15/10/2017

Minhas Vacas

O comércio do Saara, terras áridas onde homens relativamente livres tocam seu negócio relativamente legal. Depois de um dia difícil de trabalho no meio da multidão, Russo sai um pouco do pardieiro que é o local de vendas, ele é um vendedor de animais, exclusivamente de vacas, as trata bem e tem uma certa fama pela qualidade do seu produto.

Chegando a tarde, é hora de ir para casa, mas antes uma passada no bar, porque ninguém é de ferro. O lugar era uma típica espelunca do deserto, mas tinha música ambiente, uma bela vaca adestrada dançava num poste ao centro e o dono tinha um segurança com 2,65m, parecia um touro, que não deixava as discussões chegarem a um nível muito alto. Russo se senta e pede uma raiz forte. Enquanto espera, vê seu amigo Chang, um muambeiro de primeira, consegue produtos mais valiosos que comida pra um esfomeado e tem a manha pra não ser pego pelos guardas.

Chang. "Meu avô dizia que esses lugares já serviram suco de cevada da melhor qualidade... Ei! Traz uma raiz aqui também."

O atendente voltava em pouco tempo e colocava na mesa dois copos de leite com uma raiz marrom dentro, Chang quebrava a raiz, molhava um pouco no copo e começava a comer, parecia meio irritado.

Russo. "Dia difícil?"

Chang. "Difícil pacas, duas das minhas fontes acabaram morrendo na fronteira, espero que tenham morrido rápido e não aberto a boca pra falar meu nome."

Russo. "Já disse tovarisch, quando quiser é só vir comigo, trabalhar pra mim é muito melhor do que passar os dias subornando guardas."

Chang. "Não Russo, eu tô quase conseguindo, mais um pouco de grana e eu consigo me mandar daqui, ir... sei lá, pra América do Sul... bem ao Sul... eu só não quero continuar aqui nesse buraco."

A conversa durava com as reclamações de Chang, eram até comuns, mas naquela noite, ele comeu tanta raiz, que Russo teve de levá-lo para casa ou ele acabaria com o rabo preso pela manhã naquele lugar... em sentidos bem desagradáveis. Então Russo o colocou no jipe e foi dirigindo até sua casa, onde dormiria até de manhã, ele devia muito ao Chang, foi o único que lhe deu emprego quando foi jogado ainda criança no deserto, todo esfarrapado, ele trabalhou para o chinês até os 12, quando teve condições de montar seu próprio negócio por ali mesmo, mas agora Chang não andava muito bem nas finanças, passou a investir tudo em um jeito de sair do deserto.

Chang. "... consegui um cara sabe? É um humano..."

Russo. "Você está completamente adormecido, mas não custa dizer, lhe avisei, pare de vender humanos, ainda mais sem autorização. Ia atrair olhares uma hora ou outra, talvez tenha sido por isso que pegaram suas fontes lá na fronteira, vai ver já estão atrás de você."

Chang. "Não, esse vale a pena, ele é valioso, é velho, mas é valioso."

Russo. "Para que alguém iria querer um escravo velho?"

Chang. "Não um escravo amigo, um objeto de estudo, eu analisei esse cara, ele é quente, eu vi, Russo, ele tem DNA cem por cento humano e acho que ele fala inglês."

Russo. "Que? O que é inglês?"

Chang. "Faz tempo, eu consegui umas peças de avião, tinha caído um lá pelo Golfo e eu consegui uma pechincha nele, tinha coisa que não valia nada, tudo queimado, mas então eu encontrei um livro numa maleta, ele dizia o seguinte: que até em mil e quinhentos, na época das descobertas, quando Himmler descobriu as américas, vários países europeus falavam o inglês, mas com a ascensão de Himmler, essa língua foi sendo esquecida ao longo dos anos, pelo menos é o que o autor do livro teoriza. Daí eu passei a procurar mais coisas, e posso dizer amigo... eu encontrei, eu encontrei tudo e esse sujeito é a cereja no bolo, é ele quem vai me tirar daqui e...."

Antes que Chang terminasse, Russo ouve um tiro vindo do nada, acertava o chinês em cheio pelo lado, Russo era um homem parrudo, mas nesse momento ele sentia um frio no estômago, por um segundo apenas dava pra constatar que não eram ladrões, pela história de Chang, eram os guardas, haviam achado seu amigo, achado ele e o que Russo mais se preocupava, suas vacas.

Chang. "O velho tá no meu galpão, naquele lugar... pega ele, vende pra resistência e sai daqui... eu sei que você consegue... "

O chinês morria no veículo em movimento, Russo fazia uma manobra rápida e pulava enquanto uma cortina de areia era levantada com aquele movimento todo, podia-se ouvir o tiros em direção ao jipe até acertar o tanque de combustível e explodir.

Guarda. "Pegamos, vamos verificar o corpo."

Escondido em meio à e=escuridão e na areia, Russo ouvia os passos chegando, as vozes do guarda e a voz metálica vinda de um fone, falando algo quanto a terem terminado o serviço no rancho. Nesse momento, o sangue de Russo parece subir para a cabeça, ele sai da sua segurança e para sua sorte e surpresa do guarda, consegue correr rápido e sorrateiro o suficiente para estrangular seu agressor num mata-leão, ainda escapando de um último tiro o guarda. Foi até fácil, não era a primeira vez que Russo tinha matado alguém, a vida no deserto era difícil. O corpo do guarda caía no chão.

Russo. "Essa é pelo Chang, seu rato fedorento."

Com o jipe destruído, Russo, pega a roupa e a arma do agressor e vai correndo pelo deserto, à pé, todo o resto do caminho, o guarda devia ter chegado lá em algum veículo, mas ele nem pensava nisso, ele só queria correr até o único rancho que havia naquela região, o dele. Já era tarde, de longe ele via o celeiro pegando fogo, mesmo assim ele ainda queria entrar, abria o portão e entrava na casa, sua mulher e filhos estavam lá, a casa estava intacta e por um momento ele teve esperanças, mas percebeu que se o único local queimado foi o celeiro... ele corre para lá e confirma, estavam todos lá: a família que construiu, a vacas, os funcionários e tudo mais comido pelo fogo. Ele então pega a mulher nos braços, ergue com dificuldade o corpo de 2,45m no colo e vai para fora fazer um enterro digno.

Russo. "Desculpa Chang, mas eu não vou embora, não importa quem seja, eu vou ficar e me vingar, ninguém mexe com minhas vacas!"

Autor: Enoc Fragata

30 comentários:

  1. Caraí, eu achando que ia ser sério e vem essa trolagem. Eu tô morrendo de rir 😂😂😂

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  2. Respostas
    1. Nem isso. Dou meio ponto pela paciência que o autor deve ter cedido só para construir todo esse nonsense ruim. Da próxima vez que ver o marcador Creepypasta dos fãs, ficarei atento.

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  3. não achei que poderia ser tão ruim.

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  4. eh tudo vaca nessa história? procurando o sentido

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Pergunta que me fiz depois de ler: O que diabos foi isso???
    Se a intenção do autor foi criar uma trollpasta, tem que comer muito arroz com feijão ainda... Desculpa pegar pesado, mas não tem NADA de creepy, troll ou mindfuck nessa história. 7 minutos perdidos com sucesso.

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  7. De cara esperava algo estilo o Livro de Eli ou o último Mad Max, ou algo estilo Mos Esley, aí me vem essa arruma de bosta de final... PQP

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  8. Eles eram aliens? Entendi nd kkkk a pior q eu ja li -10/10

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  9. Então as vacas eram na verdade as mulheres? E ele as vendia como animais?

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  10. No terceiro parágrafo já dá a entender que eles são mutantes (mistura de vaca e humanos), o autor ainda deixa mais claro qnd conta a história do cara 100% humano.

    Como Creepypasta não sei como avaliar pq parece q a história está inacabada, mas o fato dele ser um traficante de pessoas já fez eu não ir muito com a cara do protagonista

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  11. Bosta igual maioria q tão postando ultimamente

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  12. Cara...cadê o autor dessa creppy, pra explicar o sentido dela? Não entendi quase nada...e que final mais louco é esse? A mulher dele era vaca também?

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  13. Como isso foi aprovado pra ser postado aqui?

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  14. 🐄🐄🐄🐄🐄🐄🐄🐄🐄🐄🐄🐄🐮🐮🐮🐮🐮🐮🐮🐮🐮🐄🐮🐄🐮🐮🐄🐮🐄🐮🐄🐮🐄🐮🐄🐮🐄🐮🐄🐮🐄🐮🐄🐮🐄🐮🐮🐮🐮🐄🐄🐮🐄🐮🐄🐮🐄🐮🐄🐮🐮🐄🐮🐮🐮🐄🐮🐄🐮🐄🐮🐄🐮🐄🐮🐄🐮🐮🐄🐮🐄🐮🐄🐮🐃🐄🐮🐄🐮🐄🐮🐄🐮🐄🐮🐮E o querer?

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  15. Este comentário foi removido pelo autor.

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  16. Heinrich Himmler - chefe da SS nazista, como Adolf Hitler e Hermann Göring eram obssecados pelo ocultismo e pelo passado ancestral dos "arianos" dentre todas as experiencias que eles fizeram uma delas foi tentar trazer uma especie ancestral de touro chamada Auroch, que com seleção genetica eles conseguiram e até onde eu sei existem até hoje.... pelo que entendi da creepy essa historia se passa em uma realidade na qual os nazistas ganharam, modificaram a historia, continuaram as experiencias e essa especie acabou evoluindo e dominando a humanidade.... desculpem meu portugues pifio kkkk estou muito longe da sobriedade... mais não tão chapado quanto quem pensou nessa creepy aiusuauauaua

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  17. Reli isso de novo mas ainda não cheguei a uma conclusão clara... primeiro pensei que eram bois e vacas vivendo como nós e tals e os humanos que são os escravos e vendidos e tals, mas sei lá pode ser uma mutação de vacas e humanos... resumindo não entendi porra nenhuma!!

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  18. Este comentário foi removido pelo autor.

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  19. primeiro a casa tá intacta com a família dele lá dentro e depois a família tá morta no celeiro? kkk

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