05/11/2017

Creepypasta dos Fãs: Pequena Gatinha

Em toda a minha vida simplória na cidade, eu nunca entrei em uma depressão tão forte e profunda a qual eu estou agora.

Já passei por muitas e muitas coisas. Amigos sempre diziam que ' na minha vida passada eu tinha sido uma bruxa' pois eu sempre tive o maravilhoso dom de atrair o azar para meu corpo.
Já vi entes queridos morrerem em minha frente.

Já vi meu pai bater em minha mãe.

Meu irmão caindo da estrada depois de uma longa noite no bar que tem próximo a minha antiga casa
Já vi o sobrenatural bem perto de mim.

Já passei por coisas inimaginaveis que se eu contasse para qualquer um, não acreditariam em uma palavra sequer.

Mas depois de tudo isso, depois de marchar estoicamente sobre toda essa chuva de desgraça infinita que era o decorrer de minha vida, eu não aguentava mais. 

Minha depressão era algo como silencioso e quase imperceptível aos olhos das pessoas. Apenas eu a sentia lá, parada, me consumindo cada vez mais. 

Algumas donas falavam para mim buscar a Deus...Eu nunca ouvi tanta babaquice em toda minha vida. Buscar a Deus nunca melhoraria meu estado atual, seria a mesma coisa que curar câncer lendo palavras vazias de um livro de ficção - Isso pode soar bastante polêmico sim, mas fazer o que. É o que eu acredito.

Meu estado de espírito era catastrófico, mas eu nunca colocaria um ponto final. Nunca daria esse gostinho para o que quer que seja que me observa lá de cima - ou lá de baixo - ou até mesmo aqui da terra, em outro plano. 

Mesmo com todos esses pensamentos horríveis, eu tinha minhas poucas fontes de felicidade. Ficar em um local quieto e rodeado de natureza era a maior delas. A que superava tudo eram os felinos...Aah, gatos, criaturas maravilhosas. Presente que os deuses deram para os seres humanos apreciarem e degustarem, MAS, nunca deixando ser domado. Os felinos não são como os cães. São almas indomáveis e independentes. Ele não irá lhe receber com a cauda abanando segurando uma pequena bolinha entre suas mandíbulas. Ele nunca irá lhe obedecer os comandos, não sentára se mandar, não deitará e muito menos rolará. 

Mas ele irá demonstrar seu amor nos pequenos gestos. Cabeçadas, piscadelas e lambidas afetuosas. Mostrar sua barriga rosada e ronronar para você, isso são atos simples e pequenos mas que para os gatos, são como palavras de ' eu te amo'. Não é qualquer pessoa que terá o prazer de sentir seu gato dando-lhe cabeçadinhas, ou afofando-lhe as pernas antes de deitar ali. 

Gatos são, de fato e sem dúvida alguma, criaturas maravilhosas que apenas os sábios poderão entender sua lógica e seu modo curioso e inteligente de ser.

Eu tinha três gatos. Meu amado Sebastian, um gato enorme e branco com seus belos e brilhantes olhos azuis. Meu querido e esperto Ciel, um gato negro e magro com seus olhos verdes reluzentes como duas esmeraldas...E ah, minha pequenina Arya. 

A pequena Arya era uma gatinha preta e branca, uma bela combinação dos outros dois felinos da casa. Um olho azul, outro verde. Era minuscula, cabia dentro de uma meia infantil e mais parecia um roedorzinho - rato - do que um gatinho bebê, mas ela era a minha querida e doce Arya, minha caçula.
O inverno da minha cidade é impetuoso. Até nos dias de sol faz frio, e raramente o ar irá fica seco e quente. 

Infelizmente, gatos frágeis como minha pequena e doce Arya não aguentariam tal tempo. Sebastian e Ciel são gatos fortes e grandes, com uma imunidade altíssima, eles sim passariam esses tempos muito bem, enrolados um no outro para esquentar.

Aah mas a minha pequena e frágil Arya. Ela nunca conseguiria passar o inverno sem muita fonte de calor. Os outros gatos mais velhos a esquentavam durante a noite, mas ela preferia se esgueirar nas sombras, escalar os pesados cobertores que pendiam em minha cama, e se enrolar em meu peito.
Mesmo com todos meus cuidados, a fragilidade de Arya tomou-a por completo. Teve uma rinotraqueíte fortíssima, e essa maldita doença levou minha pequena e doce Arya embora.
Aquilo foi demais para mim. Ver a minha pequenina, a minha doce, gentil e delicada Arya partindo em meus braços, com seus olhos mucosos e mesmo assim brilhantes perdendo o brilho e a cor...Aquilo foi demais para meu corpo suportar. Foi aí, que minha depressão apenas piorou.
Pessoas iriam me julgar por ficar nesse estado por causa de um animal, mas não era um qualquer animal. Arya e eu tinhamos um laço fortíssimo. Eu salvei sua vida de uma enchente, a pequenina não tinha nem três meses de vida ainda, era miúda de porte pequeno, não iria crescer muito. Era extremamente frágil e adoecia com facilidade, estava óbvio que não sobreviveria por muito tempo.
Mas eu depositei minha confiança e meu amor nela, eu acreditei e por longos dois meses e dezessete dias a pequena suportou junto a mim e seus irmãos adotivos. 

Ela apareceu em minha vida, alegrou tanto, trouxe o calor que faltava em minha alma...E então foi. Partiu. Partiu sem olhar para trás e sem se despedir de mim, isso me enchia tanto de tristeza, enchia-me tanto de pesar....

E mais uma noite fria e silenciosa se passava. Meu corpo não passava de um monte que subia e descia na escuridão. Nada mais fazia sentido ali. Eu não dormia, apenas meditava no escuro, suspirava e imaginava, refletia o quão sem sentido era minha existência ali. Se eu partisse ou ficasse, não faria diferença alguma. Já não pertencia mais a minha família, mas que família? Eles me abandonaram, eu estou sozinho para sempre. Apenas eu, e meus dois felinos de cores diferentes semelhantes ao yin yang.

Ciel e Sebastian eram meus dois filhos, mas estavam adultos e não necessitavam de meus cuidados. Eles cuidavam um do outro, e já não precisavam tanto de meu amor. Eles sempre se esfregavam em mim quando eu andava pelo corredor, sempre ronronavam quando me viam, e sempre soltavam miados gentis ao pousar minha palma aberta em suas cabeças, afagando-os suavemente. Se eu fosse, teria que abandona-los, eu não iria fazer isso - mesmo com toda a independência desses felinos.-
E então, dei-me conta que estava de madrugada. Eu não enxergava mais nada no escuro, ouvia apenas minha respiração. Não queria aguentar mais outro dia, e outro, e outro..Não queria dormir. Queria ficar na escuridão, para sempre. Mesmo com Ciel e Sebastian lá em baixo, eu não queria mais.

E foi aí que eu senti. Algo estava se movendo em meu pesado cobertor, algo o puxava e se pendurava nele. '' Sebastian está dormindo com Ciel, e mesmo se fosse um deles, em um pulo conseguiriam alcançar aqui em cima...'' 

Pensei na probabilidade de ser um rato. Os ratos aqui não são tão comuns já que tenho dois caçadores natos em casa, mas uma vez ou outra, algum roedor do esgoto aparecia aqui para dar suas saudações.
Senti um pequeno peso na cama, que subia e se aproximava cada vez mais de meu rosto.
As pequenas patas então, se sustentaram em meu ombro. Ouvi uma vibração que eu jamais poderia esquecer: Era um ronronar que, era suave, mas ao mesmo tempo alto e potente.
Senti um par de patinhas afofando meu ombro, enquanto um focinho morno se enfiava em meu pijama para absorver o cheiro doce. 

Eu reconheci aqueles movimentos. Essa sequência de atos era uma rotina noturna que apenas um felino fazia para mim: Minha doce e pequena Arya!

Ah, eu já não conseguia mais me mover. Minha Arya tinha partido já fazia quase uma semana! Eu a enterrei em meu quintal, as rosas brancas e vermelhas ainda estavam lá, em cima de seu pequeno e fúnebre túmulo! Não podia ser verdade, em momento algum, aquilo só podia ser um sonho vívivo demais.

Não, eu não estava sonhando. Belisquei-me várias e várias vezes, me arranhei e até mesmo me mordi com força, eu não estava sonhando. 

O ronronar apenas continuava, era a única coisa que se podia ouvir naquele quarto. O ronronar, e minha respiração que acelerava a cada movimento que o pequeno felino fazia ao meu lado. Eu tentei ver melhor, tentei distinguir os contornos na escuridão, mas como disse, estava tudo muito escuro. Eu não conseguia ver mais nada, apenas um pequeno e quase invísivel contorno ao meu lado que se mexia.

E se fosse realmente Arya? Aquele pensamento me fez ficar feliz. Virei minha cabeça para o lado, e relei meu nariz gelado na lateral do corpo da pequena gata, que agora apenas ronronava com mais intensidade. 

Para minha enorme surpresa, ao encostar naquele corpo quente, eu comecei a sentir-me alegre. Uma alegria imensa tomou conta de meu ser, eu não conseguia distinguir mais nada! Tudo que era triste, todos os pensamentos ruins e maldosos simplesmente sumiram da minha cabeça, eu já não podia mais sentir tristeza, só alegria e excitação, e alegria e muita alegria. Senti as lágrimas rolarem pelos meus olhos. Não eram de tirsteza, eram lágrimas que transbordavam felicidade repentina, apenas de eu tocar o pequeno corpo da gatinha. 

Eu sorri, um sorriso sincero, um sorriso que eu não sorria já fazia dias. Sequei as lágrimas que ainda transbordavam de meu rosto, e finalmente consegui adormecer em paz. Sentindo aquelas almofadinhas afofando meu ombro, aquele ronronar que as vezes cessava para dar lugar a um miadinho baixo e rouco que apenas Arya conseguia dar para me deixar tranquilo. Aquilo conseguiu fazer eu pegar no sono, um sono calmo com sonhos felizes que eu já não tinha a tempos. Minha doce e pequena Arya, minha gentil e amorosa cria voltou para se despedir. Ela não se esqueceu afinal. Eu podia sentir a gratidão da gatinha, podia sentir o calor dela. Eu quase podia ouvi-la dizer em meu ouvido:

'' Obrigada.''

Ela retornou trazendo felicidade para mim, ela não podia me ver daquela forma, não podia ver o seu salvador tão triste e deprimido, desistindo tão facilmente de viver. Ela agiu rápido, e agora, ela finalmente descansaria em paz. Um merecido descanso depois de ter que aguentar - nem - tanto tempo nesse planeta imundo de pessoas hipócritas.

Na manhã seguinte, me senti revigorado. Já estava feliz novamente, enxergava tudo de um modo sútil, diferente e belo. Conseguia ver beleza nas coisas. 

Desci de meu quarto para a sala, sorri ao ver o belo dia que se fazia lá fora, naquela maravilhosa manhâ de inverno, o sol não aparecia muito, mas todo o ar melancólico e triste tinha sumido. Aquilo era um dia lindo e maravilhoso e muito bom. 

Abracei meus gatos, Sebastian de início me estranhou, mas logo pude ouvir seu ronronar. Ciel esfregou sua cabeça em minha bochecha, e logo depois foi comer sua ração fresca que tinha acabado de colocar para ele. 

E então, me lembrei de minha doce Arya. Fui até um pequeno criado mudo que tinha no canto da sala. Em cima do suporte de vidro, um belo vaso azul-turquesa com flores delicadas e formosas que eu mesmo tinha colocado, e que trocava toda semana com flores de meu jardim. Ao lado do vaso, um pequeno quadro onde estava a imagem de minha pequena princesa Arya. Ao lado, estava escrito '' Minha eterna princesa, minha doce e frágil Arya'', e ao lado, sua coleira azulada que combinava com o vaso. Em um movimento emocionado, peguei a coleira e a apertei contra o peito. As lágrimas rolavam novamente em meus olhos, mas não eram lágrimas de tristeza. 

Em meio a isso, um sussurro escapou de meus lábios, que ecoou pela casa até o vento o levar embora.

'' Obrigado. ''

~~~~ Apenas uma pequena atualização. ~~~~

Nessa semana, o meu belo dia frio de inverno foi cortado por um miado rouco do lado de fora. Quando abri minha porta, notei em uma caixa que tinha o melhor conteúdo que já vi em toda minha vida.

Uma pequena gatinha, com a pelagem fina e rala. Coloração de branco e preto. Não era como Arya, Arya tinha a pelagem preta e branca - Para os leigos, tem sim uma grande diferença.- seus olhos eram de uma cor verde amarelado, mas ao me ver, soltou um fino miado acompanhado de um ronronar suave, porém alto e potente.

Eu a chamei de Princesa.

Minha doce e gentil princesa, eu sei muito bem quem lhe enviou. Em toda a minha vida simplória na cidade, eu nunca entrei em uma depressão tão forte e profunda a qual eu estou agora.
Já passei por muitas e muitas coisas. Amigos sempre diziam que ' na minha vida passada eu tinha sido uma bruxa' pois eu sempre tive o maravilhoso dom de atrair o azar para meu corpo.
Já vi entes queridos morrerem em minha frente
Já vi meu pai bater em minha mãe
Meu irmão caindo da estrada depois de uma longa noite no bar que tem próximo a minha antiga casa
Já vi o sobrenatural bem perto de mim.

Já passei por coisas inimagináveis que se eu contasse para qualquer um, não acreditariam em uma palavra sequer.

Mas depois de tudo isso, depois de marchar estoicamente sobre toda essa chuva de desgraça infinita que era o decorrer de minha vida, eu não aguentava mais. 

Minha depressão era algo como silencioso e quase imperceptível aos olhos das pessoas. Apenas eu a sentia lá, parada, me consumindo cada vez mais. 

Algumas donas falavam para mim buscar a Deus...Eu nunca ouvi tanta babaquice em toda minha vida. Buscar a Deus nunca melhoraria meu estado atual, seria a mesma coisa que curar câncer lendo palavras vazias de um livro de ficção - Isso pode soar bastante polêmico sim, mas fazer o que. É o que eu acredito.

Meu estado de espírito era catastrófico, mas eu nunca colocaria um ponto final. Nunca daria esse gostinho para o que quer que seja que me observa lá de cima - ou lá de baixo - ou até mesmo aqui da terra, em outro plano. 

Mesmo com todos esses pensamentos horríveis, eu tinha minhas poucas fontes de felicidade. Ficar em um local quieto e rodeado de natureza era a maior delas. A que superava tudo eram os felinos...Aah, gatos, criaturas maravilhosas. Presente que os deuses deram para os seres humanos apreciarem e degustarem, MAS, nunca deixando ser domado. Os felinos não são como os cães. São almas indomáveis e independentes. Ele não irá lhe receber com a cauda abanando segurando uma pequena bolinha entre suas mandíbulas. Ele nunca irá lhe obedecer os comandos, não sentára se mandar, não deitará e muito menos rolará. 

Mas ele irá demonstrar seu amor nos pequenos gestos. Cabeçadas, piscadelas e lambidas afetuosas. Mostrar sua barriga rosada e ronronar para você, isso são atos simples e pequenos mas que para os gatos, são como palavras de ' eu te amo'. Não é qualquer pessoa que terá o prazer de sentir seu gato dando-lhe cabeçadinhas, ou afofando-lhe as pernas antes de deitar ali. 

Gatos são, de fato e sem dúvida alguma, criaturas maravilhosas que apenas os sábios poderão entender sua lógica e seu modo curioso e inteligente de ser.

Eu tinha três gatos. Meu amado Sebastian, um gato enorme e branco com seus belos e brilhantes olhos azuis. Meu querido e esperto Ciel, um gato negro e magro com seus olhos verdes reluzentes como duas esmeraldas...E ah, minha pequenina Arya. 

A pequena Arya era uma gatinha preta e branca, uma bela combinação dos outros dois felinos da casa. Um olho azul, outro verde. Era minuscula, cabia dentro de uma meia infantil e mais parecia um roedorzinho - rato - do que um gatinho bebê, mas ela era a minha querida e doce Arya, minha caçula.
O inverno da minha cidade é impetuoso. Até nos dias de sol faz frio, e raramente o ar irá fica seco e quente. 

Infelizmente, gatos frágeis como minha pequena e doce Arya não aguentariam tal tempo. Sebastian e Ciel são gatos fortes e grandes, com uma imunidade altíssima, eles sim passariam esses tempos muito bem, enrolados um no outro para esquentar.

Aah mas a minha pequena e frágil Arya. Ela nunca conseguiria passar o inverno sem muita fonte de calor. Os outros gatos mais velhos a esquentavam durante a noite, mas ela preferia se esgueirar nas sombras, escalar os pesados cobertores que pendiam em minha cama, e se enrolar em meu peito.
Mesmo com todos meus cuidados, a fragilidade de Arya tomou-a por completo. Teve uma rinotraqueíte fortíssima, e essa maldita doença levou minha pequena e doce Arya embora.
Aquilo foi demais para mim. Ver a minha pequenina, a minha doce, gentil e delicada Arya partindo em meus braços, com seus olhos mucosos e mesmo assim brilhantes perdendo o brilho e a cor...Aquilo foi demais para meu corpo suportar. Foi aí, que minha depressão apenas piorou.
Pessoas iriam me julgar por ficar nesse estado por causa de um animal, mas não era um qualquer animal. Arya e eu tinhamos um laço fortíssimo. Eu salvei sua vida de uma enchente, a pequenina não tinha nem três meses de vida ainda, era miúda de porte pequeno, não iria crescer muito. Era extremamente frágil e adoecia com facilidade, estava óbvio que não sobreviveria por muito tempo.
Mas eu depositei minha confiança e meu amor nela, eu acreditei e por longos dois meses e dezessete dias a pequena suportou junto a mim e seus irmãos adotivos. 

Ela apareceu em minha vida, alegrou tanto, trouxe o calor que faltava em minha alma...E então foi. Partiu. Partiu sem olhar para trás e sem se despedir de mim, isso me enchia tanto de tristeza, enchia-me tanto de pesar....

E mais uma noite fria e silenciosa se passava. Meu corpo não passava de um monte que subia e descia na escuridão. Nada mais fazia sentido ali. Eu não dormia, apenas meditava no escuro, suspirava e imaginava, refletia o quão sem sentido era minha existência ali. Se eu partisse ou ficasse, não faria diferença alguma. Já não pertencia mais a minha família, mas que família? Eles me abandonaram, eu estou sozinho para sempre. Apenas eu, e meus dois felinos de cores diferentes semelhantes ao yin yang. 

Ciel e Sebastian eram meus dois filhos, mas estavam adultos e não necessitavam de meus cuidados. Eles cuidavam um do outro, e já não precisavam tanto de meu amor. Eles sempre se esfregavam em mim quando eu andava pelo corredor, sempre ronronavam quando me viam, e sempre soltavam miados gentis ao pousar minha palma aberta em suas cabeças, afagando-os suavemente. Se eu fosse, teria que abandona-los, eu não iria fazer isso - mesmo com toda a independência desses felinos.-
E então, dei-me conta que estava de madrugada. Eu não enxergava mais nada no escuro, ouvia apenas minha respiração. Não queria aguentar mais outro dia, e outro, e outro..Não queria dormir. Queria ficar na escuridão, para sempre. Mesmo com Ciel e Sebastian lá em baixo, eu não queria mais.

E foi aí que eu senti. Algo estava se movendo em meu pesado cobertor, algo o puxava e se pendurava nele. '' Sebastian está dormindo com Ciel, e mesmo se fosse um deles, em um pulo conseguiriam alcançar aqui em cima...''.

Pensei na probabilidade de ser um rato. Os ratos aqui não são tão comuns já que tenho dois caçadores natos em casa, mas uma vez ou outra, algum roedor do esgoto aparecia aqui para dar suas saudações.
Senti um pequeno peso na cama, que subia e se aproximava cada vez mais de meu rosto.
As pequenas patas então, se sustentaram em meu ombro. Ouvi uma vibração que eu jamais poderia esquecer: Era um ronronar que, era suave, mas ao mesmo tempo alto e potente.
Senti um par de patinhas afofando meu ombro, enquanto um focinho morno se enfiava em meu pijama para absorver o cheiro doce. 

Eu reconheci aqueles movimentos. Essa sequência de atos era uma rotina noturna que apenas um felino fazia para mim: Minha doce e pequena Arya!

Ah, eu já não conseguia mais me mover. Minha Arya tinha partido já fazia quase uma semana! Eu a enterrei em meu quintal, as rosas brancas e vermelhas ainda estavam lá, em cima de seu pequeno e fúnebre túmulo! Não podia ser verdade, em momento algum, aquilo só podia ser um sonho vívivo demais.

Não, eu não estava sonhando. Belisquei-me várias e várias vezes, me arranhei e até mesmo me mordi com força, eu não estava sonhando. 

O ronronar apenas continuava, era a única coisa que se podia ouvir naquele quarto. O ronronar, e minha respiração que acelerava a cada movimento que o pequeno felino fazia ao meu lado. Eu tentei ver melhor, tentei distinguir os contornos na escuridão, mas como disse, estava tudo muito escuro. Eu não conseguia ver mais nada, apenas um pequeno e quase invísivel contorno ao meu lado que se mexia.

E se fosse realmente Arya? Aquele pensamento me fez ficar feliz. Virei minha cabeça para o lado, e relei meu nariz gelado na lateral do corpo da pequena gata, que agora apenas ronronava com mais intensidade. 

Para minha enorme surpresa, ao encostar naquele corpo quente, eu comecei a sentir-me alegre. Uma alegria imensa tomou conta de meu ser, eu não conseguia distinguir mais nada! Tudo que era triste, todos os pensamentos ruins e maldosos simplesmente sumiram da minha cabeça, eu já não podia mais sentir tristeza, só alegria e excitação, e alegria e muita alegria. Senti as lágrimas rolarem pelos meus olhos. Não eram de tirsteza, eram lágrimas que transbordavam felicidade repentina, apenas de eu tocar o pequeno corpo da gatinha. 

Eu sorri, um sorriso sincero, um sorriso que eu não sorria já fazia dias. Sequei as lágrimas que ainda transbordavam de meu rosto, e finalmente consegui adormecer em paz. Sentindo aquelas almofadinhas afofando meu ombro, aquele ronronar que as vezes cessava para dar lugar a um miadinho baixo e rouco que apenas Arya conseguia dar para me deixar tranquilo. Aquilo conseguiu fazer eu pegar no sono, um sono calmo com sonhos felizes que eu já não tinha a tempos. Minha doce e pequena Arya, minha gentil e amorosa cria voltou para se despedir. Ela não se esqueceu afinal. Eu podia sentir a gratidão da gatinha, podia sentir o calor dela. Eu quase podia ouvi-la dizer em meu ouvido:

'' Obrigada.''

Ela retornou trazendo felicidade para mim, ela não podia me ver daquela forma, não podia ver o seu salvador tão triste e deprimido, desistindo tão facilmente de viver. Ela agiu rápido, e agora, ela finalmente descansaria em paz. Um merecido descanso depois de ter que aguentar - nem - tanto tempo nesse planeta imundo de pessoas hipócritas.

Na manhã seguinte, me senti revigorado. Já estava feliz novamente, enxergava tudo de um modo sútil, diferente e belo. Conseguia ver beleza nas coisas. 

Desci de meu quarto para a sala, sorri ao ver o belo dia que se fazia lá fora, naquela maravilhosa manhâ de inverno, o sol não aparecia muito, mas todo o ar melancólico e triste tinha sumido. Aquilo era um dia lindo e maravilhoso e muito bom. 

Abracei meus gatos, Sebastian de início me estranhou, mas logo pude ouvir seu ronronar. Ciel esfregou sua cabeça em minha bochecha, e logo depois foi comer sua ração fresca que tinha acabado de colocar para ele. 

E então, me lembrei de minha doce Arya. Fui até um pequeno criado mudo que tinha no canto da sala. Em cima do suporte de vidro, um belo vaso azul-turquesa com flores delicadas e formosas que eu mesmo tinha colocado, e que trocava toda semana com flores de meu jardim. Ao lado do vaso, um pequeno quadro onde estava a imagem de minha pequena princesa Arya. Ao lado, estava escrito '' Minha eterna princesa, minha doce e frágil Arya'', e ao lado, sua coleira azulada que combinava com o vaso. Em um movimento emocionado, peguei a coleira e a apertei contra o peito. As lágrimas rolavam novamente em meus olhos, mas não eram lágrimas de tristeza.

Em meio a isso, um sussurro escapou de meus lábios, que ecoou pela casa até o vento o levar embora.

'' Obrigado. ''

~~~~ Apenas uma pequena atualização. ~~~~


Nessa semana, o meu belo dia frio de inverno foi cortado por um miado rouco do lado de fora. Quando abri minha porta, notei em uma caixa que tinha o melhor conteúdo que já vi em toda minha vida.

Uma pequena gatinha, com a pelagem fina e rala. Coloração de branco e preto. Não era como Arya, Arya tinha a pelagem preta e branca - Para os leigos, tem sim uma grande diferença.- seus olhos eram de uma cor verde amarelado, mas ao me ver, soltou um fino miado acompanhado de um ronronar suave, porém alto e potente.

Eu a chamei de Princesa.

Minha doce e gentil princesa, eu sei muito bem quem lhe enviou.
Em toda a minha vida simplória na cidade, eu nunca entrei em uma depressão tão forte e profunda a qual eu estou agora. 

Já passei por muitas e muitas coisas. Amigos sempre diziam que ' na minha vida passada eu tinha sido uma bruxa' pois eu sempre tive o maravilhoso dom de atrair o azar para meu corpo. 

Já vi entes queridos morrerem em minha frente.

Já vi meu pai bater em minha mãe.

Meu irmão caindo da estrada depois de uma longa noite no bar que tem próximo a minha antiga casa
Já vi o sobrenatural bem perto de mim.

Já passei por coisas inimaginaveis que se eu contasse para qualquer um, não acreditariam em uma palavra sequer.

Mas depois de tudo isso, depois de marchar estoicamente sobre toda essa chuva de desgraça infinita que era o decorrer de minha vida, eu não aguentava mais. 

Minha depressão era algo como silencioso e quase imperceptível aos olhos das pessoas. Apenas eu a sentia lá, parada, me consumindo cada vez mais. 

Algumas donas falavam para mim buscar a Deus...Eu nunca ouvi tanta babaquice em toda minha vida. Buscar a Deus nunca melhoraria meu estado atual, seria a mesma coisa que curar câncer lendo palavras vazias de um livro de ficção - Isso pode soar bastante polêmico sim, mas fazer o que. É o que eu acredito.

Meu estado de espírito era catastrófico, mas eu nunca colocaria um ponto final. Nunca daria esse gostinho para o que quer que seja que me observa lá de cima - ou lá de baixo - ou até mesmo aqui da terra, em outro plano. 

Mesmo com todos esses pensamentos horríveis, eu tinha minhas poucas fontes de felicidade. Ficar em um local quieto e rodeado de natureza era a maior delas. A que superava tudo eram os felinos...Aah, gatos, criaturas maravilhosas. Presente que os deuses deram para os seres humanos apreciarem e degustarem, MAS, nunca deixando ser domado. Os felinos não são como os cães. São almas indomáveis e independentes. Ele não irá lhe receber com a cauda abanando segurando uma pequena bolinha entre suas mandíbulas. Ele nunca irá lhe obedecer os comandos, não sentára se mandar, não deitará e muito menos rolará. 

Mas ele irá demonstrar seu amor nos pequenos gestos. Cabeçadas, piscadelas e lambidas afetuosas. Mostrar sua barriga rosada e ronronar para você, isso são atos simples e pequenos mas que para os gatos, são como palavras de ' eu te amo'. Não é qualquer pessoa que terá o prazer de sentir seu gato dando-lhe cabeçadinhas, ou afofando-lhe as pernas antes de deitar ali. 

Gatos são, de fato e sem dúvida alguma, criaturas maravilhosas que apenas os sábios poderão entender sua lógica e seu modo curioso e inteligente de ser.

Eu tinha três gatos. Meu amado Sebastian, um gato enorme e branco com seus belos e brilhantes olhos azuis. Meu querido e esperto Ciel, um gato negro e magro com seus olhos verdes reluzentes como duas esmeraldas...E ah, minha pequenina Arya. 

A pequena Arya era uma gatinha preta e branca, uma bela combinação dos outros dois felinos da casa. Um olho azul, outro verde. Era minuscula, cabia dentro de uma meia infantil e mais parecia um roedorzinho - rato - do que um gatinho bebê, mas ela era a minha querida e doce Arya, minha caçula.
O inverno da minha cidade é impetuoso. Até nos dias de sol faz frio, e raramente o ar irá fica seco e quente.

Infelizmente, gatos frágeis como minha pequena e doce Arya não aguentariam tal tempo. Sebastian e Ciel são gatos fortes e grandes, com uma imunidade altíssima, eles sim passariam esses tempos muito bem, enrolados um no outro para esquentar.

Aah mas a minha pequena e frágil Arya. Ela nunca conseguiria passar o inverno sem muita fonte de calor. Os outros gatos mais velhos a esquentavam durante a noite, mas ela preferia se esgueirar nas sombras, escalar os pesados cobertores que pendiam em minha cama, e se enrolar em meu peito.
Mesmo com todos meus cuidados, a fragilidade de Arya tomou-a por completo. Teve uma rinotraqueíte fortíssima, e essa maldita doença levou minha pequena e doce Arya embora.
Aquilo foi demais para mim. Ver a minha pequenina, a minha doce, gentil e delicada Arya partindo em meus braços, com seus olhos mucosos e mesmo assim brilhantes perdendo o brilho e a cor...Aquilo foi demais para meu corpo suportar. Foi aí, que minha depressão apenas piorou.
Pessoas iriam me julgar por ficar nesse estado por causa de um animal, mas não era um qualquer animal. Arya e eu tinhamos um laço fortíssimo. Eu salvei sua vida de uma enchente, a pequenina não tinha nem três meses de vida ainda, era miúda de porte pequeno, não iria crescer muito. Era extremamente frágil e adoecia com facilidade, estava óbvio que não sobreviveria por muito tempo.
Mas eu depositei minha confiança e meu amor nela, eu acreditei e por longos dois meses e dezessete dias a pequena suportou junto a mim e seus irmãos adotivos.

Ela apareceu em minha vida, alegrou tanto, trouxe o calor que faltava em minha alma...E então foi. Partiu. Partiu sem olhar para trás e sem se despedir de mim, isso me enchia tanto de tristeza, enchia-me tanto de pesar....

E mais uma noite fria e silenciosa se passava. Meu corpo não passava de um monte que subia e descia na escuridão. Nada mais fazia sentido ali. Eu não dormia, apenas meditava no escuro, suspirava e imaginava, refletia o quão sem sentido era minha existência ali. Se eu partisse ou ficasse, não faria diferença alguma. Já não pertencia mais a minha família, mas que família? Eles me abandonaram, eu estou sozinho para sempre. Apenas eu, e meus dois felinos de cores diferentes semelhantes ao yin yang. 

Ciel e Sebastian eram meus dois filhos, mas estavam adultos e não necessitavam de meus cuidados. Eles cuidavam um do outro, e já não precisavam tanto de meu amor. Eles sempre se esfregavam em mim quando eu andava pelo corredor, sempre ronronavam quando me viam, e sempre soltavam miados gentis ao pousar minha palma aberta em suas cabeças, afagando-os suavemente. Se eu fosse, teria que abandona-los, eu não iria fazer isso - mesmo com toda a independência desses felinos.-
E então, dei-me conta que estava de madrugada. Eu não enxergava mais nada no escuro, ouvia apenas minha respiração. Não queria aguentar mais outro dia, e outro, e outro..Não queria dormir. Queria ficar na escuridão, para sempre. Mesmo com Ciel e Sebastian lá em baixo, eu não queria mais.

E foi aí que eu senti. Algo estava se movendo em meu pesado cobertor, algo o puxava e se pendurava nele. '' Sebastian está dormindo com Ciel, e mesmo se fosse um deles, em um pulo conseguiriam alcançar aqui em cima...''.

Pensei na probabilidade de ser um rato. Os ratos aqui não são tão comuns já que tenho dois caçadores natos em casa, mas uma vez ou outra, algum roedor do esgoto aparecia aqui para dar suas saudações.
Senti um pequeno peso na cama, que subia e se aproximava cada vez mais de meu rosto.
As pequenas patas então, se sustentaram em meu ombro. Ouvi uma vibração que eu jamais poderia esquecer: Era um ronronar que, era suave, mas ao mesmo tempo alto e potente.
Senti um par de patinhas afofando meu ombro, enquanto um focinho morno se enfiava em meu pijama para absorver o cheiro doce. 

Eu reconheci aqueles movimentos. Essa sequência de atos era uma rotina noturna que apenas um felino fazia para mim: Minha doce e pequena Arya!

Ah, eu já não conseguia mais me mover. Minha Arya tinha partido já fazia quase uma semana! Eu a enterrei em meu quintal, as rosas brancas e vermelhas ainda estavam lá, em cima de seu pequeno e fúnebre túmulo! Não podia ser verdade, em momento algum, aquilo só podia ser um sonho vívivo demais.

Não, eu não estava sonhando. Belisquei-me várias e várias vezes, me arranhei e até mesmo me mordi com força, eu não estava sonhando. 

O ronronar apenas continuava, era a única coisa que se podia ouvir naquele quarto. O ronronar, e minha respiração que acelerava a cada movimento que o pequeno felino fazia ao meu lado. Eu tentei ver melhor, tentei distinguir os contornos na escuridão, mas como disse, estava tudo muito escuro. Eu não conseguia ver mais nada, apenas um pequeno e quase invísivel contorno ao meu lado que se mexia.

E se fosse realmente Arya? Aquele pensamento me fez ficar feliz. Virei minha cabeça para o lado, e relei meu nariz gelado na lateral do corpo da pequena gata, que agora apenas ronronava com mais intensidade. 

Para minha enorme surpresa, ao encostar naquele corpo quente, eu comecei a sentir-me alegre. Uma alegria imensa tomou conta de meu ser, eu não conseguia distinguir mais nada! Tudo que era triste, todos os pensamentos ruins e maldosos simplesmente sumiram da minha cabeça, eu já não podia mais sentir tristeza, só alegria e excitação, e alegria e muita alegria. Senti as lágrimas rolarem pelos meus olhos. Não eram de tirsteza, eram lágrimas que transbordavam felicidade repentina, apenas de eu tocar o pequeno corpo da gatinha. 

Eu sorri, um sorriso sincero, um sorriso que eu não sorria já fazia dias. Sequei as lágrimas que ainda transbordavam de meu rosto, e finalmente consegui adormecer em paz. Sentindo aquelas almofadinhas afofando meu ombro, aquele ronronar que as vezes cessava para dar lugar a um miadinho baixo e rouco que apenas Arya conseguia dar para me deixar tranquilo. Aquilo conseguiu fazer eu pegar no sono, um sono calmo com sonhos felizes que eu já não tinha a tempos. Minha doce e pequena Arya, minha gentil e amorosa cria voltou para se despedir. Ela não se esqueceu afinal. Eu podia sentir a gratidão da gatinha, podia sentir o calor dela. Eu quase podia ouvi-la dizer em meu ouvido:

'' Obrigada.''

Ela retornou trazendo felicidade para mim, ela não podia me ver daquela forma, não podia ver o seu salvador tão triste e deprimido, desistindo tão facilmente de viver. Ela agiu rápido, e agora, ela finalmente descansaria em paz. Um merecido descanso depois de ter que aguentar - nem - tanto tempo nesse planeta imundo de pessoas hipócritas.

Na manhã seguinte, me senti revigorado. Já estava feliz novamente, enxergava tudo de um modo sútil, diferente e belo. Conseguia ver beleza nas coisas. 

Desci de meu quarto para a sala, sorri ao ver o belo dia que se fazia lá fora, naquela maravilhosa manhâ de inverno, o sol não aparecia muito, mas todo o ar melancólico e triste tinha sumido. Aquilo era um dia lindo e maravilhoso e muito bom. 

Abracei meus gatos, Sebastian de início me estranhou, mas logo pude ouvir seu ronronar. Ciel esfregou sua cabeça em minha bochecha, e logo depois foi comer sua ração fresca que tinha acabado de colocar para ele. 

E então, me lembrei de minha doce Arya. Fui até um pequeno criado mudo que tinha no canto da sala. Em cima do suporte de vidro, um belo vaso azul-turquesa com flores delicadas e formosas que eu mesmo tinha colocado, e que trocava toda semana com flores de meu jardim. Ao lado do vaso, um pequeno quadro onde estava a imagem de minha pequena princesa Arya. Ao lado, estava escrito '' Minha eterna princesa, minha doce e frágil Arya'', e ao lado, sua coleira azulada que combinava com o vaso. Em um movimento emocionado, peguei a coleira e a apertei contra o peito. As lágrimas rolavam novamente em meus olhos, mas não eram lágrimas de tristeza. 

Em meio a isso, um sussurro escapou de meus lábios, que ecoou pela casa até o vento o levar embora.

'' Obrigado. ''

~~~~ Apenas uma pequena atualização. ~~~~


Nessa semana, o meu belo dia frio de inverno foi cortado por um miado rouco do lado de fora. Quando abri minha porta, notei em uma caixa que tinha o melhor conteúdo que já vi em toda minha vida.

Uma pequena gatinha, com a pelagem fina e rala. Coloração de branco e preto. Não era como Arya, Arya tinha a pelagem preta e branca - Para os leigos, tem sim uma grande diferença.- seus olhos eram de uma cor verde amarelado, mas ao me ver, soltou um fino miado acompanhado de um ronronar suave, porém alto e potente.

Eu a chamei de Princesa.

Minha doce e gentil princesa, eu sei muito bem quem lhe enviou.

Autora: Ana Júlia dos Santos Souza

20 comentários:

  1. Ôtima história, mas tá repetindo depois do final

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  2. E aí um esqueleto apareceu pra espancar essa otaca fedida.

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  3. Mas, deixando a brincadeira de lado, é um história bem bonitinha. Bem, ahn, poética. Não chega a parecer uma creepypasta, foi bem wholesome no final :v
    7/10, é bem fofinha.

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  4. Repetiu 4320 vezes, mas foi uma história boa

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  5. Chorei :/
    Mas ta repetindo, parece o chaves com a historia do cão arrependido "o verso repete 48 vezes)

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  6. Erro meu, ao não entender o "loop", ou erro do Gabriel, ao colocá-lo?

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  7. Sebastian e Ciel...
    Eu entendi a referência.

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  8. Acho que é uma espécie de inferno, ela se matou e está vivendo aquele momento para sempre.

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    1. Nossa bem pensado, talvez, ela esteja vivendo o último ou últimos dias antes de se matar...

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    2. Nossa bem pensado, talvez, ela esteja vivendo o último ou últimos dias antes de se matar...

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  9. Sebastian e Ciel... Kuroshitsuji hgudfghdf <3

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  10. Alguém me explica a referência do Ciel e Sebastian? Aliás bela creepypasta

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