almas. Eu tornarei o mundo das creepypastas uma realidade. EU sou a pura maldade.

EU so

Ele se mexeu!

Parece que ainda está vivo. A família dele já deve estar chegando. Devo acabar logo com isso.

Agora, se me derem licença, tenho uma creepy para terminar…

22/12/2014

O caso do Assassino da Teia


Tudo começou há 3 meses, vítimas foram encontradas sem sangue e enroladas em um tipo de seda. Pareciam insetos mortos por uma aranha. Logo começaram a chamar o caso de “Assassino da teia”. Até o momento, 12 se tornaram vitimas desse assassino desconhecido. Não havia vestígios ou provas de quem seria esse assassino, alguns acreditavam que as vítimas foram parte de algum ritual satanista. O caso já estava para ser arquivado, até que um dia, uma mulher que caminhava em um parque, ouviu algo, parecia o som de alguma coisa sendo arrastada, ela gritou, perguntando se alguém precisava de ajuda e não houve resposta, nem mesmo havia pássaros cantando. Ela ficou preocupada e decidiu verificar o que estava acontecendo, já que alguém poderia estar ferido e não pudesse falar.

Ela começou a procurar por toda a área ao redor, sem sucesso. Ela continuou procurando por mais alguns minutos e logo decidiu descansar embaixo de uma grande árvore. Por alguma estranha razão, algo lhe disse para olhar para cima, e o que ela viu parecia algo de um filme de terror. Havia um corpo pendurado no que parecia seda, e para sua surpresa, a pessoa ainda estava viva. As autoridades foram chamadas, e levaram a vítima para o hospital, ela poderia ser muito útil para ajudar a encontrar o assassino, assim ela acordasse.

No dia seguinte encontraram outra vítima, pendurada em um passarela em uma rua isolada. Era a vítima número 13, e assim decidiram me chamar. Meu nome é Alex, sou especialista em casos ligados a rituais satanistas e ao paranormal. Eu li os relatórios do caso e decidi revisitar cada área onde as vítimas foram encontradas, caso os investigadores da polícia tivessem deixado passar algo. Cheguei á primeira área. Não havia sangue ou fios de cabelo... tudo o que vi foi um cão fugindo assustado e de orelha baixa. Mas isso não importava, não poderia perder tempo com besteiras.

Segui para a próxima área, e como antes, não encontrei nada de importante. Eu já estava prestes a seguir para o próximo local quando vi algo movendo-se em um canto, era um cão, parecia exatamente o mesmo que eu tinha visto antes, porém, apenas a sua cabeça estava visível, enquanto o resto do corpo estava oculto pela escuridão da área. Ele tinha lindos olhos azuis, pensei que ele estivesse me seguindo, achando que eu talvez pudesse lhe dar algo para comer, o que eu não tinha no momento. Encontrei um hambúrguer meio comido em uma lixeira, e o joguei para o cão, em seguida parti para o próximo local.

Eu estava nas docas, e o cheiro de peixe já estava quase me fazendo vomitar. Caminhei pelo apertado beco onde o corpo foi encontrado, olhando por todos os cantos, até que captei algo. Era um pequeno tufo de cabelo negro, e já que cabelo da vítima era tingido de rosa, naquele momento pensei que o tufo de cabelo só poderia ser do assassino. Eu o coletei e continuei a minha procura, não encontrando nada mais importante. Por um momento, naquele beco apertado, me senti observado. Olhei ao redor, procurando por meu perseguidor e o encontrei; escondido nas sombras, estava um cão.

Era o mesmo de antes, ele estava apenas me observando, sem se mover ou mesmo piscar. Ele já estava me assustando.

Meu celular tocou e eu quase enfartei, era o Jeff, eu havia deixado a amostra de cabelo com ele, ele reportou que não era cabelo humano, eram pelos de aranha, e foi nesse momento que a minha ficha caiu; as vítimas estavam sem sangue, amarradas com fios de seda, e todas estavam penduradas em algum lugar. Realmente parecia obra de uma aranha, mas as suspeitas eram de um serial killer fanático por aranhas, e não uma grande aranha assassina. Uma aranha não poderia fazer um estrago desses. Talvez um experimento do governo? Não seria a primeira vez que algo assim acontece. Captei algo em minha visão periférica, era o cão de alhos azuis, ainda me encarando. Sai do beco e entrei em meu carro, pensei que talvez pudesse encontrar algo no próximo local.

Entrei no abatedouro abandonado, o local do quarto assassinato, o abatedouro já possuia um histórico ruim, um louco que costumava matar suas vítimas e come-las naquele local. Ele nunca foi capturado nem identificado, anos depois até fizeram um filme sobre isso. Às vezes algumas crianças se desafiam a entrar no abatedouro, ou alguns fanáticos invadem tentando encontrar fantasmas. O cheiro de mofo batia em meu rosto, me sufocando enquanto andava pela área onde o corpo foi encontrado. Segundo o relatório, a vítima estava pendurada no cano de metal, que naquele momento estava bem acima de mim, se o cano no tivesse quebrado, o corpo jamais seria encontrado. Não havia como alguém ter pendurado um corpo tão pesado naquela altura. Uma pessoa não poderia fazer algo assim sozinha. Isso parecia justificar a teoria da aranha gigante.

Ouvi algo se movendo. Sem uma arma no momento, resolvi usar um dos canos que estavam caídos no chão. Seria o assassino? O local era grande e perfeito como um esconderijo. Comecei a caminhar lentamente, e bastante atento a todos os movimentos ao meu redor. Encontrei algumas portas, estavam enferrujadas e travadas. Enquanto me virava para tentar encontra outras portas, algo me assustou, me fazendo pular para trás. Era apenas um cão, o mesmo que esteve me seguindo o dia todo, aquele pestinha assustador, como sempre, eu só conseguia ver a sua cabeça, o resto estava escondido no escuro. O cão parecia estar em um local mais alto, pensei que estivesse em algum andar acima de onde eu estava e que não consegui enxergar no escuro, talvez tivesse alguma escada por trás das portas enferrujadas que não consegui abrir. E se fosse isso mesmo, como o cão chegou lá?

O meu celular tocou, era o Jeff outra vez, ele me avisou que a garota tinha acordado e descrito o atacante, a policia não acreditou quando ela disse que o atacante não era humano, era uma criatura muito grande e que parecia uma aranha. Ela completou, dizendo que a criatura possuía um tipo de segunda cabeça no abdômen, uma cabeça que se assemelhava à de um cão, de orelhas baixas e olhos azuis...

Ouvi algo caindo atrás de mim, eu não conseguia me mover, não conseguia falar ou gritar, estava sem saída...

Naquele momento, percebi que o assassino já estava me observando o tempo todo...




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desculpem a demora galera, ficamos um pouco atolados com trabalho\estudos, mas agora as coisas já estão se normalizando!   :)

10/12/2014

SCP-2002




AVISO: ACESSO RESTRITO




Item #: SCP-2002

Classe do Objeto: Neutralizado (classificação Keter revogada em ██/██/20██)

Procedimentos Especiais de Contenção: A contenção do SCP-2002 é concentrada na disseminação coordenada de desinformações para todas as organizações ou indivíduos envolvidos com a descoberta, detecção, estudo e/ou discursão envolvendo objetos astronômicos (em movimento). Uma atenção especial deve ser posta na manipulação de algumas organizações, visando ofuscar a natureza do SCP-2002.

Imagens do SCP-2002 vazadas para o público devem se desmentidas, assim como digitalmente alteradas e rotuladas como obras de teorias conspiratórias. Para esse propósito, funcionários da fundação devem ser preparados para aparições na mídia e como consultores em qualquer projeto de pesquisa externa.

Para mais informações relacionadas às medidas de desinformações, por favor, verifiquem o documento SecInf/2002-D/DepDI:rev2.41. O uso de força bruta foi autorizado para impedir que qualquer informação relacionada ao SCP-2002 vaze ao público.

Todas as peças e restos dos tripulantes coletados do SCP-2002 devem ser armazenados no Local
        para futuras pesquisas sobre a origem do SCP-2002. Entrem em contato com o atual líder do projeto Dr. Aeslinger para mais informações sobre as pesquisas.

Rem/AESL1/20060217: Notem que apesar de neutralizado, os procedimentos de contenção do SCP-2002 devem permanecer efetivos por tempo indeterminado. 

Descrição: O SCP-2002 é um corpo celeste em rota de colisão com a terra. Após detecção, o setor astronômico da Fundação disponibilizou várias imagens indicando várias similaridades entre o design do SCP-2002 e o design do, ainda em desenvolvimento, [INFORMAÇÃO EXCLUIDA] naquele momento. Levando em consideração essas informações, e adicionando resultados de pesquisas dos destroços, o SCP-2002 foi classificado como uma possível anomalia do continuum espaço-tempo, mas foi considerado nativo para esta realidade. Sua neutralização impediu que os funcionários pudessem encontrar detalhes adicionais, porém, os exames dos destroços realçou as evidencias que sustentavam a teoria do SCP-2002 ser uma anomalia do continuum espaço-tempo.

O SCP – 2002 possuía um casco esférico com um diâmetro estimado de 450m. Acoplado ao casco principal haviam ~3000 pequenas esferas com aproximadamente 1,7 m de diâmetro. O SCP – 2002 não possuía qualquer dispositivo de propulsão visível ou sistemas externos de geração de energia, também não possuía compartimentos individuais como uma cabine de controle, área de armazenamento, ou qualquer outra cômodo.

Todas as tentativas de comunicação foram respondidos por transmissões automáticas do SCP-2002, em uma rádio frequência reservada exclusivamente para o trafego de informações da Fundação. Sinais enviados por instalações amadoras não receberam respostas do SCP-2002, sugerindo que o SCP talvez soubesse da origem do sinal. Vejam o Apêndice 2002-A-04 para a transcrição da resposta automática gerada pelo SCP-2002.

Em revisão, a mensagem transmitida pelo SCP-2002 parece implicar que o SCP possuía sistemas que facilitavam o retorno para a terra automaticamente. Independentemente disso, o SCP-2002 foi classificado como Keter devido aos efeitos potenciais que o SCP poderia causar ao cair na terra, sendo esta hipótese dada como falsa mais tarde. O SCP-2002 mantinha uma velocidade fixa de 12,5 km/s e era esperado reentrar na atmosfera em ██/██/20██. Foram projetados protocolos para lidar com um possível cenário Classe-K como resultado da queda do SCP-2002.

O SCP-2002 foi detectado pela primeira vez a uma distância de aproximadamente 15.8 au da terra em ██/██/19██, por sensores remotos nos satélites da fundação. Extrapolando e não assumindo alterações no curso do SCP-2002, ele deveria ter sido descoberto a pelo menos ██ antes. Isso sugere uma troca temporal acidental, assim como uma intervenção consciente por parte do SCP-2002 ou sua tripulação. O conteúdo da transmissão automática do SCP-2002 trás mais credibilidade para essa teoria.

Apêndice 2002-A-01: Trecho do relatório de neutralização 2002/D/NeutRpt-01:rev1.01 

No dia ██/██/19██, enquanto o SCP 2002 passava pela lua terrestre, um satélite não identificado equipado com um canhão laser altamente poderoso de diáxido de carbono, abriu fogo contra o SCP-2002, danificando seu casco principal e espalhando as pequenas esferas por uma grande área. Várias dessas esferas acabaram sendo destruídas pelo laser, enquanto outras ficaram à deriva no espaço. Uma certa quantidade dessas pequenas esferas continuaram seguindo em direção à terra. No dia ██/██/20██, essas esperas, junto com um grande pedaço do casco principal, entraram na atmosfera terrestre.

As investigações sobre o satélite não identificado e a destruição injustificada do SCP-2002 levaram á uma série de mensagem de e-mail codificadas e transmitidas por uma estação localizada no terminal de comunicação na Área 102. A decodificação dessas mensagens revelaram um vazamento de informações para o GOC, contendo fatos sobre o SCP-2002, embora em detalhes básicos. Nesse caso, o vazamento interno de falsas informações acabou misturado com algumas informações verdadeiras sobre o SCP-2002.

Uma investigação realizada pelo Mobile Task Force Beta-1 identificou o █████ ████████, um membro de Level 4 como sendo o responsável pelo vazamento das informações. O responsável em questão foi detido enquanto tentava deixar o local onde trabalhava, foi interrogado e consequentemente [INFORMAÇÃO EXCLUÍDA] geralmente utilizado em operações contrainteligência. Esforços para descobrir a verdadeira identidade do destinatário não obtiveram sucesso, porém, descobrimos que essa organização já possuía conhecimento sobre o SCP-2002 desde 19██, porém, tais conhecimentos consistiam apenas de detalhes básicos (veja abaixo). Presume-se que o vazamento de informações corretas, em adição à politica interna e externa de desinformação da Fundação à respeito do SCP-2002, levaram o GOC a tomar a decisão de neutralizar o SCP-2002.

Como resultado desse incidente, protocolos para a comunicação interna e externa sobre anormalidades foram revisados e atualizados, e a Operação Carbon foi iniciada, permanecendo efetiva por tempo indeterminado, enquanto um teste padrão de lealdade é desenvolvido para os atuais e futuros funcionários.

O satélite utilizado pela GOC foi sabotado e caiu em uma floresta Brasileira no dia ██/██/20██. Foi recuperado pela Fundação e permanece sob sua custódia, apesar dos inúmeros pedidos da GOC, para que o satélite fosse devolvido. Por favor, acesse o documento adicional 2002/C/DipInc-8:rev.1.12 para mais detalhes acerca das comunicações inter-organizacionais sobre o objeto.

Apêndice 2002-A-02: Documento capturado pela GOC sobre o SCP-2002 

KTE-0481

ID da Ameaça: KTE-0481-Typhon "Grande objeto desconhecido em rota de colisão com a terra”

Descrição: Um objeto astronômico não identificado em rota de colisão com a terra. Informações fornecidas pelo ██████ sugerem que a Fundação está monitorando o KTE (sobre designação SCP-2002) por razões desconhecidas, ainda não formulando qualquer plano de ação ou medidas para impedir o seu progresso.

O objeto é esférico, com um diâmetro estimado de 450 m 450 m (~1,476 ft), com múltiplas pequenas esferas acopladas à sua superfície. Não é possível saber se essas pequenas esferas são algum tipo de arma ou sistema de defesa. Nenhum sistema de propulsão é visível no objeto. Sistemas de geração de energia também parecem não existir.

O objeto não responde às tentativas de comunicação, apesar das mensagens de saudações serem enviadas em intervalos regulares pelas instalações da GOC e a USS███████████.

Os últimos cálculos informam o momento do impacto às ██:██ GMT, ██/██/20██. A previsão é de um cenário apocalíptico caso o KTE-0481 continue seu caminho sem interrupções.

Medidas: Caso o objeto atinja 0.00269 au da terra, a sua destruição é permitida para prevenir a extinção de toda a vida terrestre. O satélite Thor-AXII foi posto em estado de alerta permanente para essa medida. Protocolos foram postos em prática para garantir 100% de sucesso.

Apêndice 2002-A-03: Sumário do relatório de recuperação 2002/D/RecRpt-14:rev1.15 

No dia ██/██/20██, 37 minutos após a queda de uma grande parte do SCP-2002, membros do MTF Zeta-40 (equipe de limpeza) e vários guias locais se aproximaram dos destroços á aproximadamente 240 km de Riade (Capital da Arábia Saudita). Por vários dias, destroços e vários restos humanos (estimam-se compostos por 5 adultos masculinos, 21 adultos femininos, 142 recém nascidos masculinos, e 377 recém nascidos femininos) foram carregados em transportes da Fundação e levados para a Área-102. Testes de DNA revelaram certas semelhanças aos atuais membros da Fundação, incluindo vários membros do conselho O-5.

Apêndice 2002-A-04: Transcrição parcial da transmissão automática emitida pelo SCP-2002

Mensagem do sistema; 

Esta é a arca da Fundação, SCPS Mendel. Recebemos a sua transmissão. Devido aos protocolos de estase em efeito, nenhum membro encontra-se disponível para responder à sua mensagem no momento. Por favor, aguarde pela transmissão automática pré-gravada. 

Voz feminina; 

Aqui é a Dr. Agnes Younts, Líder do projeto SCP-█████. Se está recebendo esta mensagem, fico feliz em informar que essa missão foi desnecessária. Quando ocorreu a destruição causada pelo SCP-█████ em 21██, passamos um longo tempo tentando descobrir uma maneira de reverter seus efeitos. Tentamos descobrir se a realocação era a solução. Construímos uma estação espacial e, quando não deu certo, construímos um complexo lunar, mas a praga sempre nos seguia de alguma forma. Enfrentando uma taxa de 100% de esterilidade, descobrimos uma maneira de fertilizar embriões, assim eles não estariam sujeitos aos efeitos da praga. Bom, pelo menos enquanto os embriões permanecessem em estase. Nossos cálculos indicaram a dissipação dos efeitos da praga aproximadamente ███ anos desde o dia zero, então por fim, não nos sobraram muitas opções além de enviar para o espaço uma seleção desses embriões, junto com alguns funcionários. Os membros e a carga desta arca serão revividos e preparados para o retorno à terra. Eles já percorreram um longo caminho. 

Mensagem do sistema;

Nossa atual situação indica PERIGO; erro de deslocamento temporal detectado. Pedimos que limpem o Setor-521A para a nossa chegada¹.

Mensagem do sistema; 

Esta mensagem se repetirá em Mandarim. 

Depois da repetição em mandarim, a mensagem também foi repetida em espanhol, hindi e árabe antes do fim da transmissão.

Notas finais 

Nenhum Setor-521A existe como propriedade da Fundação. Porém, cálculos mostram que a sua suposta localização seria na [EDITADO]




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03/12/2014

O Ultimo Homem do Mundo

O último homem do mundo senta-se só em uma sala. Batem à porta.