02/09/2013

12º andar

Morar no décimo Segundo andar não é tão ruim, a vista sobre a cidade agitada é agradável de observar. O único problema são os elevadores. Eu tenho labirintite entende? E a pressão da descida rápida me da tontura. Mas isso passa, então é um sacrifício barato. Estou esperando que o elevador chegue ao meu andar; sempre demora um pouco. Depois de um tempo, fico impaciente e começo a remexer o bolso. Enquanto tento encontrar as chaves em meu bolso percebo que um dos elevadores já havia chegado, as portas já estavam abertas. Não ouvi o som do indicador do andar, nem ouvi as portas abrirem. Deixo isso pra lá e entro. Eu deveria ter saído do elevador e pego as escadas.

O ar dentro do elevador estava denso, quente e pegajoso. Um leve cheiro de cebola entra por minhas narinas, talvez de algum cara fedorento que esteve neste elevador. Outra vez percebo que as portas tinham se movido sem que eu percebesse, assim como o calor da luz natural que agora já tinha desparecido. O elevador pula por alguns segundos antes de descer, os rangidos das paredes e do cabo fazem meus nervos saltarem. A pressão em meu cérebro começa a se formar, porém dessa vez ela logo se transforma em uma terrível dor de cabeça, martelando em minhas têmporas.

O painel de andar ainda indicava 12. Como era possível? O elevador só podia estar quebrado, e de repente temo que possa cair. A viagem estava demorando mais do que o esperado, eu já estava bastante ansioso para sair dessa coisa, e ele continuava barulhento enquanto descia mais e mais. As luzes piscam e se apagam, me deixando na completa escuridão. O ar começa a ficar notavelmente pesado, e o cheiro de fruta podre enche o meu nariz e a minha boca. Era demais para suportar. Começo a tossir e engasgar. Eu preciso sair daqui.

Começo a bater nas paredes, grito por ajuda, e nada. Sem respostas; era como se a grande caixa de metal tivesse me levado para outro lugar. De repente o elevador balança, dá um solavanco e para, o som dos freios ecoando pela superfície metálica. O painel mostrava um brilhante e vermelho “G”, a única luz que eu podia ver. O quanto demorou? Não importa, pelo menos já posso sair. As portas estremecem e abrem.

Não há uma única luz acessa no que parece o saguão, mas posso perceber alguma coisa molhada cobrindo as paredes: um fungo esponjoso e vermelho. Não há pessoas a vista, apenas alguns itens descartados como roupas, sacolas e alimentos. Atravesso lentamente o saguão escuro, um passo de cada vez.

Posso distinguir um grande buraco no centro da sala. Desse grande buraco que mais parece uma garganta vem um forte som de alguma coisa... respirando? Ouço o barulho de algo caindo atrás de mim. Viro em tempo de ver uma caneca rolando em uma mesa, e o que parecia um pé pálido desaparecendo em uma porta. Batidas ecoam ao meu redor.

Não sei onde estou, mas sei que não estou sozinho...

23 comentários:

  1. Acho que poderia desenvolver muito bem em uma história maior e bem envolvente, acabou no começo do suspense....

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  2. Tipo, a hora que tava ficando boa (um pé pálido desaparecendo em uma porta.), vai lá e acaba '-' Refaz isso aí cara, e deixa ela maior e.e

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  3. Quando estava ficando bom acaba :( . Espero que tenha uma continuação

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  4. ele foi para o andar numero 13 invés de descer.

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. lembro o episodio 5 de yami shibai e putz filho como assim termina na melhor parte, continua isso ai ¬¬'

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  7. O final deixou muito a desejar

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  8. Fungo vermelho e esponjoso... The Last of Us? Cordyceps? Alguém?

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  9. Parece que um gigante engoliu ele AHEUSEHU parei
    Da pra melhorar isso ai em!

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  10. Ele ta dentro de um gigante e o buraco é o cu do gigante e o pé frio é....... A sei lá uma lombriga gigante!u.u

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