31/12/2017

Ballet: Part.7: O Passado Presente.

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Derick começa a subir os degraus para o sótão, enquanto sobe a poeira caí suavemente como pequenas cinzas sobre sua cabeça, a madeira velha range a cada degrau subido. Tomado pela escuridão ele tenta encontrar algum interruptor, mas sua mão encosta numa cordinha e ao puxar a luz se acende revelando um lugar espaçoso, alguns móveis cobertos por lençóis brancos, um sofá velho e um colchão ao lado da parede, mas o que mais chama a atenção é uma pessoa sentada de costas perto da parede. 

Aproxima-se e então põe a mão sobre o seu ombro, mas ao fazer isso a luz se apaga trazendo a escuridão e o medo de volta; gritos são dados enquanto os móveis começam a cair. Num ato de desespero ele se joga do sótão e acaba se machucando. Passos começam a surgir, estão descendo os degraus calmamente e sem demonstrar pressa para alcançá-lo.

Como um rato em fuga e machucado ele começa a rastejar até as escadas para o andar de baixo enquanto os passos vão se aproximando. Se apoiando no corrimão a única vontade que tem é de gritar por socorro, mas pensar que Molly pode estar numa situação pior que a sua o deixa mais focado em sair dali. 

Quando finalmente chega ao último degrau encontra um bilhete que diz: Volte para a ponte e saberá da verdade. 

Ao olhar para a sala percebe que Molly já não está mais lá. Tomado por toda aquela adrenalina Derick ignora sua dor e começa a correr até a estrada. Uma leve neblina começa a surgir e tudo o que se pode ver são as luzes dos faróis do carro a alguns metros de distância. 

-Socorro! Molly grita incessantemente enquanto Alicia despeja gasolina em todo o carro. 

Seu sofrimento chegará ao fim minha querida, nunca mais terá que dançar e nem sentir aquelas dores, fique calma. Seu rosto sem expressão mostra seu estado de sanidade desequilibrado. 

Ao chegar e se deparar com a loucura de sua mãe ele a empurra e tira Molly do carro, mas seu estado não permite que ele a segure por muito tempo e então os dois caem. Alicia se levanta e joga um isqueiro no carro, as chamas se espalham rapidamente. 

-Mãe o que tá acontecendo?! Você ficou louca! Que verdade eu preciso saber?

-Eu e Denise éramos colegas de trabalho no Hospital Hills, nós não podíamos ter filhos então planejamos roubar os gêmeos de uma mulher grávida que tinha acabado de dar a luz, mas Denise me enganou e disse que o segundo bebê tinha morrido. Como uma boa amiga deixei que ela ficasse com você Molly, mas quando sua mãe sofreu o acidente e foi para o hospital me confessou que o outro bebê não havia morrido, logo depois eu a matei. Antes que você pense, Derick não é seu irmão; a mulher deu a luz a duas meninas. Derick eu roubei você, espero que possa me perdoar um dia. 

Uma faca atravessa o pescoço de Alicia em meio a neblina, seu corpo caí enquanto uma poça de sangue se forma sobre o asfalto refletindo as chamas do carro como uma espécie de espelho d’água. 

-Olá Molly, eu sou a nova Molly, fui criada para ser a substituta perfeita caso um dia você desse errado. Agora é a minha vez. 

Saindo em meio a neblina a irmã gêmea de Molly revela seu rosto incrivelmente idêntico, sua pele perfeita como porcelana e um olhar vazio dominado pela maldade que só reforça o quão louca era Denise por ter criado um monstro. A nova Molly fica na ponta dos pés e começa a se aproximar dos dois enquanto aponta a faca suja de sangue para eles, seu reflexo no sangue em meio às chamas a torna uma fênix da morte usando vestes elegantes de cor preta e um tutu de corte irregular coberto de brilho. 

Derick: - Isso precisa acabar! Molly eu vou resolver isso. 

Molly: - Não, por favor ela vai te machucar! 

Derick junta suas forças e corre na direção da assassina agarrando-a pela cintura e se jogando do alto da ponte junto com ela; os dois caem na água e Derick acaba se cortando com a faca, mas conseguindo se livrar do afogamento em meio a luta. Após exaustivos minutos de luta em baixo d’água a substituta começa a afundar lentamente em meio a água, seus olhos arregalados como o olhar de medusa é a memória mais terrível que Derick vai ter por um bom tempo. Deitou-se na margem completamente cansado, seus pulmões respiraram muita água e agora tem novamente que lutar para sobreviver. 

Molly percebe que um carro se aproxima acompanhado de uma sirene, alguém chamou o corpo de bombeiros. O bombeiro Davis prontamente envolve Molly em uma manta térmica ao ver seu estado enquanto o bombeiro Miller desce até a margem da ponte para resgatar Derick. 

Davis:- Fique calma, vamos cuidar do rapaz. Fomos chamados por um senhor que mora há algumas horas daqui, eles nos disse que viu fumaça vindo da ponte então nós viemos. Uma ambulância deve chegar a qualquer momento. 

10 anos depois.. 

Após tudo o que passaram, Derick vendeu a casa e os dois se mudaram para os Estados Unidos e lá Molly redescobriu seu amor pela dança. Os dois compraram um apartamento no Brooklyn. Molly fez anos de fisioterapia para recuperar seus movimentos e passou a trabalhar como professora de balé em uma escola para crianças.

A notícia de que Molly estava grávida era sem dúvida a melhor notícia do dia; seus corações cheios de amor pulsavam alegremente enquanto uma leve chuva começava a cair no fim da tarde. Era como se ali estivesse nascendo mais uma fase de superação em suas vidas e marcando uma nova jornada depois de tanto sofrimento. 

Meses depois foi levada ao ‘The Brooklyn Hospital Center’ onde teria o tão aguardado parto. Deitada em seu leito ela observou o médico se aproximar com o bebê nos braços.

‘’-Parabéns, você é mãe de uma menina. ’’ Disse o médico quase sussurrando.

Emocionada ela apenas a agarrou firme em seu colo e chorou.

(Meses depois)

A vida em família era como saborear uma barra de chocolate pela primeira vez, pelo menos era essa a sensação que tinha conforme os dias iam passando e novos acontecimentos iam surgindo como por exemplo: Os primeiros passos de sua filha que ganhou o nome de Zoe. Seus cabelos castanhos e lisos juntamente com algumas sardas nas bochechas que pareciam ter sido puxadas do pai, já os traços leves e delicados do rosto certamente de sua mãe.

Conforme o tempo foi passando, Zoe se mostrou ser uma menina um tanto curiosa e certo dia enquanto mexia nas coisas de sua mãe ela encontrou as antigas sapatilhas de balé. Não pensou duas vezes e as calçou mesmo não cabendo em seus pés pequenos. Enquanto andava pelo corredor e dava alguns tropeços. Molly viu a cena e apenas mão sabia como reagir. Um misto de lembranças e emoções veio a tona e então as retirou gentilmente dos pés de Zoe colocando-as de volta no armário.

‘’-Você pode cair e se machucar filha, não as calce de novo está bem?’’

Zoe apenas concordou com a cabeça, mas talvez carregasse no seu DNA o antigo talento de sua mãe que começava aflorar lentamente. Não queria que sua filha se interessasse por dança porque lá fundo ainda existia certo receio de que a dança trouxesse algo ruim de volta. Um sentimento um tanto contraditório já que seu trabalho era dar aulas de dança.

Foi então que, após uma longa conversa com Derick ambos decidiram atender a vontade de Zoe que já era expressa tão cedo e a inscreveram na aula de balé onde Molly dava as aulas; mãe e filha dançando juntas, a filha aprendendo com a mãe, seria perfeito se não existisse o medo. Rapidamente as aulas começaram a fazer efeito e Zoe mostrava ter um brilho a mais, se tornou destaque mirim no corpo de balé. Derick observava cada evolução com muito orgulho, mas ao mesmo tempo com muita tristeza por lembrar do pesadelo que faz parte do seu passado.

Zoe foi percebendo aos poucos que sua mãe não expressava tanta felicidade com sua evolução, e isso a deixava ainda mais motivada a surpreendê-la a cada aula; mas parecia que todo esforço não era o suficiente para que sua mãe a admirasse.

O tempo foi passando e logo Zoe estaria prestes há completar 15 anos. Todos os preparativos começaram, um sonho de princesa ia tomando forma a cada item de decoração posicionado.

Restavam alguns dias para a festa e Molly estava animada por se realizar na filha. Derick juntou boas economias de seu trabalho como organizador de eventos e contratou um dos melhores DJs da região. Enquanto ele cuidava da organização as duas planejavam junto com a costureira como seria o vestido, qual a cor e quais os detalhes teria.

‘’-Mãe, eu gostaria de entrar na festa com um vestido inspirado em roupa de balé.’’ Disse Zoe transbordando de animação.

‘’- Bom.. Está bem, a festa é sua.’’ Concordou sem expressar muita coisa.

(Continua..)






Autor: Andrey D. Menezes. (Direitos reservados, caso queira narrar no seu canal credite por favor, é importante.)

(Vou dar continuidade a ela na forma original como planejei antes de forçar aquele final, espero não desapontar. Me desculpem o erro. Vou demorar mais a postar as partes pra sair algo bem feito.)  



37 comentários:

  1. Pronto... Vai começar tudo de novo

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  2. Mto boa, só não entendi onde eles moravam antes ausuaueuwe

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  3. Eu acho que a Creepy estava ótima e cheia de potencial no início, mas esse capítulo final acabou se perdendo em tantas reviravoltas e plot twists que tentaram ser apresentados todos ao mesmo tempo e em um curto espaço de tempo, o que fez com que as soluções de todos os problemas ficassem super corrida e superficiais... Não entenda mal, não estou dizendo que a história está ruim, o roteiro é sim interessante, e todo o mistério que ele tenta criar, mas lendo esse final fiquei com a mesma sensação de quando você vai assistir a um filme de 2 horas de duração sobre uma trilogia de livros de mais de 500 páginas cada. Fica essa sensação de que foi tudo muito "mal esclarecido" sabe? Acho que basicamente cada acontecimento nessa história poderia ser melhor trabalhado, com mais calma... Claro que ficaria uma série maior e com capítulos mais extensos, mas há muita creepypasta boa internet afora nesses moldes :)

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  4. Me senti lendo o roteiro de uma novela mexicana, onde um irmão gêmeo do mal surge do nada e decide tomar tudo que é do outro

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. A historia tinha potencial, mas foi perdendo qualidade conforme os capitulos foram saindo.
    As vezes, menos é mais, não precisava de tantos plots que só serviram para deixar a historia mais aleatória e infantil. O romance entre os personagens não precisava ser forçado.

    No entanto,a ideia está lá e o mérito é todo teu. Parabéns.

    Aconselho-te sobretudo a ler mais. So a leitura vai ajudar-te a maturar a narrativa, de forma que não seja tão repetitiva e enfadonha. Livros de qualquer genero, que tenham qualidade, ajudam na escrita.

    Estás no bom caminho, continua!

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  7. Amigo de qie adianta vc divar nas primeiras partes dando detalhes se o final e rapido e vago? Porra mano o final nem fez sentido, desculpe mas nao era oque eu esperava.

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  8. Sério isso? Nera CREEPYPASTA Brasil, nera?

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  9. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk carai que merda foi essa?! Tava ótima até agora :/

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    1. Se for pra desmerecer o trabalho de alguém com um comentário nada construtivo é melhor nem comentar nada. Não entrei nesse site ontem ou semana passada e acho que não preciso provar nada pra ninguém aqui.

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    2. Hehe hehehehehehehe me responderam nesse caraí!!!!

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  10. Vocês nunca estão satisfeitos com nada e me cobram como se eu fosse um profissional que tem anos de prática. Isso é tão desgastante sabia? Tem comentários desnecessários aqui que não agregam em nada. Agradeço aos poucos que fazem cementários que me ajudam a evoluir.

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  11. Achei interessante a história focar na filha de Molly a partir de agora, mas ainda fico curioso para saber mais sobre a história da gêmea, porque sua aparição até agora foi muito rápida e deixou várias pontas abertas. Por exemplo... A própria Molly não tem (ou teve) nenhuma curiosidade de saber sobre essa irmã? Ela vivia trancada no sótão e era criada pela sua "mãe" sem o seu conhecimento? E o que a própria gêmea achava dessa situação? Acho que é uma personagem cujo passado pode ser muito bem explorado :)

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    1. É esse tipo de comentário que me faz melhorar cara. Muito bem pensado, me fez ver esse ponto agora. Bom.. Eu vou tentar trazer o passado dela nessa fase da história. Vou demorar um pouco mais a postar pra ficar tudo mais claro haha. Muito obg pela ajuda♡

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  12. Agora sim estou impressionado! Meu deus as coisas melhoraram muito com essa atualizaçao, bem melhor que a gemea roubada assim de cara, o foco agora construido sobre a filha da Molly e o risco da irmã gemea estar de volta! Estou ansioso para o que vira!
    Sinceramente eu tinha perdido as esperanças nessa creppy mas hj isso deu uma mudada.
    10/10
    Sim a pergunta q n quer calar
    Onde eles moravam?

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    1. Isso vocês vão saber mas próximas partes haha. A rua e a Ponte são fictícios, mas eu vou achar uma cidade pra locação. Muito obrigado pelo seu comentário ♡ Sempre bacana seus comentários cara.

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  13. Andrey tenho uma creepy aqui, posso mandar no seu email pra você me ajudar a ver se está boa ? passa seu email

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  14. Voce escreve mt bem mas acho que essa parte ficou muito corrida e com muitos poucos detalhes, informações que parecem que surgiram do nada. Sei que nas próximas partes vc vai melhorar

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  15. Puuuuuts amigo tava tão boa a Creepy antes... Cagou no maiô na afobação desse capitilo, mas acho que tem volta, vc escreve mt bem.

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  16. Com esses nomes Molly, Derek achei que eles eram americanos kkkk... olha tava (ainda tá) bem legalzinha, gostei das ideias que vc teve mas vc foi com muita pressa nesta parte, ficou corrido e mal explicado... nao fique chateado use as criticas p/ melhorar, e vai com calma nas partes futuras pq a historia é daora.. um abraço e sucesso ;)

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  17. A história está muito boa Andrey, tá bom que tem erros mas você tá evoluindo muito!!! Eu lembro das suas primeiras histórias aqui e você ficou melhor a cada conto, continue se esforçando, aceite as críticas construtivas e ignora as que não tem nenhum fundamento e continue melhorando as cada dia. Ninguém aprende a fazer nada sem muito esforço.

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  18. Este comentário foi removido pelo autor.

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  19. Essa história daria um livro maravilhoso. Eu queria escrever tão bem como você *o*

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  20. W T F?????????
    tudo bem que as últimas partes já tavam ficando viajadas, mas essa se superou, nada faz sentido

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