22/08/2017

O Perseguidor

As últimas e pálidas listras de luz desapareceram rapidamente atrás da extensão da cidade naquela noite. A rua, ainda úmida de uma chuva recente, brilhava fraca. As luzes da rua piscavam. E a rua ficava suspensa naquele momento intermitente entre o brilho e a escuridão.

Eu estava a caminho de casa depois de um difícil dia de trabalho, que me deixara exausto. Dei longos passos, minhas mãos fechadas em punhos se enfiaram fundo nos bolsos. Estavam geladas. Um frio que gelava minha espinha. Senti meu batimento cardíaco acelerar, minha respiração ficou mais rápida. Parei, fechei os olhos, e ouvi o som de um único passo atrás de mim. Então nada mais.

Alguém estava me seguindo.

Parei em uma rua vazia e virei a esquina, agora não havia dúvida. Eu certamente tinha um perseguidor. Não olhei para trás, apenas corri. Meus pés pisando forte no pavimento molhado. Nós corremos juntos, meu perseguidor e eu, uma dança maníaca e de alto risco. Através das ruas laterais, das traseiras e das latas de lixo. Finalmente chegamos à minha rua, pulei por cima da cerca, atravessando o quintal e corri para minha porta, uma briga insana com as minhas chaves. Eu sabia, se pudesse chegar ao porão antes de ser pego, estaria a salvo.

Corri para o meu porão, empurrei-o para abrir, depois desci as escadas, pulando as duas últimas etapas antes de me esconder nas sombras.

Meu perseguidor desacelerou enquanto descia os degraus do meu porão, cada pé caía descendo-o mais na escuridão sombria. Um fraco raio de luz brilhando pelas escadas do porão permitiu que eu visse a mão do meu perseguidor tateando o caminho ao longo da parede do porão frio, procurando um interruptor de luz. Ouvi cada respiração dele, irregular, pesada e molhada.

À medida que sua mão se encontrou com o interruptor da luz, ele rapidamente o acendeu.

Assisti enquanto o homem do uniforme azul estava congelado de terror quando seu olhar varreu a sala. Das paredes manchadas de sangue até o congelador sangrento no canto com o que restava do meu jantar anterior na mesa cirúrgica.

Ele não me escutou rastejando atrás dele, mas ele deve ter sentido minha respiração pesada enquanto esvaziava uma seringa cheia em seu pescoço. "Bem, oficial", eu sussurrei na orelha do policial enquanto seu corpo enfraquecia. "Parece que você solucionou este caso".


Esse conto foi traduzido exclusivamente para o site Creepypasta Brasil. Se você vê-lo em outro site do gênero e sem créditos ou fonte, nos avise! Obrigada! Se gostou, comente, só assim saberemos se você está gostando dos contos e/ou séries que estamos postando. A qualidade do nosso blog depende muito da sua opinião! 

17 comentários:

  1. Já que é pra botar bota deixa assim 10/10

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  2. 8/10
    Não senti um impacto no final apesar de ter me surpreendido

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  3. Surpreendente!
    Grande reviravolta no final!
    10/10

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