25/02/2018

A Pior Pergunta de Todas

Existem dois tipos de mundo: O visível e o invisível. 

Me chamo Normani e nasci com o dom de escutar aquilo que as pessoas normais não podem, mas tento usar essa coisa que as pessoas chamam de dom para ajudar quem precisa. 

Moro sozinha numa pequena cidade chamada ‘Cold Mountains’ e geralmente ajudo em investigações policiais; no começo me achavam louca, porém, aos poucos fui ganhando reconhecimento, mas sempre trabalhando ‘’secretamente’’ já que se todas as pessoas soubessem sobre mim, minha vida não seria nada calma. 

Era uma tarde fria de abril, tinha acabado de chover quando recebi uma ligação do delegado que comunicou sobre o desaparecimento de Melanie, minha melhor amiga. Aquela foi a pior noticia que eu poderia receber, Melanie era a única pessoa com quem eu podia confiar e contar meus medos. As pessoas pensam que quem possuí o dom da mediunidade está livre de ter qualquer tipo de medo por ver tantas coisas fora do comum, na verdade estão todos errados. Somos perseguidos diariamente por espíritos vagantes que se recusam a deixar o plano terrestre, alguns demônios também surgem no meio do caminho. 

Semanas se passaram e as investigações não tomavam nenhum rumo, nenhuma pista surgia e meus dons também não ajudavam, aquilo me deixava tão frustrada que num certo dia comecei a gritar na sala do delegado pedindo para que  qualquer espirito pudesse me ajudar a encontrar Melanie. Naquele mesmo dia ao chegar em casa comecei a ouvir sussurros, algum espirito estava tentando contato, mas não podia entender nada, eram muitas vozes ao mesmo tempo. 

Lembro-me de ter me trancado no quarto e ligado o rádio no volume máximo para tentar não prestar atenção naquela confusão toda, mas as vozes estavam na minha cabeça e não dava para ignorar nenhuma delas; então comecei a chorar e pedi para que elas me deixassem em paz, mas elas continuavam ali. Peguei a caixa de remédios no meu guarda-roupa e tomei algumas pílulas, aos poucos fui ficando mais calma. 

Hoje faz dois anos que nenhuma pista da Melanie foi encontrada; já não me ligam mais para ajudar, eles acreditam que perdi o dom. Mas ouço vozes a todo instante, muitas almas me procuram para que eu diga aos policiais onde estão seus corpos, almas que desejam que suas famílias se despeçam de forma digna, como deve ser, mas como eu havia dito antes os demônios também surgem às vezes e alguns são mais fortes do que outros, me sinto fraca por ter sido manipulada por um há algum tempo atrás. 

De todas as vozes que escuto diariamente, a mais perturbadora e que gela a minha alma é a voz de Melanie, me perguntando por que eu a matei. 

(Autor: Andrey D. Menezes.) 

20 comentários:

  1. A questão dela ter sido manipulada por um demônio devia ter ficado um pouca explícita no começo da história quando ela pede ajuda a qualquer espírito, porque no final fica estranho ela ter ficado abalada com o sumiço da amiga se ela própria a matou

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    1. Na verdade ela negava isso para si mesma. O fato dela ter sido "fraca"e ter matado a própria amiga era algo que ela preferia direcionar e não enfrentar a realidade, porém nenhuma verdade se cala por mais que a gente tente ignorar de alguma forma.

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  2. Acho que fecharia melhor se não fosse descrito como uma grande surpresa o desaparecimento da amiga, mesmo que o que o "plotizinho" seja ela não ter se lembrado que a matou.

    Obs.: Não aguento mais esperar pela próxima parte da história de vox e Beau

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    1. Também, estou super ansiosa pela próxima parte de Vox e Rei Beau...

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  3. Não entendi muito bem perto do final...

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  4. O começo foi bom mas o final foi sem sentido.

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  5. Muito bom,continua assim :)
    Como disseram,devia ter ficado mais explícito no começo que ela estava sendo controlada,mas gostei bastante do final.

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Pô Andrey, já tem creepy americana demais aqui no CpBr
    Para de tentar "americanizar" tuas creepys e investe no enredo mais brasileiro
    Faz, sei lá, uma creepy sobre um traficante onde os espíritos dos devedor que ele matou, voltam e atormentam ele até ele se matar com um tiro no cu

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    1. Ou os espíritos que ele vê estão sempre chapados...

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    2. to lendo na escola e rindo sozinho q nem um autista, obg

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  8. Tu ainda tem esse lance de comecar razoavel e te perder no final acabando com tudo, mesmo assim..n desista! So te atenta melhor ao final..e tambem fuja um pouco do padrao ;D

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  9. Buguei no final, nao se esqueça que o leitor tem cair num final solido e nao num pudim.

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  10. Que bostas, vai achar outra coisa pra fazer ao invés de criar creepy ruim guri

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    1. Você deve escrever muito bem né? Vai você e sejanum escritor.

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  11. Twist meio meh pra proporção que a história tava tomando

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  12. 8,7/10 Tinha bem muito potencial, mas o último parágrafo ficou meio "ué", muito repentino. Esse dava pra alongar mais, colocando mais no início que ela não aceitava a miga morta, que ela se recusava a acreditar, que "isso nunca tinha/deveria ter acontecido", sascoisa. Mas tá bem legal

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  13. pq todo escritor de creepys br fica colocando nomes americanos? ;v

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